Quando
em altas horas da madrugada você escuta
alaridos em frente a sua casa naturalmente fica apreensivo e se com o
decorrer da ação percebe que esta em
andamento um assalto na sua casa o medo é inevitável e a necessidade de fazer alguma
coisa torna-se emergente. Reagimos em qualquer
circunstância em que necessário. Num super mercado em que um caixa
descontrolado falta-lhe com o respeito torna-se difícil agir com classe, com
frieza e ciente que ele não está num bom dia.
Se entre um casal um deles se sentir ofendido com uma palavra exasperada
do outro a coisa se encaminha para uma discussão. Há reações em que realçam nossas inseguranças
e acabam nos entocando ainda mais dentro de nossos medos. Imagina que
determinado dia sua autoestima está oscilando e alguém desprovido de empatia
lhe chama de feio, gorda, baixinha, exclusivamente neste dia isto te afetará
veementemente, enclausurando-te dentro
da sua carapaça protetora. É conhecido que toda ação causa uma reação, mas não
nos atemos a tudo que isto implica. No nosso cotidiano nossas ações são regidas por meandros não estabelecidos por
nossa própria vontade e sim de respostas a ações que outras pessoas nos
impõe. Estas podem ser intuitivas, defensivas, ofensivas, irônicas, estimulantes, depreciativas,
imaginativas, conclusivas, interpretativas, preceptivas e etc. As vezes concluímos que alguém do nosso
convívio está tramando contra nós, isto desperta em nós uma antipatia imediata
e sentimos uma necessidade inquietante de reagir. O encontro de duas torcidas
adversárias provoca uma rivalidade sem precedentes... Políticos que brigam por
interesses distintos se inflamam quando suas demandas são ignoradas ou
contrariadas.
Nossa
dignidade reage mal a estocadas contra seus princípios. E reagimos quando nos insultam ou rechaçam
nossas ações. Nos ressentimos quando encucados com nossas inseguranças e não raro
interpretamos um sorriso despretensioso como algo pessoal. Se uma palavra é
amistosa abrimos nossas ternas afeições, mas quando são palavras rancorosas
instintivamente disparamos nosso arsenal de maledicências. Se uma pessoa nos
olha feio nos causa aversão, se outra é sorridente demais ficamos incomodados,
se uma pessoa fala demais ficamos irritados, se quieta demais deixa-nos
desconfortável. Não nos encaixamos no estereotipo da perfeição e ainda que
fosse o caso ainda nos incomodaríamos com o comportamento alheio, este dirigido
a nós ou alheio ao nosso temperamento. Nos incomodamos quando um post na rede
social demonstra diferença da forma como vemos as coisas e tecemos comentários
ainda que silenciosamente, apunhalando ou apoiando o dito. Noutra feita
invertemos tudo e o que era agradável agora é insuportável.
Você
olhou aquela bela moça e seu corpo reagiu, ela não fez nada para despertar
qualquer sensação em você mas, seu instinto ao notar seus traços a cobiçou.
Um ronco incondicional incomoda. Ação e reação. No frigir dos ovos, o
óleo que usamos, a temperatura do fogo,
tudo exerce influência no resultado. O ínfimo movimento do seu corpo, de uma ação inocente até a mais entrincheirada
questão altera o momento.
De fato a coisas que não exercemos nenhum tipo de
controle, na boca alheia por exemplo, no tempo... Todavia há situações que
mexem conosco negativamente e que podemos transformá-las. Aquela menina
antipática que parece fechar a cara quando passa por você. Nossa isso te irrita
tanto que você sem motivo algum passa a odiá-la. Situações como esta ou semelhantes revelam
nossa insensatez diante de uma situação que pré julgamos como orgulho, mas que
pode ser qualquer outra coisa e demonizamos uma ação que pode ser reflexo de
inseguranças arraigadas num comportamento. E nos contagiamos pelas inseguranças das pessoas
e ficamos doente ao permitirmos este contagio. A raiva da pessoa transmite
raiva, um riso sarcástico derruba seu
bom astral. Isso podemos mudar.
Sejamos frios aos demônios criados por nossas
próprias interpretações dos causos. Sejamos sensatos quando nossa mente dá desfechos
nocivos a nossa imaginação. Basta um vacilo para pensarmos mil coisas erradas
por isto, blinde seus pensamentos com a firme convicção que não vai interpretar
uma gota d’água como algo ruim isto se não
quiser acabar criando uma tempestade quando uma simples mudança de comportamento mudaria tudo.
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