someone lyke you

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

fiquei de bode



A tristeza quando chega de mansinho
Vai se avolumando como fermento
Vai te deixando estragadinho
Cheio de tristeza, cheio de vento

Chega e vai se alojando
N/ao pede licença só quer atenção
Vai chegando e  tudo dominando
Tomando,   colocando-te no chão

A tristeza inexplicável não é
Endereço certo ela tem
Se você perdeu alguém
Ela vem, sim vem, sabe como é.

Já lutei já lhe disse que se vá
Mas ela diz: vim pra  ficar
E não adianta  se  falei que não lhe quero
Ela diz :  não  importa.,  é serio!

O meu coração foi ficando pequenino
E quanto percebi estava assim
Encurralado naquele cantinho
Acabrunhado, desestimulado, enfim..

Ela chegou  sequestrando a esperança
Com sua sanza, aprisionando o meu ser
Toda empolgada, empertigada em  sua dança
Se oferecendo: quem vai querer?

Pois é fiquei  tristonho
Não queria desejava seu antônimo
Fazer o que,  a tristeza te esvai
Mas,  passa, assim como ela  veio  ela vai

Bolo personalizado

Vou te dizer uma coisa sobre bolo de cenoura. adoro! E o melhor bolo de cenoura que já comi no mundo foi o feito pela minha mãe. Não é porque era o mais elaborado, mais bonito, nem o mais gostoso, se bem que muito gostoso, nada disso,  e sim porque foi feito para mim. Sim, eu, um Zé Ninguém. E não foi apenas um bolo na vida, foram vários,  e todos personalizados para um único dono. Não é demais? Você também já teve algo feito exclusivamente para você. E quem o fez era alguém muito especial.   Agora talvez entenda quando dizem que foi feito com amor. Certa feita o prato predileto de um cantor famoso foi preparado  num programa e após saboreá-lo foi lhe perguntado qual era melhor, aquele ou o que sua mãe fazia. Ele de pronto respondeu que o prato estava ótimo mas,  o de sua mãe era melhor. Mal sabia ele que aquele também fora preparado  por sua mãe. Depois de revelada a surpresa ele  ficou constrangido. Se feito pela mãe como poderia ser melhor? Mas, faz todo sentido quando alguém querido prepara algo exclusivamente para você é muito mais saboroso e o fato de saber disso acrescenta uma pitada especial de sabor. 
Num restaurante conhecido pela qualidade e requinte dos pratos não existe aquela preocupação com  sua  individualidade, tipo:  ele não gosto de muito sal, não gosta de cebola, alho só torradinho. Até mesmo quando uma cozinheira contratada pela família, faz algo muito elaborado não o  faz pensando exclusivamente  em você.  Você pode ter viajado por muitos lugares no mundo e experimentado uma variedade culinária impressionante, ainda assim,  foi aquele bolo de cenoura de sua mãe que lembra como seu prato predileto. Feito exclusivamente para você. Outros até poderão provar e saborear tamanha gostosura, mas para quem fez aquela comida pensando em alguém em especial,  se esta,  não comer  não será tão satisfatório. Porque é o seu bolo. Quer mais personalização que isso?

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Ação e Reação.



Quando em altas horas da madrugada você escuta  alaridos em frente a sua casa naturalmente fica apreensivo e se com o decorrer da ação percebe que  esta em andamento um assalto na  sua casa  o medo é inevitável e a necessidade de fazer alguma coisa torna-se emergente.  Reagimos em qualquer circunstância em que necessário. Num super mercado em que um caixa descontrolado falta-lhe com o respeito torna-se difícil agir com classe, com frieza e ciente que ele não está num bom dia.  Se entre um casal um deles se sentir ofendido com uma palavra exasperada do outro a coisa se encaminha para uma discussão.  Há reações em que realçam nossas inseguranças e acabam nos entocando ainda mais dentro de nossos medos. Imagina que determinado dia sua autoestima está oscilando e alguém desprovido de empatia lhe chama de feio, gorda, baixinha, exclusivamente neste dia isto te afetará veementemente,  enclausurando-te dentro da sua carapaça protetora. É conhecido que toda ação causa uma reação, mas não nos atemos a tudo que isto implica. No nosso cotidiano nossas ações  são regidas por meandros não estabelecidos por nossa própria vontade e sim de    respostas a ações que outras pessoas nos impõe. Estas podem ser intuitivas, defensivas, ofensivas,  irônicas, estimulantes, depreciativas, imaginativas, conclusivas, interpretativas, preceptivas e etc.  As vezes concluímos que alguém do nosso convívio está tramando contra nós, isto desperta em nós uma antipatia imediata e sentimos uma necessidade inquietante de reagir. O encontro de duas torcidas adversárias provoca uma rivalidade sem precedentes... Políticos que brigam por interesses distintos se inflamam quando suas demandas são ignoradas ou contrariadas.  
Nossa dignidade reage mal a estocadas contra seus princípios.  E reagimos quando nos insultam ou rechaçam nossas ações. Nos ressentimos quando encucados com nossas inseguranças e não raro interpretamos um sorriso despretensioso como algo pessoal. Se uma palavra é amistosa abrimos nossas ternas afeições, mas quando são palavras rancorosas instintivamente disparamos nosso arsenal de maledicências. Se uma pessoa nos olha feio nos causa aversão, se outra é sorridente demais ficamos incomodados, se uma pessoa fala demais ficamos irritados, se quieta demais deixa-nos desconfortável. Não nos encaixamos no estereotipo da perfeição e ainda que fosse o caso ainda nos incomodaríamos com o comportamento alheio,  este dirigido a nós ou alheio ao nosso temperamento. Nos incomodamos quando um post na rede social demonstra diferença da forma como vemos as coisas e tecemos comentários ainda que silenciosamente, apunhalando ou apoiando o dito. Noutra feita invertemos tudo e o que era agradável agora é insuportável.
Você olhou aquela bela moça e seu corpo reagiu, ela não fez nada para despertar qualquer sensação em você  mas,  seu instinto ao notar seus  traços  a cobiçou.  Um ronco incondicional incomoda. Ação e reação. No frigir dos ovos, o óleo que usamos,  a temperatura do fogo,  tudo exerce influência no resultado. O ínfimo movimento do seu corpo, de  uma ação inocente até a mais entrincheirada questão altera o momento.
 De fato a  coisas que não exercemos nenhum tipo de controle, na boca alheia por exemplo, no tempo... Todavia há situações que mexem conosco negativamente e que podemos transformá-las. Aquela menina antipática que parece fechar a cara quando passa por você. Nossa isso te irrita tanto que você sem motivo algum passa a odiá-la.  Situações como esta ou semelhantes revelam nossa insensatez diante de uma situação que pré julgamos como orgulho, mas que pode ser qualquer outra coisa e demonizamos uma ação que pode ser reflexo de inseguranças arraigadas num comportamento. E  nos contagiamos pelas inseguranças das pessoas e ficamos doente ao  permitirmos este contagio. A raiva da pessoa transmite raiva,  um riso sarcástico derruba seu bom astral. Isso podemos mudar.
 Sejamos frios aos demônios criados por nossas próprias interpretações dos causos. Sejamos sensatos quando nossa mente dá desfechos nocivos a nossa imaginação. Basta um vacilo para pensarmos mil coisas erradas por isto,  blinde seus pensamentos com a firme convicção que não vai interpretar uma gota d’água  como algo ruim isto se não quiser   acabar criando uma tempestade quando uma simples mudança de comportamento mudaria tudo.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

A vez das mulheres.



