Roça tua pele sobre a minha
E me deixe a vontade
Faça que sem palavras eu
sinta
Sua necessidade
Não intimide a minha sanha
De querer-te profana
Dê-me os sinais do
desalinho.
Perca-se para que eu
encontro o caminho
Mostre-me sem legendas.
Para que eu ocupe a sua
tenda.
Outrora este foi nosso cântico
Em uníssono proclamava o
amor romântico
Quem nos vê agora estranha
Dormimos jocosos, na beirada da cama.
Em pena açoitamos nossos
corpos
Aceitamos que renunciamos
nossos votos
A esperança parece em sono
profundo
Aflitos flertamos com o submundo
Em silencio a noite avança vitoriosa
Sacramentando insones, os
sonhos e a prosa
Porque tantos dilemas?
Se não planejamos
desdentadas cenas.
Nem cogitamos por a dor
entre lençóis.
Em repetidas noites sem
sois.
Tricotamos com carinho nossa
senda.
Mas, violada foi nossa encomenda.
Trazendo amargura e decepção
Ocupamos a mesma cama
Mas não cabemos no mesmo chão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário