Soou tão alto aos ouvidos
Como uma faca abrindo feridas
Rapsódia de versos proibidos
Ressoam
como velhas cantigas
O uivo de
dor ecoando
O caos
entre vozes perturbadas
O pranto que
verbera aos ouvidos
Revelam a sede desafortunada
Narra a tua
dor como arma
O espectro
que sobre mim advêm
A bala que
dilacera a alma
Fere-me
como não feriu ninguém
Ao som dos
arrependidos me prostro
Como fazem os
desenganados
Que sobre
novo fôlego de vida, o voto,
Esquecem quando o mal superado.
A dor que a
outro impõe
Não sentes
se a outro é devida
Quando o
inconsciente depõe
Sua culpa na pele é sentida.
As
lágrimas vislumbro em teus olhos
Lágrimas
que se vertem em sangue.
Os atos que
dilaceram a alma
Revelam o brilho exangue
O ardil que
camuflava o encanto
Perdeu-se
na sua indecência
O conto que
antes adorado
Hoje na dor
transparência.
Um canto
que induz outro canto
Rapsódias
de corações aturdidos
O conto desmascarando
O canto que
foi encanto agora é proibido.
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