O mundo está ficando estranho ou será que as mulheres estão? O comportamento masculino sempre foi duvidoso quando o assunto é sexo, mas o das  mulheres? Soa meio machista?  Explico. A guria estava louca para sair com o rapaz que conheceu numa  festa. Todo seus amigos notaram o interesse, menos ele,  não era bom em cinésica e a considerava demais para ele.  Festa passada, vida que continua. Dias a frente ele recebe uma mensagem que confirmaria o que todo mundo já sabia. Ela o intimava  a  sair. Ela de fato era um espetáculo  e por dias que se transformaram em semanas saíram juntos. Até que sem maiores explicações ela sumiu. Curioso e inconformado com o sumiço e não querendo dar o braço a torcer entrou na pagina dela no Face... E encontrou a resposta que não desejava no seu perfil: Namorando sério. Claro que se deduz que ela jogava em dois times... Senão em mais.
Este não é o único relato de que as coisas estão mudadas,  quanto ao quesito comportamento agressivo, muitas mulheres tem repetido este comportamento. Homens também fazem isso? Fazem. Talvez sempre fizeram.  Mas, as mulheres? É como se uma crítica dirigida a um gênero agora fosse vista como vantagem. Não sei se uma tendência mas,  as redes sociais e as facilidades da tecnologia tem papel importante no comportamento atual das pessoas. Como numa feira livre você tem  opções variadas e os entraves que um encontro real inicial pode causar é minimizado quando não se está frente a frente com a pessoa...  Você joga a isca e se não for correspondido não tem porque dar os passos adiante. As mulheres têm abraçado esta causa e este  comportamento libertino tem se tornado uma pratica comum. Se tal rapaz a  interessou ela sai  com ele, diga-se de passagem sem compromisso.  Se gostou daquele outro, nada impede que também saia com ele ... Assim por diante. Esta questão envolve mais do que pessoas que não tem compromisso e estão buscando sexo apenas por prazer,  casados também a adotam e relacionamentos extraconjugais sem compromisso se acumulam entre parceiros que podem ir além de um trio. Com transtornos ou sem eles.  A pergunta é porque as pessoas procuram variadas companhias para atividades sexuais?  Será porque não sentem mais o peso do que pode resultar numa relação  sexual descompromissada? Os anseios psicológicos das pessoas mudaram?  A sexualidade passou a não ser mais reprimida pelos códigos de conduta impostos pelas religiões?  Será que o sexo é apenas mais uma forma de prazer como qualquer outra e não se deve impor a ele fardos adicionais? Ou esta  diversidade é usada para identificar compatibilidades e encontrar um companheiro que seja mais promissor?  Talvez nenhuma destas seja a questão. Ou ainda outras são as  questões que se enquadrem  na necessidade de cada um. Estamos entrando num caminho perigoso onde estamos expondo nossos corpos a outras pessoas não se importando com as consequências físicas e emocionais que isto acarreta?  Talvez, estamos  ficando mais egoístas pensando exclusivamente no prazer individual.   Pois, é, estamos estranhos.  Não sei o que as estatísticas dizem sobre esta miscelânea que estamos tornando comum, mas, certo é que estamos banalizando o sexo e desvalorizando a importância da relação amorosa entre dois seres que se unem com o objetivo de constituir família e de respeito mútuo, onde os valores e admiração vão além de quatro paredes.  

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

A estória da formiga




No reino da formiga a rotina começava cedo... Cada grupo de trabalho tinha sua designação que era cumprida rigorosamente todos os dias. E o formigueiro  crescia e as formigas continuavam  a trabalhar incessantemente. Não tinha lazer não tinha tempo de sobra embora o formigueiro estivesse cada vez maior com mais formigas para trabalhar nada parecia mudar. As mais velhas já cansadas não ousavam reclamar embora em seus pensamentos questionassem. Era evidente que havia algo errado. Com o formigueiro em expansão e maior numero de trabalhadores as coisas deveriam estar bem melhor. Os armazéns não estavam mais abastados e nem o formigueiro parecia mais desenvolvido. Os alardes ocultos dos mais velhos começaram a se tornar entre  burburinhos o assunto do dia, do mês...  Os mais ousados que se atreviam a fazer comentários eram evitados, não que não fossem ignorados pelos outros é que todos  temiam falar abertamente. Um dia, porém apareceu uma formiga entre aqueles que tinham poder e revelou que parte do dinheiro do formigueiro estava sendo usado de modo injusto para benefício próprio. Esta notícia caiu como um refrigério para o formigueiro cansado de tanto trabalhar. Seus clamores haviam sido atendidos,  enfim uma formiga justa para brigar pelos seus direitos... E a cada nova denúncia, pois como num efeito cascata, novos corruptos foram surgindo, o povo aclamava a formiga justa. Cartazes enalteciam seus feitos, o seu nome perpetuava na mídia como o salvador do formigueiro. Por causa das suas investidas as formigas mais velhas foram beneficiadas com menos trabalho e os mais jovens começaram a ter mais tempo para cuidar da sua vida. Grandes feitos começaram a melhorar a  vida no formigueiro num geral. Por onde passava a formiga justa era enobrecida com aplausos e coros gritando seu nome. Não demorou muito para de formiga justa ser aclamado como justiceiro. Pois, suas descobertas foram cada vez mais engendrando os corruptos que foram aparecendo como flor na primavera. E tudo que fazia o povo aplaudia. Meios escusos usados ? Não importava, o que importava era a justiça. Que a justiça seja feita, gritava o povo.
  Anos a frente quando todos as ramificações do crime tinham sido removidas pairou uma calmaria no formigueiro. O justiceiro passou de ser notado como benfeitor. Não que caiu no esquecimento mas já não havia motivos para aclamações numa sociedade onde tudo está funcionando bem. O justiceiro, todavia começou sentir um vazio, uma necessidade de ser ovacionado como em tempos idos. Sentiu que sua vida perdera o sentido, algo naqueles clamores o faziam se sentir importante, vivo, poderoso.  Ele era o libertador do seu povo e no entanto o povo  era ingrato. Precisava acontecer algo novo para que voltasse aos bons tempos.... E começou a confabular com seus botões se não havia corruptos escondido numa carapaça de bons moços. Um conhecido comerciante da cidade que muito aparecia na mídia por conta do seu restaurante muito bem frequentado chamou atenção do justiceiro. Deve ser corrupto. Aí, esta a grande oportunidade de fazer meu nome subir as alturas novamente. Pediu para  bloquearem o telefone do conhecido comerciante e durante meses sua vida foi vasculhada. Descobriu-se que tinha uma amante, uma não 3, mas suas contas pareciam justa, nada que indicasse corrupção. Mas, o justiceiro precisava da mídia, não podia viver na obscuridade e resolveu que mostraria ao povo que o conhecido comerciante não era tão bom assim.  Ah, seu justiceiro, justiça demais para pecados de menos.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Somos cordeiros ou somos sei lá!



