someone lyke you

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Mentiras que contamos



Reza o ditado: Mentimos para agradar  e mentimos para nos proteger... Mas, sabemos que mentimos bem mais do que deveríamos. Às vezes a mentira é o único recurso para nos livramos de uma situação que de outra forma comprometeríamos o relacionamento com quem não gostaríamos e com quem não devemos por prudência e por sabedoria. Mas, convenhamos não que se justifique,  mas, tem certas perguntas que nunca o deveriam ser feitas.  Seu chefe lhe pergunta qual foi o melhor chefe que já teve.  Você sabe que não foi ele. Mas, num breve escrutínio do que uma resposta errada poderia causar você se vê obrigado a dar a resposta prudente: Nunca tive um chefe melhor que você. Pra que criar um  redemoinho que por consequência ainda pode lhe trazer resultados negativos? -  Você é o melhor chefe que tive até hoje. Ainda que dos quarenta chefes que teve, se todos ousassem tal pergunta,  todos eles seriam seu melhor chefe. No dia do juízo final talvez precise de uma retratação, mas  de momento basta se safar de uma situação comprometedora. Nesta linha de raciocínio você pode imaginar onde  um namorado ou namorada inseguros podem chegar. Qual foi sua melhor transa? Um filme se passa pela sua cabeça que te remete a  ‘aquela’:  inesquecível e sempiterna, mas você ainda não perdeu o juízo, ok? Sem pestanejar nos segundos seguintes: Você, amor.  Sim, mentira? E daí! A última pessoa que você quer arrumar problema é com esta que lhe pergunta.  Nesta linha seguem:  você tem outra pessoa? Há quanto tempo não sai com alguém? Você já me traiu?  E aquela sua amiga que lhe pergunta quem é sua melhor amiga? Sim, estes tipos de  perguntas que   a verdade queimaria seu filme legal, mas que a mentira deixará você muito bem,  obrigado. É mentira!  Mas que pergunta hein! É o tipo de pergunta que a pessoa só pode querer uma coisa: a própria.  Seria o mesmo que você tentando impressionar mostrasse todo seu lado podre. Se, sua intenção não é afugentar qual outro motivo faria isto?  A mentira tem um que de superioridade porque  limpa sua barra. Você vai dizer que é feia, que é dentro do um contexto traição e etc. Claro que a mentira não traduz seus sentimentos e muito menos revela sua personalidade. Ou revela?  Bom, seja como for a transparência pode ser muito comprometedora se nesta de se safar você acabar sendo pego na mentira. O preço? Ser taxado de mentiroso e incorrer o risco de nunca mais ser visto com bons olhos. Deu pra entender que está em suas mãos; e que a prática da mentira é um recurso usado para amenizar a ira ou não ferir alguém, mas se revelada, se vier a tona,  tudo que não queria será exatamente o que terá   e com maior dramaticidade.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

É assim



Se não gostas de mim
Eu não gosto de você
Se não quer falar comigo
Eu não falo com você.
Se me ignora eu ignoro você
Se de mim falas mal
Também isso sei fazer.
Se não vê o que eu falo
Presta atenção no que digo

Se me olha torto
Olho torto pra você
Se não me respeita
Eu não respeito você
Se grita comigo eu grito com você.
Se não me aceita como sou
Também isso sei fazer.
Se não vê o que eu falo
Presta atenção no que digo

Se sorri pra mim
Eu sorrio pra você
Se quer ser meu amigo
Eu também quero ser.
Se me chama pra uma festa
Eu também chamo você
Se me diz bom dia
Eu também irei dizer
Se não vê o que eu falo
Presta atenção no que digo.


