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sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Ataque com aerossol


Cheio de sono o cara acordou tipo no piloto automático. Foi na cozinha. Aquela zona de sempre. O fundo da pia imprensado pela quantidade de louças sujas sobre a superfície. Abriu a torneira: putz! Mosquitinhos para tudo quanto é lado. Naquela batalha diária: homem versus mosquito. Ele pegou, como se fosse o the flash,  seu lança chamas: O aerossol matador!  Mosquitos e baratas adeus profetizou e pulverizou.. Ah, que gafe! Atingiu  seu próprio olho. Isto vai dar problema... Xingou o nome de todos os santos. Redirecionou o aerossol e trucidou. Um grito dilacerando a alma. Quatro moscas abatidas.  Morte instantânea julgou.  A vitória foi esmagadora.  Ui,  seu olho. Agora que os inimigos foram abatidos ora de conferir os danos. Saldo: Um olho magoado, avariado. Risco de perder a visão? Pavor.  Corre para o banheiro e conforme recomendações: lave os olhos com bastante agua.  das bulas de toda receita aclamada:  lava, agua, lava, agua. Meia hora depois pareceu que estava tudo bem. A vista ainda integra. Poderia ter ficado cego, advertiu uma voz interior. Ponderou. Era uma briga injusta.  Malditos mosquitos, invasores de cozinha e de todos os cômodos da casa. Certificando-se  se a posição do tiro estava correta bombardeou a cozinha com o gás mortífero:  Morte as moscas desta terra!

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