Quando um cachorro se aproxima  rosnando e latindo em sua direção  o que  você faz?  Você fica em estado de alerta vigiando para não ser mordido. Mas e se ele te atacar? Com raras exceções, corremos, chutamos  e falamos palavra de ordem a fim de afastá-lo. Em outras palavras,  reagimos. Todo ser humano em situação de risco reage de alguma forma. Temos um apego inato pela vida e  faremos o possível  e o impossível para afastar   qualquer coisa que possa representar riscos. Todavia existem situações em que amargamos o gosto ruim daquilo que é contra nossa vontade mas,  nos é enfiado  goela abaixo. Alguns interesses do povo estão descendo ralo abaixo e  o tampo  de nossas percepções não está estancando o que nos é tirado. Quando alguém alardeia que é preciso fazer alguma coisa visando o bem estar das gerações futuras e por isto sacrificam o povo,  usam o medo como arma para permanecermos inertes esperando o pior mas não fazendo o mínimo necessário para sequer averiguarmos a veracidade do dito.  A questão é, falta-nos energia para lutar por nossos interesses em detrimento de interesses de uma minoria poderosa? Nossa passividade é tanta  que preferimos amargar os danos do que demonstrar nossa insatisfação coletivamente? Estamos tão calejados de tantos desmandos que nos recolhemos a nossa insignificância entregando nossos interesses nas mãos de nossos representantes que já afetados por um esquema partidário visam seus próprios interesses?  O que motivaria ou traria ao povo o reavivamento da  sua noção de soberania e o instigaria a zelar pelas conquistas provindas de lutas passadas e surrupiadas a olhos vistos nos dias de hoje por não termos iniciativa para defendê-las?  De fato estamos a mercê de uma crise financeira futura que abalará nossa sociedade ao ponto de termos que fazer sacrifícios em prol de gerações  futuras? Ou estamos comprando ideias alarmistas que visam nos convencer    para proteger interesses que não o do povo comum? 
Esta passividade é semelhante a alguém entrar na sua casa sem sua permissão e impor novas regras financeiras que restrinjam seus gastos, monitorem a forma que educa seus filhos e como usa seu tempo. Não permitiríamos tal invasão. Então porque nos prostramos diante de leis que tiram nossos direitos e nos impõem sacrifícios que nem sabemos se de fato vão preservar nosso futuro como nação. E se de fato notícias alarmantes tem fundamento,  como saber se não estamos sendo manipulados ou  apenas comprando ideias que atendam interesses ilícitos. Se havemos de fazer sacrifícios porque isso é exigido daqueles que menos tem quando sabemos que aqueles que reagem a castração de seus interesses são pessoas que não abrem mão de suas regalias ainda que isso signifique sacrifício de seu semelhante de menor condição? Há algo de podre no reino da Dinamarca. Interesses cruzados só beneficiam quem está em boa posição de tiro mas, aos transeuntes desavisados (povo) benefício algum. Um ponto de vista irônico já que deveríamos ser mais ativos no que tange aos nossos direitos adquiridos e agora ameaçados e não passivos  itinerantes inocentes perdidos e indefesos na linha de tiro de grupos bem armados. 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Somos massa de modelar?



Premissa – Somos como massa de modelar. Nascemos necessitando de cuidados em todos os sentidos.   Alguém  já disse que quando nascemos somos páginas em branco, sim, faz todo sentido,  embora  tragamos um legado de 23 cromossomos de dois seres distintos que juntos nos dão características individuais.  Assim somos  únicos, ímpares, singulares. Via de regra nossos pais se incumbirão  de nos dar uma educação e subentende-se que neste aprendizado aprenderemos a arte de viver  que inclui  falar, andar, comer, ter empatia, amor, segurança e outros. Subentende-se! Porque nem sempre as coisas são como deveriam ser. Mesmo quando sob a tutela de nossos pais  coisas importantes podem ser negligenciadas e a falta destas  podem prejudicar nossa  formação. As tribulações da vida moderna contribuem consideravelmente com esta negligência sorrateira. Empenhados em dar-nos  o melhor materialmente esquecem-se de dar-nos o essencial emocionalmente. Com nosso desenvolvimento e maior independência passamos a ser modelados por outras pessoas além de nossos pais e estes novos estímulos  se agregam ou desregram o já aprendido. 
A convivência com novos costumes,  às vezes,  se chocam com os princípios aprendidos e precisam ser reforçados ou esclarecidos para que possamos  adotá-los como convicção. Assim durante nossa vida muito do aprendido será posto a prova. Nossa adolescência é em especial  uma fase que constantemente somos experimentados  e é nesta fase que entramos em conflitos com nossos instrutores originais. Muitas de nossas convicções ficam estremecidas pela influência de nossos iguais e que tem valores diferentes ou  aprenderam  ter um comportamento diferente que foram  adquiridos por intermédio da sua primeira infância. Legado este que pode ser pouco convencional.  

No decorrer da vida somos moldados variadas vezes pelo sofrimento, pelos imprevistos, pelas pessoas que passam pelo nosso caminho,  pelas nossas condições sociais, físicas,  sócio econômicas, políticas, espirituais e outras. No final das contas se olharmos para nossos primeiros anos de vida até a fase atual, esta  em que nos encontramos,  podemos ficar chocados com o que nos tornamos. Podemos inclusive nem  nos reconhecermos.

Dado momento da vida muitas das nossas carências cultivadas durante anos de vida se manifestarão desfavoravelmente. Para muitos isto será o calcanhar de Aquiles que os impedira de ter um desenvolvimento emocional enquanto para outros será a mola impulsionadora para um reparo emocional necessário para seu amadurecimento. Uns saberão lidar com seus fantasmas e outros ficarão indefinidamente no limbo cercados por  interrogações nunca respondidas. Alguns criarão muletas para justificar suas mazelas da alma e outros criarão asas para alçar voos além do infinito. Somos como massa de moldar modelados ou forjados por muitos artistas,  curiosos transeuntes e muitos benfeitores e malfeitores... E são  estes  forjes que nos darão a oportunidade de afinal criarmos o  nosso próprio molde;  se tivermos oportunidade para tal.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Vontade do pecado.