A mais entre o céu e seus limites
Bem mais que a gente admite
Tudo é ação e reação
Senão tudo é bajulação
Se a raiva me absorve implode
E o amor me circunda explode
Siga sua estrada, o seu caminho
Nem tudo que se repousa é ninho
Se fizer fazerei ou ao menos tentarei
 Presta atenção no que digo
 

RÓTULO: BELEZA






Temos uma forma peculiar de reverenciar a beleza. Aquilo que achamos belo é formalizado pelos olhos, mas também pelo que aprendemos sobre o que é belo. Sim, a mídia nos impõe um  padrão que por sua vez tratamos de estabelecê-los a nós e a quem nossos olhos alcançam.
Ela não era o tipo de mulher: oh! Nem era o tipo que enchia os olhos... Não daqueles que arrebatam a atenção e fazem  tudo  mais ser preterido. Mas, chamava atenção. Era grande para uma mulher. O seu  vestido colorido  de cor exuberante  que estendia até as canelas era um chamariz para os olhos como se implorassem: olhem pra mim.  Um pouco acima do peso senão muito mantinha uma graça única que se,  seus olhos contrariassem os moldes de beleza e se  permitissem,  veria ali formosura. Um rosto jovem sem maquilagem não escondia sofrimento  mas não ofuscava traços delicados que eram  incompatíveis   com a tatuagem distendida do pulso até o cotovelo com o nome de alguém que indicava a maternidade. Vasta  e  abundante talvez não causasse o delírio daqueles que cultivam no corpo seus pecados ocultos, mas havia uma beleza platônica destas que a parte do desejo não se estabelece.   O pouco cabelo rebelde estava contido por um laço comum que mostrava sua origem humilde e  se ainda assim não claro para  um  observador comum,  o chinelo de dedos com um número inferior ao de costume não deixava dúvidas. Apesar dos pesares,  ali   havia uma excentricidade interessante que tentava dizer alguma coisa, não identificada, a quem por alguma razão, quisesse olhar.   Talvez a combinação do belo e do exótico ou talvez o fato da altura com o corpo avantajado, mas simétrico,  concomitante com o rosto pueril e dócil...
 É inegável a força da mídia para estabelecer padrões de comportamento e beleza. E  se por um lado esta  força  é imperativa, as vezes por um olhar mais apurado e desinteressado acabamos descobrindo que há beleza e belezas que representam a formosura além daquela que esbarramos boquiabertos. Estas nos fazem pensar e até admitir que a beleza vai além da imaginária etiqueta estampada: rótulo: beleza. 

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Não sou isso nem Aquilo



Quantos eu  sou?  Não um só.
De cada vez sou um, não o mesmo.
Como sou? Como  um nó.
Em cada camada um desvelo.

Como estou? Estou só.
Vejo como a solidão
Tem traços como o pó
Que enleva o coração

Nas fronteiras dos meus medos
Tantos,  sou no mesmo dia
Às vezes sou como me vejo
Às vezes como sou:  quimerasia


Não me julgue não me olhe
Como se conhecesse meus atos
Não sou dado aos moldes
Sou de DNA refratário.

Não me julgue não me molde
Sou fácil de ludibriar
Não sou anjo nem diabólique
Sou difícil de aturar

Mas não gosto que me enquadre
Que me possam interpretar
Neste jogo não me pode
Sou semente singular.

Sou de difícil conclusão
Sou doce e dado aos pecados
Sou misero de coração
E de conclusão complicado.

Mas, não diga que não amo.
Se por você já pulei um cortado
Dificulto qualquer plano .
Se o amor for complicado.

Não me  reduza a uma palavra
Quando seu ódio me cerceia
Se  lhe digo abra cadabra!
Pode ser que a lua é cheia.





Sei que magôo quem me ama
Entrego ouro como farinha
Se nas  minhas ações a fama
Eu não rezo aves Maria.  

Sou no fundo dissoluto
Faço de tudo para agradar
Quando sou pouco, sou muito
Para de vez não afundar

Não sou ouro reluzente
Não tenho dos homens a fama
Estou mais pra dissidente
Quando sobre mim a trama.

Se me chamas cafajeste
E quando rebato: canalha
Se por mais que objete
Sobre ti meu sangue talha

Sei que nobre coração
Cortado com a navalha
Sobre o altar da remissão
Sacrifícios são medalhas.

