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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Somos massa de modelar?



Premissa – Somos como massa de modelar. Nascemos necessitando de cuidados em todos os sentidos.   Alguém  já disse que quando nascemos somos páginas em branco, sim, faz todo sentido,  embora  tragamos um legado de 23 cromossomos de dois seres distintos que juntos nos dão características individuais.  Assim somos  únicos, ímpares, singulares. Via de regra nossos pais se incumbirão  de nos dar uma educação e subentende-se que neste aprendizado aprenderemos a arte de viver  que inclui  falar, andar, comer, ter empatia, amor, segurança e outros. Subentende-se! Porque nem sempre as coisas são como deveriam ser. Mesmo quando sob a tutela de nossos pais  coisas importantes podem ser negligenciadas e a falta destas  podem prejudicar nossa  formação. As tribulações da vida moderna contribuem consideravelmente com esta negligência sorrateira. Empenhados em dar-nos  o melhor materialmente esquecem-se de dar-nos o essencial emocionalmente. Com nosso desenvolvimento e maior independência passamos a ser modelados por outras pessoas além de nossos pais e estes novos estímulos  se agregam ou desregram o já aprendido. 
A convivência com novos costumes,  às vezes,  se chocam com os princípios aprendidos e precisam ser reforçados ou esclarecidos para que possamos  adotá-los como convicção. Assim durante nossa vida muito do aprendido será posto a prova. Nossa adolescência é em especial  uma fase que constantemente somos experimentados  e é nesta fase que entramos em conflitos com nossos instrutores originais. Muitas de nossas convicções ficam estremecidas pela influência de nossos iguais e que tem valores diferentes ou  aprenderam  ter um comportamento diferente que foram  adquiridos por intermédio da sua primeira infância. Legado este que pode ser pouco convencional.  

No decorrer da vida somos moldados variadas vezes pelo sofrimento, pelos imprevistos, pelas pessoas que passam pelo nosso caminho,  pelas nossas condições sociais, físicas,  sócio econômicas, políticas, espirituais e outras. No final das contas se olharmos para nossos primeiros anos de vida até a fase atual, esta  em que nos encontramos,  podemos ficar chocados com o que nos tornamos. Podemos inclusive nem  nos reconhecermos.

Dado momento da vida muitas das nossas carências cultivadas durante anos de vida se manifestarão desfavoravelmente. Para muitos isto será o calcanhar de Aquiles que os impedira de ter um desenvolvimento emocional enquanto para outros será a mola impulsionadora para um reparo emocional necessário para seu amadurecimento. Uns saberão lidar com seus fantasmas e outros ficarão indefinidamente no limbo cercados por  interrogações nunca respondidas. Alguns criarão muletas para justificar suas mazelas da alma e outros criarão asas para alçar voos além do infinito. Somos como massa de moldar modelados ou forjados por muitos artistas,  curiosos transeuntes e muitos benfeitores e malfeitores... E são  estes  forjes que nos darão a oportunidade de afinal criarmos o  nosso próprio molde;  se tivermos oportunidade para tal.

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