Você está com uma vontade imensa de comer maçã? Você sonhou com aquela em forma de coração, vermelha, tentadora e perfeita.  Dado momento sua vontade virou  desejo estimulado pelo sonho. A maçã do sonho era perfeita então  não pode ser uma simples maçã, tem que ser a  maçã. Aquela dos seus sonhos,  que só de pensar da agua na boca.  Suculenta, carnuda e que quando mordida:  crack!   Lá se foi um pedaço generoso e suculento. Dia seguinte na primeira oportunidade,  mercado,  para comprar a desejada  maçã,  vermelha, sedutora,  apetitosa... Você  até delira enquanto passeia pelo mercado imaginando  tê-la visto na forma de um corpo insinuante  dançando diante dos seus olhos. Sim, você está louco. Só desperta do seu sonho repentino quando alguém lhe olha veio por estar no meio do  caminho impedindo a passagem.  Até que chega na seção de frutas e  lá estão elas. Um  exercito inteiro delas  a disposição. Você louco para  fincar o dente e matar sua vontade parece que nunca viu maçã antes.  Seleciona meia dúzia minuciosamente escolhidas. Sem nenhuma estria, ranhura, ou qualquer imperfeição que possa ofusca-las.  O preço assusta um pouco mas,  não é sempre que bate uma vontade incondicional  que é quase um pecado. Vence a primeira tentação de devorá-la ali mesmo, sem lavar nem nada. Você resiste.  É tentador mas dá para esperar chegar em casa e  lavá-la direitinho. Mas, depois nada impede.   Plaft! Hum, hum, hum! Epa, esta faltando alguma coisa. Meio sem graça. Sem sabor. Outra mordida: plaft! Hum. Nada. Onde está a magia do sonho? O sabor açucarado e suculento?  Sente a frustração e a tentação de provar das outras cinco  buscando o sabor  do sonho. Nada. Neste instante já frustrado você continua comendo, mas com aquela sensação de descontentamento.  O que houve? É maçã, estava bonita, mas o sabor não era nem de sombra o esperado.   Supervalorizamos as coisas até nos sonhos. Imagino que aquele ser  perfeito dos meus devaneios também é uma fraude.  Talvez esta mesura que fazemos das coisas deixa a realidade menos interessante. Fico com a sensação de que o sonho me privou  do prazer exuberante. Como se todo o sabor sentido durante o sonho tivesse esvaziado a realidade. Já ouviu dizer que achamos   o jardim do vizinho  mais bonito que o nosso?  E, é. Não tivemos trabalho não sabemos os detalhes de como foi concebido e visualmente expressa a beleza de outra pessoa o que pra nós  é sempre superior a nossa.  Nossa própria visão da beleza  é tão conhecida aos nossos próprios olhos que  parece sem graça, como quando  se come a própria comida.  Somos ingratos conosco mesmos  ao tentar  satisfazer nossos desejos. Mas, por nada não, já comi maçãs bem  mais gostosas. 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Nosso mundo crítico.



Mundo estranho mundo – Sou trabalhador mais me chamam de vagabundo. É assim que funciona, diz uma amiga. Se as pessoas começam te ver muito em casa,  logo o tacham de boa vida  o que para bom entendedor é o popular vagabundo. Se você temporariamente está desempregado e sua mulher dando um duro danado neste período  com a finalidade de equilibrar o orçamento seu bom nome corre risco, seu aproveitador de mulheres.  Vivemos rotulando pessoas, coisas, comportamentos... Aquele professor é um tarado! Só dá atenção para as menininhas. Não é de admirar que ele seja odiado já que por motivos de ciúmes o boato espalhado atingiu seu objetivo.  Daí, vem aquelas mães super, super protetoras criticando professores pelo conteúdo indevido dado em aula... Até parece, né?  Implicância a parte, livros educacionais não, mas,  novelas com cenas de sexo de cair o queixo, telejornais com matéria recheada de violência comparada a Quentin Tarantino, tudo bem. Isto pode! O tal de criticar, achacar outros é antigo e funciona muito bem.  Se você tem um desafeto e ele manda bem naquilo  que faz, se é bem quisto pelos vizinhos... Aliás,  nem precisa de tanto. Se está  cuidando da vida dele e deixa uma imagem positiva para os outros é  candidato para olhos gordos que destilam venenos  gratuitos  por aí. A crítica nasce porque você tem um comportamento que incomoda o outro. Incomodar pode significar que alguma coisa em você não agrada e não importa se isto é qualidade ou não. Às vezes isto incomoda tanto ao outro que ele pega raiva, isto mesmo, raiva. Mas, porque? Minha mãe vivia dizendo que praga de Urubu magro não mata cavalo gordo... E no contexto que ela dizia fazia sentido. Hoje, entretanto um urubu magro pode trazer uma fase negra  para um cavalo gordo. Hoje parece que estar bem, que ter destaque em algum sentido incomoda as pessoas. Não sei bem ao certo por que. Inveja  parece ser um fator relevante.  Penso na ideia de alguém sentir que alguém está ocupando um lugar que deveria ser seu. Interiormente até diga: Como este bostinha está fazendo tanto sucesso e eu que sou praticamente um deus, estou nesta merda?
Parece improvável que alguém pense assim? É improvável, mas,  pensa. E  não são poucos que ficam incomodados com o sucesso alheio.  Bate uma sensação de frustração do porque não eu? Negócio é o seguinte nesta era da imposição de ser perfeito o ser perfeito nos incomoda. Sim, é maluco, é  antagônico querermos passar a imagem de perfeitos, mas se alguém ultrapassa nossa falsa imagem de perfeição porque tem talento, nossa! Tá mal visto.  Mas, não é só isso. Ser diferente também é ingrediente para malhação alheia... O problema é que mantemos um arsenal de questões de coisas mal resolvidas dentro de nosso armazém do:  ninguém pode saber que penso assim. Até que um dia incentivado por uma revolta inexplicável o veneno salta de nossos caninos descontrolados e causamos... Causamos estrago na vida do outro. A vida está assim, em vez de procurarmos qualidades nas pessoas ficamos colocando defeito nas suas qualidades. É bonito? Não. É empático? Não. Mas, fazer o que? Num mundo onde criticamos um professor por ensinar cultura boa ao filho com a explicação de conteúdo impróprio quando na nossa casa todo conteúdo impróprio esta a inteira disposição. Fica difícil achar uma explicação para nosso comportamento excêntrico, intrínseco  e deturpado.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Eu protesto mas, que ninguem entenda!