Não! Eu não sou seu inimigo
Quisera ser seu amante
Estarei sempre contigo
Mesmo se me quiser distante. 

Não sou isso nem aquilo
 Sou um ponto de interrogação
Nem uma grama nem um quilo.
Sou de um  todo uma fração
 

Se lhe provoco a ira.
Por não ser do seu reinado
Saiba que num novo dia.
Novo rei será coroado.

E serei apenas alguém
Que floriu seu coração
Muito mais do que ninguém
Muito menos que a pretensão.

O celular.




Mil e quinhentos reais... É o valor da vida? Ah, tudo bem se você pensar no valor material,  é irrisório. Mas, não é bem assim. É mais ou menos como aquela propaganda que diz que o valor sentimental não tem preço. Foi assim que aconteceu. A rua por onde descia e cujo percurso fora trilhado tantas e tantas vezes,  tinha um ar de desastre.  uma premonição que antecede o mal feito. Era cedo, a rua vazia, mas comumente estava. Era uma avenida solitária para transeuntes como eu e no dito horário, mais ainda.  O barulho da moto que antecedeu a abordagem o cerco de dois elmos sobre a cabeça e, portanto não identificados, o susto seguido da arma puxada e apontada sobre o peito e a ordem: Dá o celular. Simples. Tantos casos assim... Afinal o que é um celular diante da vida. Assim que pensava quando contavam relatos de roubos e por conta disso sabia como proceder. Certamente não entendia como alguém se negaria a fazê-lo se igualmente sabia o desastroso resultado. Simples. Só que não. Relutei. E não foi porque pensei no valor de  mil e quinhentos reais... mas na minha lista do spotify, nos meus contatos, nos meus escritos, nas fotos tão estimadas e raras porque não sou dado a cliques. Em contraposição a perder minha vida era ela que estava entregando de bandeja para aqueles que estavam interessados na quantia irrisória, certamente venderiam por valor inferior ao de mercado... Naquela fração de segundos pensei em propor que compraria meu próprio celular... A cena que se segue: Eu te dou o celular, mas podemos negociar os arquivos que estão nele? Eu te pago. Só que não posso perder minhas listas de favoritos do... O ponto de interrogação na cara dos elmos, e o: vamos levar o celular e o dinheiro... Depois de tal conclusão achei que não seria viável uma negociação nestes moldes.  A vida se mede por tão pouco. E estava eu ali relutando em entregar o que poderia custar minha vida.. Relutando porque nele estava minha vida, minhas coisas, meus prazeres...  A primeira coronhada não demorou muito. No rosto. Certeira e dolorida. Seguido de: Você quer morrer? Perdeu,  seu merda! Entrega logo ou vai morrer. Entregue ao solo, minha relutância ainda integra, levantei o corpo que juro nele já não habitava a razão. Ali acabaria tudo. Sim, acabaria, mas não sem luta. Um homem não entrega tudo sem nada. Retirei o celular do bolso e o atirei em direção ao solicitante.  E tudo aconteceu em segundos.... O levantar o girar o corpo rumo ao chão com uma  perna estendida como uma alavanca pra derrubar o oponente. O desequilíbrio do oponente o estampido da arma disparada e três corpos no chão. O tiro não pegara em mim, constatei. Já não podia dizer isto do que estava sobre a moto. Sangrava e gritava muito. Acho que quebrei a perna do que estava com a arma, porque notei que ele se arrastava em direção ao outro tentando ajuda-lo.  A arma caíra distante do mesmo e embora meu rosto sangrasse fruto da coronhada, entre nós,  eu era o mais lúcido. Cadê meu celular? Estava distante mais visível. Peguei-o ... Fui em direção ao revolver. Não era prudente deixa-lo ali mesmo com os dois fora de combate. Milhões de pensamentos passaram pela minha cabeça naquele instante. Socorria quem por um triz não me esfumaçou do mundo? Pegava a arma e completava o que iniciado? Teria estes no meu percalço o resto da vida.
 Como um acontecimento pode mudar toda sua vida. Ali estava eu numa situação nunca esperada... Com toda trajetória da vida comprometida. Peguei a arma. Vi pavor na cara do elmo que derrubara. Olhei o outro agonizante. Por favor, não faça isso. Tenho família. Socorre meu amigo. Disse o que quebrei a perna com voz de misericórdia.  Me deu vontade de chuta-lo  até matar o desgraçado. Não o baleado,  o infeliz sangrava e gemia muito e não tinha me batido. Joguei a arma no mato e disse: Você viu onde joguei a arma. Eu vou chamar o Samu, você inventa sua história. E espero sinceramente nunca mais ver sua cara. Mas, se vê-lo,  espero que finja que não me conhece. E se pensar em vingança ou algo pior e como desta vez não for bem sucedido eu vou fazer você engolir esta arma. Não antes de me certificar que as balas vão estar dentro da sua cabeça oca. Peguei o celular e saí a milhão... Meu coração estava na boca. A adrenalina percorria todo meu corpo..Estava com medo, confuso, eletrizado  e apavorado tudo isso no mesmo instante. Quando liguei para o Samu, no celular que fora o motivo de tudo,  disse: Tem dois rapazes que sofreram um acidente de moto. Dei referência de onde estavam.  E desliguei. As mãos tremendo como geléia.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Imagem refletida

