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terça-feira, 29 de março de 2011

Desorientado

Quando criança costumavávamos  matar ratos de forma coletiva. Armávamos uma arapuca durante a noite e se de dia pegássemos algum ... era motivo de grande alegria.Reuníamos um grande número de garotos, levávamos o bicho pro  campo de futebol e o soltávamos...Nesta hora,  todo mundo corria atras dele  e entre fulgas e chutes o jogo só terminava quando o rato era morto.  Certa ocasião um rato escapou antes mesmo de chegar ao campo e passou desvencilhando por entre vários meninos. Até que passou por mim, eu, muito destemido, o segui bravamente até que o encurralei numa pequena saleta.  Imaginei comigo que era o fim dele... mas subitamente, o rato que se viu  encurrado...levantou as patas da frente e começou a grunhir como se fosse me atacar... Fiquei atônito porque não esperava tal reação. Mas logo o menino que vinha atrás de mim resolveu a questão. Passou por mim  numa velocidade incrível e chutou com toda a força o  bicho que acabara de me enfrentar... Não precisou de outro.  O bicho se estatelou na parede e nao levantou mais.
 De lá pra cá aprendi a conviver com a desorientação em muitas situações.. Mas não  como a que estou vivendo agora. Nada a ver com um rato que se levanta pra defender sua vida... talvez seja mais uma reação pra defender um amor. Um amor que não sei se é recíproco..Uma desorientação tão letal que já não sei o que é certo ou errado, no que acredito ou não acredito, no que é verdade ou mentira.  

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