someone lyke you

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Vou ali e já volto



A vida  é como estar andando numa rua calmamente  e de repente ao dar seu  próximo passo  é engolido por uma cratera que nem existia segundos atrás.  Lembra do caso da moça que estava andando na rua num dia de chuva forte em São Paulo quando foi tragada por um bueiro? 

Ou daquele grupo de pessoas que casualmente pegaram a mesma van para seus destinos costumeiros  quando foram engolidos  por um cratera provinda de uma obra em andamento do metro.  Há vários casos: Pessoas que tentando tirar aquela self numa pose radical ou nem tão radical assim e caíram definitivamente abandonando a vida. 

Aquele diagnóstico inesperado de uma doença alarmante que muda drasticamente toda sua extensão de vida e planos. Uma traição quando você achava que tudo estava bem. Antes de saber, embora a coisa  acontecesse a alguma tempo, tudo estava bem, segundos, minutos ou horas depois.. Aquele abismo da desventura atropela a normalidade.  

 Pode acontecer no seu emprego: A vida que segue quando você é chamado inesperadamente na sala do seu chefe. O chão se abre quando cai a ficha e se dá conta que no dia seguinte sua rotina será outra. 

Há inúmeras situações em que a vida muda de foco numa piscadela. Uma discussão aparentemente inofensiva pode afetar seu mundo. Como o cara que respondeu  mal ao outro que pisara no seu pé no ônibus: O debaixo é meu! O tal que pisara ao descer sem uma única palavra disparou certeiro no peito do que reclamara. Pense em situações em que tão  drasticamente se viu num redemoinho de mudanças repentinas. 
Uma palavra mal falada num momento inadequado, uma brincadeira com alguém que não estava num bom dia.Uma notícia inesperada tão avassaladora que você julgava acontecer com todos menos com você.  Entre outras. A questão é que para cada uma destas situações se já foram vividas e a elas  sobreviveu  para contar história,  trouxeram  aprendizados que em todo caso não são necessariamente bons mas que lhe obrigaram a fazer um ajuste na sua  vida.  Nada nos assegura em nada e nem por isso  deixamos de fazer as coisas por medo do  desconhecido e  pelo que sucederá depois do próximo passo. O mal nos assola mas não como um mau agouro. Ele caminha lado a lado com o bem e  com as improbabilidades.   

Não dá pra falar: amanha vou fazer assim, assado, isso e aquilo outro. Mesmo quando traçamos objetivos eles podem sair pela culatra. Mesmo quando planejamos os imprevistos assolam nossa superfície. O amanha em segundos pode se liquefazer. Sim, estamos diante de situações que nos pegam de supetão e as que são  frutos da nossa irreflexão. Situações  que estamos sujeitos ao acaso e aquelas que poderíamos mudar... Nosso próximo passo pode ser rumo aos nossos objetivos  ou quem sabe o último. Quem sabe nos levará a outra dimensão aos  prelúdios do desconhecido. Mas, de tudo isso a que conclusão chegamos sobre o que é a vida? O que deixaremos nela escrito? E diante do clique que muda tudo como nos comportaremos?

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