   Olho minha imagem refletida e estranho
   Chocado  desejo que desvaneça.
   Há um engano nos traços delineados pelos anos
    Que faz que a imagem refletida não reconheça.

   A juventude representa um dolo
   Aos anos que se perderam no tempo fraudulento
    Ao olhar a imagem daquele ser   estranho
   Aquilo que eu sou não reconheço.

   A imagem diz menos do que desejamos
   E o que sou ali refletido é menos
   Na revelação dos meus desenganos
   Revelando   aquilo que não vejo.

   Procuro naquela imagem  encontrar
   Parte do que vejo com  olhos vencidos
  Noutro caso desejaria   retocar 
   Defeitos   que prefiro escondidos

   As marcas do tempo causam amargura
   Quando confrontados num momento que a flagra
   O tempo traz desacertada impostura
  Que quando se vê  nunca agrada.

   Naquele momento sinto-me  pequeno
   No ato de se confrontar com o espelho
   Interpretando  com se fosse num quadro
   Faz a vida  pior que  num retrato.
  

   Os anos da juventude fugiram
   quando parte de mim  se foi  eu fico
    Metade foi-se  com o que não admito
   Metade pelo  tempo sucumbido
 

   Não é a juventude que se perde
   Expressa numa  imagem desfigurada
   É a vida cavalgante que  remete
    Refletida na imagem  desgastada.  
      

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Ataque com aerossol


Cheio de sono o cara acordou tipo no piloto automático. Foi na cozinha. Aquela zona de sempre. O fundo da pia imprensado pela quantidade de louças sujas sobre a superfície. Abriu a torneira: putz! Mosquitinhos para tudo quanto é lado. Naquela batalha diária: homem versus mosquito. Ele pegou, como se fosse o the flash,  seu lança chamas: O aerossol matador!  Mosquitos e baratas adeus profetizou e pulverizou.. Ah, que gafe! Atingiu  seu próprio olho. Isto vai dar problema... Xingou o nome de todos os santos. Redirecionou o aerossol e trucidou. Um grito dilacerando a alma. Quatro moscas abatidas.  Morte instantânea julgou.  A vitória foi esmagadora.  Ui,  seu olho. Agora que os inimigos foram abatidos ora de conferir os danos. Saldo: Um olho magoado, avariado. Risco de perder a visão? Pavor.  Corre para o banheiro e conforme recomendações: lave os olhos com bastante agua.  das bulas de toda receita aclamada:  lava, agua, lava, agua. Meia hora depois pareceu que estava tudo bem. A vista ainda integra. Poderia ter ficado cego, advertiu uma voz interior. Ponderou. Era uma briga injusta.  Malditos mosquitos, invasores de cozinha e de todos os cômodos da casa. Certificando-se  se a posição do tiro estava correta bombardeou a cozinha com o gás mortífero:  Morte as moscas desta terra!

Ouça seu cérebro!



Não dispomos de ferramentas que nos disponibilizem saber como certo pessoa que acabamos de conhecer vai nos influenciar.. vai agregar ou vai  desagregar em nossas vidas. Não que não tenhamos nenhum dispositivo que indique isso... Temos.. Temos o bom senso que neste caso esta obscurecido pelos nossos próprios desejos e vontades.. Temos os familiares que são o maior certificado de bom índole que podemos obter. Temos o próprio comportamento da pessoa. Ser caseiro pode ser uma qualidade, mas ser antissocial indica algo além do que talvez queiramos ver.

 Se, gostamos da pessoa temos uma predisposição em acreditar em maravilhas, como se a beleza encantadora revelasse o que a pessoa é por dentro. Mas, pense: Como você reagiria se fosse numa loja de materiais usados e lesse num objeto desejável: sem defeitos... Ops, como? Seu cérebro iria se confrontar com o inesperado. Porque compraria algo com defeito ou qual a necessidade do vendedor explicitar que o produto não tem defeitos?  Não ter defeito, é  o mínimo que se espera.   

Aí, Você se encantou com aquela menina lindíssima: aquele sorriso, aquele corpo. Ou aquele cara: atlético, ousada você pensa: delicioso. Mas, o aporte interno continua ali íntegro. Sem nenhuma investigação... Convenhamos não condiz com a realidade.. Mas é só um namoro, você explica. Se esquece que as vezes também será o ultimo namoro. 

Estas investigações básicas deveriam estar acima do que dita o coração.. Ele chama coração porque fica com o trabalho braçal.. é burrinho que dá dó.. Então se precisa confiar em alguém no seu corpo este alguém é seu cérebro... Este cara manda bem. Se der ouvidos a ele... Ainda assim isto não é garantia de relacionamento promissor... muitas outras diferenças, ajustáveis, mas se um dos pares não achar que valha a pena.. ou nem ter consciência do mal que te faz  pode não querer se ajustar entre outros e mesquinhos defeitos que possuímos ante nossa imperfeição.

 A investigação cabal garante ao menos que você fez o que deveria fazer. Sim, você deixará seus pais, deixará o conforto do seu lar, se houver, substituirá o carinho dos pais e irmãos, via de regra claro, por alguém que vai lhe proporcionar fortes emoções: sexo. Então é óbvio que precauções devem ser tomadas. E meu, desculpas esfarrapadas tipo: Ah, depois eu ponho ele na linha.  Como se você conseguisse colocar você na linha. Basta lembrar aqueles quilinhos persistentes que te perseguem como namorado frustrado.  Então use o coração, o estômago? Não o cérebro. Decifre mistérios, aborde amigos, observe como trata as pessoas, o temperamento. Lembre-se do professor dizendo: fez a lição de casa? Se não fez é como estar se entregando as cegas. Entraria num avião onde o piloto não se garante? Acho que não, mas na vida você vai no automático?

 Coraçãozinho falou mais alto. Baixe a bola dele. Quem manda nesta geringonça  é você.... As M e B que fizer tem retorno. E não adianta chorar, lamentar... Sua mãe não gostava dele.... Ai, vem: Mas, conheço muitos casais que os pais não gostavam e estão juntos até hoje. Também conheço um monte de caras que os pais não gostavam e eles  estavam certos. Não que isso seja determinante. Use seu discernimento. Ele está aí, acredite, use-o.  Algumas partes do cérebro devem ser usadas... Bom senso, cautela, desconfiança  e outras. Somos dotados deles por algum motivo. Não é?

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Obscurantismo





Roman Polanski, Amuar kadaf, Harvey Weintein, Roger Ailes, Bill O`Reilly, Eric Bolling,  Bill Clinton, José Mayer, Roger Abdelmassih ... Algumas centenas de padres, seu vizinho, sua vizinha, seu colega de trabalho… etc, etc .. e você. O que tem em comum? Descalabros sexuais.
Talvez um pouco exagerado considerando que inclui pessoas comuns que provavelmente nunca terão que passar por uma sabatina moral que destruirá sua reputação.

