someone lyke you

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Rapsodia triste



Soou  tão alto  aos ouvidos
Como uma faca  abrindo  feridas
Rapsódia   de versos proibidos
Ressoam como   velhas cantigas  

O uivo de dor ecoando
O caos entre vozes perturbadas
O pranto que verbera aos ouvidos
Revelam  a sede  desafortunada

Narra a tua dor como arma
O espectro que sobre mim advêm
A bala que dilacera a alma
Fere-me como não feriu ninguém

Ao som dos arrependidos me prostro
Como fazem os  desenganados
Que sobre novo fôlego de vida, o voto,
Esquecem  quando o mal superado.

A dor que a outro impõe
Não sentes se a outro é devida
Quando o inconsciente depõe
Sua culpa  na pele é  sentida.

As lágrimas  vislumbro em teus olhos
Lágrimas que se vertem em sangue.
Os atos que dilaceram a alma
Revelam   o brilho  exangue


O ardil que camuflava  o encanto
Perdeu-se na sua  indecência
O conto que antes adorado
Hoje na dor transparência.

Um canto que induz outro canto
Rapsódias de corações aturdidos
O conto desmascarando
O canto que foi encanto agora é proibido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário