A palavra ruindade tem conotação negativa. Basta lembrar-se de como se sentiu a última vez que
a ela foi associado. Quando pensamos na
palavra ruindade associamos com o que é mal. Desde tenra idade manifestamos nossas
inclinações para o mal em menor ou maior
escala. Uma criança que investe contra outra com tapas, mordidas e puxões de cabelos expressa
uma tendência inerente ao ser humano e
posteriormente desenvolvemos diversas formas de mostrar estas inclinações. A maldade advêm por prazer, por influência de outros, para nos
dar bem, por raiva, por retaliação, pelo egoísmo e ganância, pelo poder, por
interesses, por ciúmes entre outros. A
maldade é concretizada quando externamos
por ações e palavras aquilo que é
prejudicial a outro. A palavra prejudicial por si só não é resultado da
maldade mas, a maldade em si gera o que é prejudicial. Exemplo: Imagina que
você como casal torna-se vítima do ciúme exagerado do seu par. Depois de várias
tentativas de conserto você resolve que o melhor a ser feito é a separação. Sua
decisão causa dor na outra parte embora tenha consciência de ter feito a coisa certa, principalmente porque se
assim não fosse o mal que lhe sobreviria
posteriormente seria maior. Esta
ocorrência diante da circunstância parece justificar sua decisão e suas
conseqüências mas, há situações em que esta decisão não é defensiva e sim ofensiva. A dor
gerada pela ofensa ao outro não é fruto de suas ações, por isso o
que é prejudicial nem sempre é fruto de
suas ações. Quando o mal recai sobre um inocente, desperta em nós o senso de
justiça. E o próprio injustiçado pode-se
achar no direito a vingança. Neste caso
o mal feito despertou a má intenção, o que
resultará em sofrimento para ambos e se
estenderá a seus familiares e amigos. A
maldade também não tem ares de
insensibilidade embora a própria surja como fator a ser destacado. Quando por
assim dizer puxamos o tapete de uma pessoa, com o propósito de nos darmos bem, que é uma característica dos gananciosos que
traçam seus objetivos sem considerar os obstáculos, a insensibilidade fala alto.
Pode-se dizer que a ruindade é uma via de mão dupla. Porque
afere a quem é destinado o mal como a quem o impõe. Porque quem faz fica com a sensação de
punição, ainda que divina, enquanto a
vítima amarga as conseqüências das ações do ofensor. A sua conjuntura está em que aquele que faz o
mal o faz em busca do seu bem estar e não
deixará de fazê-lo para preservar o
interesse do outro. Visar o interesse do outro em detrimento do seu próprio
seria causar em você mesmo sofrimento. E
neste impasse sempre prevalecerá aquilo que é bom para nós em detrimento do que
é bom ao outro.
A maldade vai além da ação, ela está incutida nas nossas
motivações mais recônditas e mesmo contra nossa vontade nossos pensamentos são
bombardeados com pensamentos sórdidos e questionáveis.
Ainda bem que nem tudo que pensamos levamos a cabo e muitos destes pensamentos são
combatidos pela nossa consciência que nos indica que devemos reavaliar e
corrigir podando continuamente as asas da maldade para que ela não cresça.
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