Convenhamos,  todos temos nossos segredos... e também sabemos que a quem muito é dado muito é concedido. Senão nos moldes morais consideremos o modo operante.  Sim, o poder, a fama,  enobrecem seus portadores e atraem as fêmeas que por descuido, encantamento ou  por interesses  se deixam impressionar. Claro que não estou dizendo que não há via de regras, sim, claro, há. Mas, não nos façamos de rogados, sabemos que um ciclo vicioso começa porque existe no ambiente combustível para isso. E não precisa necessariamente dispor de fama e poder, a beleza também conta como atrativo. Curvas sedutoras combinadas com uma mente voluptuosa acabam criando o ambiente certo para o desmantelamento da formalidade e posteriormente para a aventura  sexual se é que propício o termo.  E por favor, considere que estou falando de relacionamentos... 
Esqueça aqui, mentes doentias que fogem a toda e qualquer compreensão.

 Sabemos também que tudo que acontece começa com alguma atitude. Não podemos desconsiderar que nossas atitudes iniciais cooperam para o que virá a frente.

 Costumamos achar as doutrinas da igreja arcaicas em suas propostas, mas, coisas simples predispõe uma situação que vão determinar como as coisas futuramente se darão.  Uma carona, por exemplo, parece ser inocente mas é?  Almoçar constantemente com um colega é algo que tem implicâncias? Como nos comportamos quando nos sentimos atraídos por  alguém?  E isso não é incomum no convívio com alguém que achamos, educado, gentil e atraente.

 Retomando a citação de alguns nomes vemos que a maioria tem a seu favor  o poder. Ou seria melhor dizendo o abuso do poder. Começaram com uma simples conquista.  O clima adequado, a ocasião oportuna, o interesse primal presente mediante circunstância. E ... Depois das primeiras vezes e o proporcional sucesso,  tudo vira rotina: os olhos cobiçam, a libido se impõe e o rito da conquista se reinicia, como um vício.

 Um dia porém, as sucessivas abordagens de sucesso encontra um obstáculo, e as coisas fogem do esperado e com o inesperado vem as consequências. Abre-se a comporta para vozes lamuriantes, vítimas que se calaram.   Silenciadas pelo  medo, agora ganham vozes, reavivadas pela coragem de alguém que fala . Cederam contrariadas ou cederam intimidadas não importa agora assumem uma  nova postura. Querem justiça.

  Casos burlescos como daqueles que abusam do poder, citados acima não serão explainados... mas confirmam  onde o ser humano pode chegar se dotado de poder. Dá-nos  uma dimensão do quanto somos execráveis. 

O poder afaga nossos temores e sem temores, sem filtro  avançamos facilmente o sinal.  Há muitos casos de pessoas comuns que não são midiáticos, mas que poderiam ser. Alguém que  assediou uma  vizinha casada.  Desejou ardentemente sua colega de trabalho. Fez propostas indevidas sem medir consequências.  Se destas alguma não bem sucedida se viu em apuros.  

Temos nossa parcela de culpa sobre o que nos advém.   Mulheres enaltecem a beleza de um cara criminoso vistas em frase como:  Porque não fui eu a vítima. Outra tem um relacionamento  com alguém  casado há anos embora esteja grávida de um recente namorado. Cantou a vizinha casada desconsiderando sua estado responsabilizando suas fraquezas e desconsiderando consequências.

 Quando olhamos o mundo a nossa volta e ouvimos tantas histórias de casos considerados absurdos ficamos chocados. E vemos o quanto é tentador, o quanto é oportuno e o quanto nossa carne é tendenciosa ao sexo.  O prazer da sexualidade é latente em nos humanos... e para fugir do controle basta cedermos as  oportunidades. Olhares que se cruzam revelam possibilidades, ouvidos ouvintes podem ser seduzidos. Um objetivo pode ser posto a prova se disso depender sua vida futura. Uma amizade pode ser pretexto para a consumação sexual. Se bem sucedida ótimo, mas se não for pode causar grande decepção...

 Olha o caso dos padres que submetidos a uma rotina episcopal acabam dominados pelo desejo da carne desvirtuada simplesmente por não ser atendida a demanda natural da carne (observe que alem da contravenção existe o fator humano que por si só exprime devassidão) quando influenciados pelo afloramento sexual que nos impele a pelo menos tentar e ver no que vai dar.

Não somos vítimas casuais e nem tampouco observadores levados pela maré. Temos responsabilidades em nossas ações e também pelo que podemos pelas nossas ações desencadear. 
O fogo da paixão parece inofensivo, mas é dominante. No seu terreno tudo que se  planta dá. O obscurantismo é que uma semente boa pode produzir um fruto ruim dependendo de como encara a luxúria. 

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Vou ali e já volto



A vida  é como estar andando numa rua calmamente  e de repente ao dar seu  próximo passo  é engolido por uma cratera que nem existia segundos atrás.  Lembra do caso da moça que estava andando na rua num dia de chuva forte em São Paulo quando foi tragada por um bueiro? 

Ou daquele grupo de pessoas que casualmente pegaram a mesma van para seus destinos costumeiros  quando foram engolidos  por um cratera provinda de uma obra em andamento do metro.  Há vários casos: Pessoas que tentando tirar aquela self numa pose radical ou nem tão radical assim e caíram definitivamente abandonando a vida. 

Aquele diagnóstico inesperado de uma doença alarmante que muda drasticamente toda sua extensão de vida e planos. Uma traição quando você achava que tudo estava bem. Antes de saber, embora a coisa  acontecesse a alguma tempo, tudo estava bem, segundos, minutos ou horas depois.. Aquele abismo da desventura atropela a normalidade.  

 Pode acontecer no seu emprego: A vida que segue quando você é chamado inesperadamente na sala do seu chefe. O chão se abre quando cai a ficha e se dá conta que no dia seguinte sua rotina será outra. 

Há inúmeras situações em que a vida muda de foco numa piscadela. Uma discussão aparentemente inofensiva pode afetar seu mundo. Como o cara que respondeu  mal ao outro que pisara no seu pé no ônibus: O debaixo é meu! O tal que pisara ao descer sem uma única palavra disparou certeiro no peito do que reclamara. Pense em situações em que tão  drasticamente se viu num redemoinho de mudanças repentinas. 
Uma palavra mal falada num momento inadequado, uma brincadeira com alguém que não estava num bom dia.Uma notícia inesperada tão avassaladora que você julgava acontecer com todos menos com você.  Entre outras. A questão é que para cada uma destas situações se já foram vividas e a elas  sobreviveu  para contar história,  trouxeram  aprendizados que em todo caso não são necessariamente bons mas que lhe obrigaram a fazer um ajuste na sua  vida.  Nada nos assegura em nada e nem por isso  deixamos de fazer as coisas por medo do  desconhecido e  pelo que sucederá depois do próximo passo. O mal nos assola mas não como um mau agouro. Ele caminha lado a lado com o bem e  com as improbabilidades.   

Não dá pra falar: amanha vou fazer assim, assado, isso e aquilo outro. Mesmo quando traçamos objetivos eles podem sair pela culatra. Mesmo quando planejamos os imprevistos assolam nossa superfície. O amanha em segundos pode se liquefazer. Sim, estamos diante de situações que nos pegam de supetão e as que são  frutos da nossa irreflexão. Situações  que estamos sujeitos ao acaso e aquelas que poderíamos mudar... Nosso próximo passo pode ser rumo aos nossos objetivos  ou quem sabe o último. Quem sabe nos levará a outra dimensão aos  prelúdios do desconhecido. Mas, de tudo isso a que conclusão chegamos sobre o que é a vida? O que deixaremos nela escrito? E diante do clique que muda tudo como nos comportaremos?