someone lyke you

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Um homem chamado Rodriguez

Não conheço muito bem o Rodriguez.. Na verdade nem sei seu nome completo...
Sei que gosta de sucos naturais que todo sábado vai a feira cedinho antes do jogo. E que olhando para sua cara se conhece perfeitamente a serenidade. Aliás com muito prazer.
 Jogamos futebol juntos e como é do meu feitio sempre brigo com quem quer que for ... Estes  bate bocas parece que me deixa bem mal visto.. Mas toda vez que isto acontece. Sem dar a entender que é este o objetivo, vem o Rodriguez  dizer o quanto foi bom jogarmos juntos o quanto é bom podermos estarmos ali naquele campo maravilhoso nos confraternizando (confraternizando? ) RS... É um cara bom astral cheio de coisas boas pra dizer. Na verdade nunca ouvi falar mal de alguém e se o fez,  fez tão sorrateiramente  que nem percebi.
 Quando perdi a pessoinha – uma forma de me aliviar da dor era comentar com meus amigos como me sentia e todos eles falavam quase que insensivelmente que logo arrumaria outra .. que mulher tinha aos montes. Naquele dia havia  me desentendido novamente com alguém e desta vez quase que rolou uma briga feia já por conta do meu estado emocional.  Como de praxe cada um foi pro seu lado, mas o Rodriguez veio falar comigo daquele jeito que lhe é peculiar.. Quando ninguém estava perto chegou como se não quisesse nada e o resto minha vulnerabilidade deu vazão. Falei como me sentia como estava sendo difícil e o que tinha pensando em fazer.  O Rodriguez aguardou eu desabafar e tão corriqueiro como todos os outros fez seus comentários ... Depois seguiu seu caminho. Seguiu?  Não, ele é sensível demais pra isso, filantropo e empático ficou literalmente incomodado com minha situação percebeu que precisava mais do que a velha conversa confortadora. Voltou fez uma oração comigo mesmo nem sabendo qual era minha crença me deu o telefone de sua casa e seu celular  e pediu pra ficar  na sua casa .. Mostrou  uma consideração tão genuína e profunda que mesmo depois que foi embora ainda continuei sentindo sua preocupação. Quando começou a orar senti nas suas palavras a Deus,  que ele realmente se importava e desabei a chorar. Não sei explicar porque – acho que um misto de autocomiseração.  de vergonha,  de um  lava alma . Eu sei que me trouxe imenso alívio e mudou a direção de como estava vendo as coisas e,   certamente um apreço e admiração ainda maior  por este homem chamado Rodriguez.

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