Que fazes a fama sobre lençol
Branco, cetinoso, limpo e cheiroso
Imaculada visão que vem do coração
Não vês as trevas que sobre ele
Alcovas que permeiam a luxuria
Brada inconsciente em louvor ao êxtase
O mundo para naquele instante
Não vês a treva que sobre ele.
Olhares cobiçosos que se cruzam
Na intimidade de corpos nus que se profanam
Vicissitudes do tempo escancaradas
Que cega a lucidez de todo ser.
Confissões reveladas na madrugada
Em corpos sedentos que se sobrepõem
Sussurros na garganta aprisionados
Revela do pecado o sabor.
Mas em paredes encurraladas
Há olhos que veem na madrugada
E quando segura sobre lençóis imaculados
Maculado é o solo que beijou.
Corpos cálidos não ocultam olhos vistos
Expõem-se perdendo do tempo a noção
O coração que perdeu a dimensão
Comete suicídio da razão.
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