someone lyke you

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Nefasto caminho de um homem

Me embriago de sonhos não realizados...
De poesias nunca ditas
De ilusões nunca vividas
De tormentos imaginados
De fadigas da alma irrestridas
De fogo da veneração achincalhados
De medos profanos não vividos
Da quimera que vai me devorando
Da mísera fadiga
Do arrebol sarcástico ritimando
O sal sobre a ferida
A vida que vai se apequenando
No ar da saudade retorcida
A poeira que chega dizimando
O pouco que me resta da vida
Sua voz sempre me falando
Que sou pó, poeira reduzida
Do desprezo que vai me sufocando
Da palavras que me chegam desmetidas
Da consciência que vai afunilando
As mágoas que me fartam pela vida.
Da tristeza que vem avolumando
Da alma contrita
Do parvo segrefo profano
Do dedo na ferida
Me embriago de cerveja
Da utopia de ter você.
De um carinho sobre a mesa
De um amanhecer.
Decrépito, demerito, insurreto
Fogo esparramando pelo chão
A dialética
O Temporão.
Demônio este é meu nome
Nefasto caminho de um homem.

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