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quinta-feira, 13 de abril de 2017

Esperança de tolo.



A expressão mais conhecida num momento em que estamos a beira da desilusão é: a esperança é a última que morre.  Diante deste ditado nutrimos  a esperança que uma situação adversa vai mudar... e custamos a se desfazer desta esperança que,  agarramos com unhas e dentes, até!  Esperança de tolo é quando nutrimos esta, até quando não temos mais porque sustentá-la.  Exemplo. Você está num prédio em chamas, a fumaça tomou conta do lugar,  as labaredas consomem tudo que está ao alcance de suas vistas e por algum motivo desconhecido pela lógica,  você espera que um anjo entre pela janela e o alce prédio afora. Exemplo afórico mas,  há situações em que agimos exatamente deste jeito. Exemplo dois: O relacionamento está destruído, ela deixou claro que não gosta mais de ti e que não vai mais voltar. Parece claro e ponto. Mas, você baseado na esperança de tolo, continua alimentar um retorno. Por QUE? Pra QUE? Dá doido? Só de pensar na possibilidade de retorno já revela que você está com problemas. De dignidade, de perspicácia, de esperteza.  Há, pode acontecer dela voltar, você insiste nisso?  Pode. Pode sim. Como um rato volta quando encontra comida fácil. Acorda!

Numa abordagem paralela vamos citar alguns exemplos miraculosos que a esperança poderia ser de tolo e não foi porque houve intervenção divina. O caso de Daniel nas covas dos leões, o caso da derrota do exercito de Senaqueribe. A queda de Jericó e o caso de Nabucodonosor.    Mas, como dito. Intervenção divina.  Hoje em dia não podemos contar com ela, principalmente porque existiu um motivo para que estes relatos fossem preservados e chegados  até nos.

Noutra ponta cabe perguntar por que insistimos em nutrir esperança quando tudo indica que não devemos?  Temos uma pugna. Tudo aquilo que parece oposto a nossa felicidade causa-nos indigestão. Alguns exemplos: a morte, doenças, a derrota de nosso time, um acidente que perdemos alguém que amamos, injustiças. A lista é grande e interminável. Em 1771, Mercier um escritor francês escreveu o conto A ano 2040, ali relata um sonho de como deveria ser Paris, capital da Franca. Em seus devaneios descrevia uma cidade perfeita sem injustiças, árvores ladeando as avenidas e tudo que nos permitiríamos sonhar se tivéssemos o poder de realizar nossos sonhos.  Sonhos, palavra muito ligada a esperança. Mas, que geralmente habita nosso imaginário que está associado a nossas vontades que flutuam constantemente em nossa cabeça. Sonhar não custa nada, nem exige esforços.  A verdade é que continuamos a nutrir esperanças de tolo de que tudo vai se resolver: Um governo justo, a cura das doenças, a igualdade entre os humanos.... Temos que acordar. Realidade é realidade e não mar de rosas... Esperanças tem um teto, além dele são nuvens de fumaça da nossa vontade baseada num querer  irracional. Não somos super homens dotados de capacidade fenomenal  e não podemos contar com intervenção divina. Acordemos. A esperança tem limites. Quando ela foge do natural ele é lógico: desnatural.

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