Uma criança imatura tudo bem e até engraçado. Criança transmite naquele olhar ingênuo algo que nos dá a certeza que,  somos maduros. Olhamos de cima e achamos graça porque já fizemos aquilo. A graça está em nos identificar com nossa meninice. Mas, quando vemos um adulto e digo adulto acima dos 40 que considero a idade  que você já fez todas as merdas relacionadas a imaturidade, me aparece um senhor cuja as clãs deveriam bendizê-lo sábio, com uma furada que até jogador perneta ficaria envergonhado. Não bastasse o traque o tal dos tais e tais,  pincela sua vingança adulto infantil ao parecer de outros magistrados. Jesus certa vez afirmou que  um cego não pode guiar outro cego. Resta dúvidas? Poupem-nos destas mazelas. Poupem-nos destas: se você não me devolver vou contar pra mãe! E não apele se alguém mexer no seu bolso. Seu bolso pode ser fundo mas,  é raso comparado ao de todos os outros bolsos que são bem mais rasos que os seus.  Pode parecer nobre mas,  é um círculo de horrores  quando um homem perde seus princípios para aparecer na mídia.  Confunde porque tenho princípios para aparecer ou apareço para demonstrar que tenho princípios, ou melhor,  que finjo  ter princípios.  A doença do século é sofrer do vírus midiático. Se preferir egomania. Novamente a criança dentro de nós se faz presente: a tia gosta mais do Paulinho. 
 Ah, por falar nisso quando se perde a ponte do saber e cai na loucura?  Talvez deva perguntar a um louco... Porque os sábios estão cheios de saber e sua resposta viria cheia de inclinações para um povo que está  de saco cheio.   

Autoconfiança ou ingenuidade?




Quem  se coloca em situação  de risco notoriamente está vulnerável. Um homem que gravava uma produção para uma emissora de TV soube disso quando um leão enfurecido avançou sobre ele que foi salvo por um disparo de um tiro  providencial e depois outro que freou o avanço do felino.  Situações mais delicadas provam que um comportamento que desconsidere os perigos pode-nos trazer mais tarde alguns arrependimentos. Uma mulher que entra num carro de um desconhecido  sabe dos riscos que corre. Porém quando uma mulher  entra  num carro de um conhecido ou resolve aceitar um convite aparentemente inocente para uma refeição ou simples carona seu estado de alerta esmorece e tudo pode terminar bem ou pode dar margem para iniciar uma situação que só interesse a ele.  Dizem que a oportunidade faz o ladrão. E faz. Mas,  vítimas inocentes podem contribuir quando a ingenuidade ou sua autoconfiança se faz presente.  Imagine uma situação em que você é advertido dos riscos que corre se entrar em determinado ambiente. Talvez por se achar experiente e achar que sabe  o que está fazendo considere o conselho bobinho ou válido apenas para quem nunca passou por situação parecida. Existe outro ditado que diz: dar sopa para o azar. Pense na frase em pormenores.  Não fica com a sensação que em muitas situações não é isso que fazemos.?  Experimentamos  ( colocar a prova) a sorte dando sopa para o azar.  Outro dia um policial conhecido por ser brincalhão puxou sua arma  supostamente descarregada e atirou no filho. O problema é que nunca achamos que somos vulneráveis e nos colocamos numa posição de inatingíveis  até que acontece.  A  situação onde duas amigas queridas e inseparáveis prestes a se tornarem duas inimigas mortais porque o marido galanteador devido a presença constante de uma na casa da outra sentiu-se atraído incondicionalmente. Não é possível que em algum momento a amiga não viu as consequências do mal. Assim mesmo decidiu que teria força para pô-lo no devido lugar  até descobrir que não tinha forças para resisti-lo e por conseguinte não tinha força para contar para sua melhor amiga  que a traia e que usurparia sua posição de mulher. Quando é que estamos na margem entre a autoconfiança e a ingenuidade. Onde nos depararemos com um (auotoconfiança)  namorando com a outra(ingenuidade)  gostando da situação que sabemos que prejudicará a nós e a outros.
Quando estendemos a mão para nossa autoconfiança estamos ignorando nossa ingenuidade? Estamos nos abrindo para o que der e vier?  Custa enxergarmos  que ocultamos nossas verdadeiras intenções ou fechamos os olhos para o rumo do caminho que estamos tomando cônscios do que estamos fazendo mas,  preferindo  não ver?

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

O que é brandura?



Raramente consegue-se definir claramente a palavra brandura.  Se procurar no dicionário,  seu significado,  ainda ficará em duvidas. Assim a definição mais significativa seria falta de severidade. Isso não parece duvidoso?  O que é falta de severidade? Não seria o mesmo que calma ou autodomínio?  Quando você complementa a palavra em si com uma situação específica talvez fique mais clara sua compreensão. . Maciez ou suavidade... Imagine você pousando sua cabeça sobre um travesseiro. Agora imagine alguém agindo com se repousasse sua cabeça num travesseiro macio. Não lhe transmite uma espécie de segurança? Alguém que não ralharia com você quando cometesse um deslize ou não te julgasse com severidade causando-lhe constrangimento. Assim fica mais fácil entender o que é brandura: falta de severidade numa situação que facilmente poderia se perder a paciência. Embora sua definição seja difícil a brandura é uma qualidade desejada, principalmente nos dias de hoje em que a tolerância anda recolhida a uma insignificância alarmante. Cansamos de saber que uma reação severa desencadeia uma reação da mesma natureza. Quando uma opinião diferente da nossa incomoda-nos ao ponto de causar certa irritação ter uma qualidade como a brandura ajuda  amenizar o que opiniões divergentes direcionariam para uma  altercação.  Há situações em que aquilo que tentamos informar ou partilhar com outra pessoa é mal compreendido. Isto se dá quando estamos tão apegados a nossas crenças que inviabilizamos  o ouvir sem parcialidade. Se não ouvimos não compreendemos e se não compreendemos não aceitamos. Ainda mais quando antes do dito já temos uma opinião arraigada infundida em nós  sobre o assunto e consideramos ouvir uma irritação desnecessária. O outro fala mas,.  não ouvimos embora ouvintes. Temos uma inclinação a querermos convencer outros que nossa opinião é a mais acertada. E quando convictos raramente estamos abertos a outro parecer.  Não deveríamos fechar as portas para o porquê, quando e como e principalmente para o será que é verdade? Aquilo que tenho como convicção é verdade, porque é verdade, de onde vem minha certeza e como sei que é verdade e se não for aceito mudar? Qualidade como a brandura permite-lhe inclusive ver que ter um ponto de vista severo como em qualquer área é passível de quebra, pois o que não é maleável sobre pressão não aguenta.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Bora, começar tudo de novo?

