someone lyke you

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Você

Tuas curvas me seduzem
Delicio-me em cada esquina do seu corpo
Conheço cada rua, viela, relevo, montanha
Na palma da mão, sim, entoando canção.
Pelo senso viril extenuado
Pelo senso crítico dobrado


Não me canso dos passeios que eu faço
Rechaço a rotina com o prazer
De rever seus traços tão perfeitos
Traços perfeitos rever

Delirante almíscar com alfazema
Inebriante perfume de mulher
Absorve-me, me sorve, me entorpece
Fico ébrio embasbacado
Cintilante, amante, estupefato
Tolhido num êxtase infinito
Renovado, eximido, deprimido.

Ah, mata-me os vislumbres malogrados
Ah, mata-me tal controle exercer
Ah, mata-me peito dilacerado
Ah, mata-me ter e não ter
.

Conspurcado, punido, retido em grilhões
Na penumbra é fácil perder
Razão, bom senso, respeito, contenção
Contenção, respeito, bom senso, razão.
Novilho ofertado
Pra me libertar do pecado
Desposado pela virgem obsessão
De dobrar as curvas com as mãos
E render-me resoluto a seu querer

Ah, me rendo a teus encantos
Desenhada com a mais delicada precisão
Lápis, papel, barro, coração
Um sopro no barro
Eis aí: você

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