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quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Aborto: uma questão cabeluda



Aborto – Se você quiser arrumar confusão com alguém é só se declarar a favor ou contra ao aborto. Qualquer que seja  seja seu parecer esteja certo vai dar  confusão? O assunto é cabeludo.  Tipo:  se correr o bicho pega e se ficar o bicho come. E não adianta achar que você sabe do que está falando.  Aborto é assunto para ficar em cima do muro.   Você tem sua opinião, seu vizinho tem a dele, religiosos divergem no assunto e  países tem suas leis a favor ou contra. Não precisa  dizer mais nada para entender que isso é  briga certa. Ainda assim um governo para o povo precisa estabelecer o que é legal quando na ilegalidade muitos procuram refúgio para sua aflição.  Isto é importante. Não devemos fechar os olhos para a quantidade de abortos ilegais praticados em clínicas ou locais inapropriados  para este fim porque as pessoas não encontram apoio e autorização para este procedimento. Se vamos tratar a questão como tratamos os entorpecentes creio que evitaríamos muitos abortos  mas, também teríamos que evitar o sexo e como este é do interesse dos legisladores(só deles? )  é improvável que vingaria.   Também não devemos fechar os olhos para quem possa interessar: as mulheres. Ora, a gestação se dá no seu corpo  e sendo elas as principais interessadas deveriam ser consultadas já que estamos falando de uma lei que visa o bem estar de uma nação. Ouvi-las seria respeitoso ainda que fosse apenas para saber sua opinião. Não devemos esquecer que sendo da mulher o corpo há um pressuposto inquestionável de decisão que seria irrefutável,  se não houvesse uma  ressalva: a vida que nela habita.  Então esbarramos no   nosso primeiro hiato no quesito preciosidade da vida  - qual vida vale mais? Diante de um infortúnio que precisasse opinar como agir? Se  há vida em risco e se necessária uma única opção,  que sobreviva aquela que   está em melhor condição de sobrevivência.  Não devemos esquecer que sendo a mulher dona do seu corpo uma gravidez indesejada  é um problema sério. E  dentro do assunto temos vários quesitos a considerar: a gravidez é indesejada porque? Abuso sexual, falta de prevenção, falha no contraceptivo... Não devemos esquecer que para cada situação deve haver um tratamento. Não posso por exemplo  tratar um estupro seguido de gravidez com uma transa sem preventivo,  embora ambas possam gerar uma gravidez indesejada.  Também não podemos fechar os olhos quando a gravidez é produto de  uma falha  provinda do laboratório que faz a formula contraceptiva, embora neste caso abrande a perspectiva do aborto, ainda que   passível de punição,  reparação ou ambas.  Claro que sendo a mulher portadora do ventre livre deseja ter  a liberdade de copular sem considerar a possibilidade da gravidez, no entanto sendo a lei  feita para atender  a demanda da maioria  e não uma individualidade,  deve amparar a vida inocente que esta liberdade pode cercear. Afinal todos temos responsabilidades embora nem todos sejamos  responsáveis. Mas, vamos imaginar que uma pessoa responsável pegou uma doença venérea incurável? Ela querendo ou não, não teria que assumir a responsabilidade pelo seu ato, embora este pareça  mais um castigo?
Ainda há casos como a incompatibilidade da vida do feto, neste caso, parece que não haveria muitas discussões, embora a mãe deveria ser consultada.  Sem mais, a  lei ainda deveria ter alguma flexibilidade para reflexão se,  analisada por pessoas capacitadas para dar um parecer positivo ou negativo diante da peculiaridade de  cada caso. 
  A bíblia incentivadora da vida ressalta que o aborto é inadequado mas,  para termos esta visão privilegiada, precisaríamos acatar todas as normas que protegeriam os casais , as relações e a vida. A bíblia não permite sexo antes do casamento, não permite o desenlace do matrimônio sem um motivo aplicável,   o que sugere que dentro deste molde não haveriam nem a quantidade de divórcios hoje existentes nem tampouco a necessidade de tantos abortos  por uma questão lógica:  eles não existiriam. Entretanto se não seguimos a risca o recomendado não devemos utilizá-la como referência, impondo a restrição sem levarmos em conta as reprimendas.   Diante do exposto fica claro que  precisamos de leis  que minimizem os danos a quem possa interessar.

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