Quando se sofre uma desilusão amorosa você  tem muito no que pensar. Pensamentos matadores que levam você ao passado trazendo milhões de questionamentos perscrutando os mais recônditos pensamentos vividos. Com coisa que isso fosse resgatar sua sanidade. A palavra aperto no peito e angustia são deveras marca registrada. A palavra dor ganha uma conotação espiritualizada: ai, meu Deus, porque comigo? Eu não merecia isso Deus.  Deus, me socorra, traga ele de volta. Deus, não aguento mais isso. Você clama tanto por Deus que no final acaba desacreditando dele.  Sim, dor. Dor de tudo quanto é tipo. Tanta dor que se tropeçasse  e arrancasse parte do  seu dedão não doeria tanto. E dói. Perder alguém que se ama dói  mais do que mil porradas do cara mais forte do mundo. E  não importa se você sabe exatamente o que aconteceu para que as coisas não dessem certas, os  porquês vão continuar te assombrando.   Se a coisa aconteceu porque alguém substitui seu lugar aí então a dor e os questionamentos vem com uma sensação de puro fracasso e para engrossar o caldo do que já é ruim  o seu concorrente torna-se a seu ver "o cara". De mil e uma qualidades enquanto  você nem acredita que tenha alguma. Não esquecendo que ex namorado, ex marido é o atual    corno. Nem precisa dizer que conforto de pessoas bem intencionadas é meio que chover no molhado.  Não importa  ter ouvido experiência de outros de superação ou comoventes relatos de dor e amargura. A sua é única. Claro que poderia ser pior se não houvesse almas bondosas que mostrassem empatia. Sem a empatia você estaria no mato sem cachorro.   Entre tantos pensamentos desconexos,  você se recorda daquele colega que sofreu por amor e você chamava de fracassado Sofrendo por mulher? Que otário.  Agora que a dor é  sua  ele se transforma num herói.  Como ele suportava tamanha dor?  Você acha que não vai sair desta.  Fracote é você.  Como se suporta isso? Não bastasse o drama  emocional você ainda tem que lidar com a sabotagem do seu próprio corpo: comida não desce, não tem sono, chora por nada e  pensamentos lhe bombardeando sem trégua.  Com seu corpo contra você  ninguém precisa de inimigo. Seu guarda roupa já era! Não importa que numero usava. Esqueça! Você vai engordar ou vai emagrecer. Certo é que no mesmo peso não ficará.   Mais uma peripécia do seu corpo.  Você já ouviu falar de assombração? Pronto.  Não sei porque ainda não inventaram uma pílula para dor por amor.  Seria prefeita e pouparia muitas catástrofes. Tipo:  hibernar durante seis meses, ou deletar do seu arquivo todas as informações deste relacionamento frustrante. Na integra.  Sim, sei que o tempo se encarrega de tudo,  mas,  isto hoje está devassado. Não temos tempo para dor, para reflexões  que revelam que  errou, para questionamentos sobre sua performance como homem e tantos outras aquiescências. Precisamos de algo mais:  hoje, pra ontem.  Se tudo passa se tudo é efêmero porque não dar um upgrade no tempo? 
 Mas, o capeta tem suas artimanhas e o tempo passa... Passado o período crítico você começa a ficar bobo de novo. Dando  sinais de vida. Se insinuando: Quem é aquela gata  de cabelos castanhos e  olhos grandes? Com aquela boca que parece sua sobremesa preferida. E novamente  você tem aquela sensação do pecado se apoderando de ti. E sem se dar conta você já está envolvido com outra.  Bora,  começar tudo de novo?

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Casar com a beleza




Não há nada mais belo que a beleza. As feias que me perdoem, mas beleza é fundamental. E blá, blá, blá... Frases como estas exprimem o quanto a beleza é venerada, coisa que a história ou estória  comprovam por intermédio de inúmeros casais que mexeram com nosso imaginário   e emocionaram corações  de milhares de pessoas com  o desenrolar de suas histórias. Se bem que pode ser polemizado o fato de entre estes existir amor além da beleza  e esta  ser apenas um fator a ser considerado.    Helena de Tróia com sua estonteante beleza levava a  paixão muitos pretendentes... Não é difícil admitir que era sua beleza que  atraia  muitos pretendentes. A beleza é sempre lembrada como a principal causa do despertar de paixões e mesmo quando a paixão chega por outros meios é a beleza que primeiro se nota.  Não necessariamente como a formalidade que estamos acostumados mas, sempre algo que aos olhos do apaixonado chame atenção. Mas, há um perigo em casar com a beleza. Corre-se o risco de se dormir com uma fada e acordar com um dragão. Sim, a beleza é efêmera e antes mesmo que se dê conta sua principal motivação para estar com alguém pode esvair-se num estalar de dedos. Claro que isto não mudará a forma que encaramos a beleza, ela sempre nos causara um impacto atrativo difícil de ser ignorado. A efemeridade da beleza não quer dizer que os mesmos males que sobrevém aos belos não sobrevirão aos menos afortunados.  O que de fato importa é que quando a motivação é a beleza deixa-se de notar coisas que poderiam ser importantes se a beleza não as ofuscasse.  A efemeridade da beleza não está apenas sobre a responsabilidade do tempo, mas a outros fatores que podem miná-la sem a menor compaixão como a gordura, doenças e acidentes que também sobrevém a outros mortais indubitavelmente, mas se você casou com um avião não espera dirigir um fusquinha.. Já se tem um fusquinha sabe o tem nas mãos. Não estou afirmando  que a beleza é sinônimo de frustração apenas advertindo que se ela for a primeira  e única motivação a coisa pode  ficar feia.  
 Quantas e quantas vezes você vivenciou alguém que quando mais  jovem era muito bonita e anos a frente você nem a reconheceu por causa do maus tratos do tempo? Ou ela engordou tanto que você duvida que seja a mesma pessoa? Por isso não case com a beleza case com uma pessoa.  

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Coração dividido



Meu coração está dividido
Não é matemática é problemática
Minhas razões não são científicas
São meramente egoístas.

Divergências expelidas da alma
Que incontidas sobre ação exala
Dividindo a lógica com a obsessão
A sensatez  com a desaprovação.

Veja bem como age o  coração
Que beija amores proibidos
Brincando com fogo em sonhos libertinos
Como criança que  pede atenção.

Resolvendo a dialética
Ajustarei a simétrica
Agirei com destreza
Destilando a clareza.

Esta esta subentendida
Na força do amor recita
Não, não é científica
É meramente egoística.

Porque você?



O que será que faz uma pessoa desejar ficar com outra pelo resto de suas vidas ou senão por um longo período de tempo?  Não deve ser só por causa da beleza. Fosse assim veríamos  troca- troca de casais o tempo todo. Toda vez que aparecesse alguém mais bonito e houvesse reciprocidade o relacionamento não resistiria. Então qual é a magia ? Qual o grande lance que interliga voluntariamente um ser em outro e cria neles a vontade de tornar esta ligação vitalícia, inquebrável, sem a  interferência de outro ser humano mais rico, mais famoso ou  mais interessante.  Se entrarmos no mérito da questão pode-se afirmar que nenhum ser humano em si é perfeito, isso quer dizer que não se pode destacar ninguém em absoluto que tenha qualidades mais refinadas, que seja mais auto-eficaz... Em suma  alguém cujas qualidades se destaquem  se comparado a outro ser humano. Então qualidades também não é o segredo. Afinidades?  Afinidade é fator a ser considerado, mas,  temos afinidades com muitas pessoas e esta se dá com a convivência,  com a similaridade de gostos , com  os interesses  em comum. Temos muitos amigos que se enquadram neste quesito, mas não são todos amigos afins que desejamos ter algo mais íntimo. Talvez até desejássemos se fosse mútuo, mas não sei se haveria uma interligação desejosa de algo perene.  O candidato mais forte é a paixão. Embora ele torne cegos os amantes. Sua  influência impositiva cria uma espécie de  ligação superlativa que faz com que só tenhamos olhos para uma pessoa específica e que apesar de todas diferenças que podem inclusive ser gritantes não são levadas em consideração. A paixão em si tem seu efeito marcante e determinante para ligação dos casais. Entretanto com o tempo perde a magia, e assim como começou, arrebatadora e dominante vai-se. E se no período em que foi suprema  não criou outros laços afetivos perde sua força e sua majestade. O fogo da paixão é essencial e uma arma eficaz para o deslumbramento unificador ainda que demasiado para uma relação duradoura.  A paixão cria o terreno propício para que se possa plantar o amor. Amor! Então seria o amor o grande segredo para os relacionamentos duradouros?  Sim. Mas, ainda tenho dúvidas. Muitos casais confundem a paixão com amor e dizem: eu te amo... Mas não se pode dizer que a confusão entre sentimentos é generalizada. Algumas pessoas realmente se amam  e  mesmo para estas convictas dos seus sentimentos o amor não é garantia de um relacionamento duradouro. Então paixão e amor são importantes e com certeza parte da chave para a consagração do relacionamento duradouro. Mas, eles por si só não prevalecem. Então o que ? O que faz com que duas pessoas constantemente bombardeadas por outros interessados e tantos outros interesses perdure?  Só pode ter a ver com o aprendizado.. Como você enxerga o casamento e sua seriedade. E que lhe foi incutido com a vivência. Se você aprendeu que o casamento é vitalício e viveu num lar que isto era expresso diariamente, aprendeu a dar valor. Mas se vem de uma família desfeita e perturbadora sua visão aprendida pode estar desfocada.  Claro que podemos mudar nosso aprendizado despachando toda nossa visão deturpada de relacionamento a dois, mas apenas se estivermos realmente dispostos a reaprender a amar dando ao amor oportunidade de usar sua força.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Eita, confusão!



Sabe estes dias que você acorda se sentindo feia, gorda e qualquer palavra mal falada se  parece com um tapa  na cara? O espelho conspira contra,  e aqueles quilinhos a mais transformam-se em  toneladas. Noutros  você se sente uma baleia sem ter engordado uma grama. Mulheres,  tão difícil  entende-las.  Você fala uma coisa sem a menor pretensão, mas em determinados  dias quaisquer coisa sem pretensão,  se não pensado cuidadosamente,  pode resultar numa baita confusão. Depois as lágrimas. Aí você fica péssimo com aquela dor na consciência como se  tivesse cometido  um crime.  Homens são insensíveis, as vezes. Nestes dias entretanto,  somos glaciais, pedras de gelo,  irracionais e petrificados como que  incapazes de qualquer gesto de humanidade. Em nossa defesa tenho a dizer que às vezes, só às vezes,  nossas palavras são mal compreendidas como se o português fosse violado, mas não externamente porque externamente foi dito o que deveria ser dito, mas quando ouvido pela mulher um diabinho desvirtua todo sentido do que pretendíamos dizer. E  o inferno vem na própria terra. O que elas não sabem é que a última coisa que queríamos era  magoá-las, mas no entanto uma vez iniciada a guerra, os dois combatentes se digladiam até a morte. Para o prejuízo de ambos. Nestes dias o homem para sua própria segurança deveria por uma armadura que o tornasse inatingível como uma tartaruga ou um tatu quando sob ameaças. Ah, até a morte foi exagero, se bem que às vezes a coisa vai corroendo  até a morte do relacionamento.  Temos esta coisa, de mudar o dia de uma pessoa. Nosso humor quando contagioso pode trazer alegria ou seu antônimo. Nossa boca pode ser uma bênção num dia e noutro maldição. Já ouviu?  Da mesma boca procede  bênçãos e maldições.  As vezes nosso lado maligno está on, e isto é mal para quem esta ao nosso lado. Quando nosso lado positivo esta off, deveríamos dar um reset para ter um novo restart. Assim evitaríamos muita dor de cabeça. Principalmente estas que vem quando falamos demais e você sabe, quando falamos demais tudo pode acontecer. Uma coisa é certa o que vai acontecer é que você vai  se arrepender.  O raio é que tudo que é bom exige sacrifício. Se  você precisa falar umas verdades mas racionalmente isto seria péssimo você opta pelo péssimo.  Se,  está de mal com o mundo e  deveria ficar mais na sua, o cara do seu ombro esquerdo fica te cutucando e você opina por dar ouvido a ele.  Pense na disciplina? Ela parece nossa pior inimiga mesmo sabendo que ela é amiga. Em suma,  somos estranhos. Mas, lembrem-se aqueles dias que a coisa pede para não seguir seus impulsos se você opinar pelo mais fácil é confusão na cabeça.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Erro comum



Uma profecia enchia de esperanças os judeus escravos em  Roma. Um Messias libertador viria para libertá-los da sua situação cativa. Baseados nesta esperança esperavam ansiosos um grande líder que os lideraria numa  batalha vitoriosa  contra o império romano.  Quando no tempo devido apareceu Jesus  se intitulando o Messias,  eles não acreditaram. Não acreditaram porque esperavam um rei aos moldes de Davi que vencera batalhas épicas  com muito derramamento de sangue em batalhas  improváveis.   Então quando Jesus apareceu humilde declarando que seu reino não fazia parte  deste mundo (uma alusão ao governo messiânico), foi descartado e odiado por não atender as expectativas que tinham de libertação. Esta história mostra um erro comum. Criamos expectativas baseadas nos nossos anseios. E estes nos impulsionam a acreditar no que nossa imaginação cria devido às necessidades de nosso coração. Digamos que você conheceu num chat uma pessoa que tenha um bom papo e que seja encantador. Embora você nunca   a tenha visto criará uma imagem desta como se fosse a pessoa que você esperou a vida toda.  Talvez não consiga definir um rosto propriamente dito, mas baseado nas suas expectativas de pessoa ideal formalizará qualidades que se harmonizem com suas necessidades. Com o tempo quando as conversas se tornarem mais frequentes a ânsia de saber como esta pessoa é de fato  se tornará imediata e você num misto de curiosidade e empolgação com um que de por fim a suas ânsias buscará os meios de supri-la.  Esta necessidade premente não se extinguirá ate que se torne  real. Se por ventura a pessoa quando vista não atender suas expectativas,  toda empolgação resvalará por entre os dedos da sua empolgação se transformando em algo negativo e mediante fatos,  nem todas as qualidades antes vistas  e admiradas salvaguardará o desfecho decepcionante. 
 Por mais que estejamos cônscios desta nossa forma ilusória de dar andamento nas coisas, sempre caímos no mesmo roteiro orquestrado por nossas expectativas.  Da mesma forma quando ouvimos falar que determinado lugar é extraordinário e impressionante.  Com relatos tão expressivos criamos a necessidade de vivenciarmos os glamoures de  quem viveu a experiência e se abastou. Queremos sentir o êxtase vivido por quem nos relatou e corremos atrás para sentirmos o mesmo jubilo. Quando, porém estamos no lugar mencionado  buscando a mesma glória  e não a encontramos,   ficamos decepcionados.
Talvez devêssemos frear nossos impulsos românticos de vermos o mundo ou talvez não. Talvez nossas decepções aflorem nossos devaneios e isso nos traga experiências de como devemos ver as coisas como verdadeiramente são. Ou talvez devêssemos criar um filtro menos ilusório que nos permitisse ver além das expectativas e entendermos  que da mesma forma que criamos expectativas a pessoa que conosco se  corresponde também cria. Talvez fosse mais justo que além de nossas expectativas nos apegássemos ao que de fato interessa pelas qualidades e não pela embalagem.  Fato é que este erro comum perdura apesar de toda racionalização que possamos ter.  Talvez nossas expectativas ocultem  nossa ingenuidade desmedida em prol de nossas carências afetivas camufladas.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

folhas mortas

Meu passado de folhas mortas, arrastadas pelo vento se dispersam como um sopro que dispersa o sofrimento. Mas não só de sofrimento faz o vento revirar folhas decaídas. Ali no quintal da vida lembranças nunca estão bem definidas. Misturadas  folhas mortas definem bem a vida. Só como exemplo pegue o cheiro. Pode trazer muitas lembranças mas serão elas boas? Serão lembranças a toa? Ou serão de dissabor? Na janela do tempo não se sabe qual a cor. Aquelas folhas mortas fazem parte de sua vida, mas   serão guarida ou  abrirão feridas? No acervo do passado acessado no presente o que faz que sua mente faça algo ali buscar? Algo que te causa medo ou te traz advertências qual é a coerência que sua mente irá usar? A mente entrincheirada pode ser uma batalha de pensamentos impares. A consciência  treinada quando desafortunada despertara pensamentos dispares. E qual será  que você ira usar? Qual irá prevalecer? Depende de você? Ou da força de cada ser?

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Confiança é tudo.





Olho aquele cara com um prejulgamento pouco favorável. Cara de bobo! Como conseguiu casar com aquela mulher? Pensamento medíocre, logo me recrimino. Mas, uma vez pensado existe sempre uma recorrência incomoda. Você lutando para afastar esta ideia preconizada  e ela insistindo em lhe incomodar cada vez que vê a pessoa.  Claro que sei que é uma falha humana, julgamos um livro pela capa, óbvio,  julgamos as pessoas pela aparência. Tremenda injustiça. Se há uma coisa que não pedimos é para ter uma cara pouco convincente, pior, pouco atrativa. Enfim, o destino as vezes responde perguntas medíocres. Certa feita sua mulher que era muito extrovertida estava cheia de gracejo com um amigo no mercado do bairro onde trabalhava, e este, cheio de más intenções flertava com ela desavergonhadamente quando de súbito seu marido apareceu e flagrou aquela cena. Eu não sei, penso que se você comigo eu agiria mal aquela cena, mas o cara de bobo, mostrou uma segurança impressionante, fingiu que nada vira ou se comportou com uma confiança admirável.  Depois daquilo não foi difícil admirá-lo pela postura que todo homem deveria tomar diante de uma situação que sugere muita coisa mas não diz nada.  Já ouviu falar que homens são lobos em pele de cordeiro? Dissimulam a amizade com um único objetivo. Isto te incomoda? Não concorda com nada do que digo? Faz bem você. Existe sim amizade entre homens e mulheres. Só entre aquelas que não lhe causam nenhum frisson, pois se causar o homem age como mosca atrás de açúcar e toda sua razão fica relegada a segundo plano.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Introspecções



Pessoas com suas introspecções
De corpo presente estão longe
Perdido em reflexões
Vão, vão... Vão longe

Tirando conclusões, fazendo indagações
Convictos ou hesitantes
Povoando florestas, aparando arestas
Com suas cabeças pensantes

O que o pensamento indica

O coração não abdica
Em suas palafitas longinguas
Seguem adiante com seus pensamentos vagantes
Quase sempre ambíguas

E vão seguindo com sua visão
Em suas intrigas inquietantes
E se falta ponderação
Em pensamentos vão longe

Você brinca com meu coração



Você brinca com meu coração
Faz dele gato e sapato
Fico com  a sensação
De ser como seu gato

Escravo do seu prazer
Fruto do seu pecado
 Fogo do seu  querer
laço do seu laçado 

Entoada  voz  inebria
Inserida nas  entranhas
Conduzindo  com maestria
Famigerada sanha

E seus  caprichos nego
Forte parecendo ser
Na noite há deletérios
Frutos do querer

Quando tudo consumado
Outra flor  germinará
Num lampejo desvairado
Outro ciclo iniciar

Para devaneios não há guarida
Em outros  cantos   procura encantos
E m quantos encontros há  sinas
Estigma de  solidão e pranto.

E como dama abismal assume
Nas sombras da liturgia sacra
Com diversos e variados nomes
Atua em renomeada saga

Cama, lama, pensamentos voam
Nas canções da vida que entoa
Sob seu jugo permanecer
A vida,  a  sina no amanhecer

E lá se vai o Louva Deus
A vítima sacrificada
Em dolo embriagada
Será velada com os seus.

E a manta do luto perpetuara
Em  memória de quem lhe ofertou
Em repetidas e   revividas cenas
O  mundo que  abraçou.

E me esmero



E me esmero no seu conluio
O esmero é de pouco cunho
Que não se atreve a rechaçar
Pra não perder o prazer de amar

E se veste de santa pudica
E neste enfardamento a boca abdica
De seus concertos varonis
E guarda nos seus pensamentos ardis

E sei o que você faz
Nos dias em que pareço tolo
Sua ação contumaz
Cordeiro em pele de lobo.

Vai, dando asas a sua pena
Sob seu manto já produzi a sentença
Quando os dados rolam a sorte é resenha
Para quem só  perdeu uma vitória é tensa

Vá!  dando asas a seu disfarce
Permita que a ré engate
Nas suas saliências
Pobre meretrícia da conveniência.

Engasgue em seu próprio vicio
Ser secreto e não é por oficio
E por falta de coração
Que vives na solidão.