someone lyke you

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Yoguim



Quando você pensa em Yoga você pensa em meditação, transcendência e provavelmente na sua cabeça vem a imagem de alguém na posição de lótus com as mão repousando sobre os joelhos com os dedos polegares  e indicadores se tocando, pra cima ou para baixo dependendo se dia ou noite,  a posição clássica da Yoga. Quando não pensa em levitação. Oh!

Se um dia resolver ser um yoguim provavelmente o fará porque intenciona entre outras, encontrar pessoas felizes, superlativas e que sejam bem resolvidas, não é?
Hummm... Mas, já se perguntou por que alguém resolve fazer Yoga?

Certamente não é porque era  uma pessoa perfeita. Logo neste ambiente não encontrará pessoas perfeitas. E se encontrar pergunte três vezes porque resolveram  fazer Yoga. Ora, porque a pergunta?  Suponho que quando se começa fazer alguma coisa é na procura de alcançar alguma coisa. Porque três vezes?  Não sei dizer exatamente porque a persistência na pergunta, mas pergunte assim mesmo. Se lhe deixa mais confortável uma explicação, pense que Jesus perguntou a Pedro três vezes se ele o amava, após tê-lo traído. E também porque somos tentados a esconder o verdadeiro motivo que nos leva a procurar uma atividade,  principalmente quando o verdadeiro motivo não é motivo de orgulho.  E no final poderá descobrir o verdadeiro motivo do inicio.

Três vezes também foram as vezes que a psicóloga de minha filha fez a mesma pergunta   tentando extrair dela uma informação condizente com suas suspeitas, mas depois da segunda, a menina se recusou a responder. Foi o suficiente para psicóloga descobrir que suas suspeitas eram apenas suspeitas.  Assim, se depois de ter feito a mesma pergunta três vezes  e não houver nenhuma variação nas respostas você pode se contentar com a veracidade das  respostas   Fique certo que você verá que o inicio não se deu porque a pessoa simplesmente tinha curiosidade e que de fato ela procurava alguma superação para alguma dificuldade.

Não raro quando entramos num meio que imaginamos encontrar pessoas alegres, bem resolvidas, imagem reforçada pelas  redes sociais onde costumamos ver fotografias de  sorrisos largos e perfeitos iluminando rostos bonitos, nos decepcionamos.  Não que não encontrará rostos bonitos sorridentes e pessoas bem resolvidas, afinal este é o objetivo, é que é provável que também encontre pessoas comuns: azedas, desconfiadas, antipáticas etc, como em qualquer outro lugar.  

Pessoas são pessoas em quaisquer lugar e em quaisquer ambiente e geralmente a imagem que criamos é supervalorizada diante da realidade e quando percebemos que não estamos num ambiente que  esperávamos só  existir harmonia e pessoas que se aceitam mutuamente ficamos desanimados e logo pensamos em abandonar o barco. Quando não nos tornamos opositores o que é injusto pelo pouco que nos infiltramos.

Você também não vai dizer que está ali por pura curiosidade, né? Algum problema você tem. Sua coluna esta torta, seu corpo flácido, sua paciência curta, sua saúde em declínio. Fale a verdade! Se não para os outros para si mesmo.
 
Porque começou a fazer Yoga? Sempre quis transcender a mediocridade humana e conhecer esta ciência milenar.
 
Porque começou a fazer Yoga? Porque sempre ouvi falar que você praticando Yoga torna-se uma pessoa melhor.

Porque começou a fazer Yoga?  Tinha uns problemas pessoais que gostaria de resolver e depois de ter procurado muitos médicos resolvi tentar algo alternativo.

Também se pergunte porque começou a fazer as atividades que hoje pratica.


quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

O vil metal




Dinheiro, dinheiro, dinheiro! Sem ele,  nada feito!  Precisamos do vil metal. Temos necessidades básicas a serem supridas, temos nossos devaneios da moda, temos nossos sonhos  e somente o vil metal esta aí para tornar tudo possível. Sem ele como poderíamos pensar por exemplo em ir pra Miami, conhecer Florença, o Arco do Triunfo, Nova York... E,  perda-se! São muitas  vontades, necessidades, caprichos...   Mas, vamos em frente. Classificados por classe,  os seres humanos se intercalam entre os  endinheirados e os outros. Ah, para a minoria muito e para a maioria pouco. Contraditório,  mas é assim... Se  dinheiro é fator determinante quem tem muito deveria ser mais feliz, não é?  É, deveria sim. Mas procurar a riqueza nem é garantia de nada e até pode ser comparado a  vender a alma ao diabo... Você estuda,  se empenha em várias empreitadas e se tem o espírito empreendedor dará seu jeito e  com muito esforço seu objetivo do dinheiro estará batendo na sua porta.  Até aí nada demais... Mas o capitalismo impõe uma praga... Você se torna escravo dele e quanto mais tem mais desejará ter. Este ciclo perverso de ter e  querer mais  culmina numa busca incessante e  inquietante. Pura escravidão. E esta inquietação de ter -  o medo de perder o conquistado e  o comichão de  querer mais,   causa infelicidade. Irônico.  Rico e infeliz. Mas, deve haver exceções. Porque nós que andamos perseguindo o vil metal e ele,  parece fugir de nós, ocasionalmente ainda damos boas risadas  seja nas pequenas conquistas,  numa rotina alimentar satisfatória, numa refeição naquele lugar tão comentado por quem já foi, conquistas banais e que exigem esforços e uma economia considerável, mas que resulta em alguma felicidade. Talvez porque nossas pequenas realizações causam grandes satisfações. Falando assim dá até para concluir que dinheiro  atrai tristeza.  Será? O dinheiro é o tipo  faca de dois gumes: necessidade e impulsividade. A bíblia diz : os  que ambicionam ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitas vontades loucas e nocivas, que atolam muitas pessoas na ruína e na completa desgraça. O dinheiro exerce um fascínio sobre aqueles que dele se  tornam amigos. Pior, ser amigo do dinheiro é arrumar um monte de inimigos - pessoas...O texto cita:  vontades loucas e nocivas, dá para entender porque o vil metal apesar de  necessário também é do mal.  Nós que corremos atrás dele continuaremos correndo e neste jogo de corre e não pega mal sabemos que damos a maior sorte porque se o pegarmos nos tornaremos ricos e se nos tornarmos ricos seremos infelizes. Coisa maluca. 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Conveniência




Conveniência...é aquilo que atende ao gosto, às necessidades, ao bem-estar de um indivíduo



Aquilo que é útil, que simplifica uma rotina, que economiza o tempo etc.; utilidade, vantagem

Você sempre faz o que é conveniente para você – Dizia a mulher ao seu namorado.

E quem não faz? Com raras exceções e até por conveniência abrimos mão da conveniência.  Sim, conveniência é bom, é útil e necessária. Sem aquilo que é de nossa conveniência tornamo-nos negligentes. Ainda que negligentes com nossos interesses.  E nossos interesses ocupam o topo da lista de, digamos:  nossos interesses.

Há muito tempo atrás foi sugerido que somos de fato movidos e motivados  por aquilo que é conveniente. Hum, a questão é polêmica, mas por conveniência é melhor ignorar o fato que hoje é difícil imaginar alguém que abra mão da sua em prol de  outro a não ser que isto lhe seja conveniente. Admito que nem sempre. A empatia, atua como antídoto a esta impulsão atrativa de sempre procurarmos nossa conveniência.  Ela põe uma trava aos olhos para que possamos enxergar que a conveniência alheia deve ser considerada se não quisermos viver isolados num mundo de conveniências.

Uma criança já nasce com seus quereres bem estimulados. Se não atendido ele usa uma coisa bem enervante : o choro. O choro é uma espécie de: se não fizer minhas vontades ainda que necessidades você terá que lidar com meu choro e se acha ruim ele pode ficar bem pior. Debaixo deste dilema e imbuídos da empatia atendemos quase que instintivamente.  Um dia porém sentimos que a conveniência deste pequeno ser tirou a nossa. Então nos rebelamos.

Muitas das muitas discussões dos casais estão balizadas na conveniência extrapolada de um em detrimento do outro. Aquela frase: O tempo que me dedica é por conveniência...  Se é! Mas você não revelará isso. Seria estupidez, mas você sabe que se não levar em consideração a conveniência da pessoa que revelou suas conveniências você perderá as conveniências que ela lhe proporciona. E se elas são convenientes melhor repensar.

Na briga das conveniências  ambos procuramos a nossa. E se a sua conveniência incomoda a conveniência alheia cria-se um impasse. E como resolvê-lo?  Peso por peso você pode abrir mão de alguma coisa se a coisa oferecida é mais conveniente. Ainda que abra mão de uma conveniência menos expressiva. Como pode ver a conveniência impera em todos os sentidos seja para um lado ou do outro. Fica claro que assim que abrimos mão de uma alguém se beneficia,  para o bem da sua própria.

Mas, não podemos reclamar -  as vezes os inconvenientes são convenientes. Levantar cedo, disciplina, ouvir seu par, escutar desaforos, engolir sapos. Há uma lista enorme. Como pode ver todos estes  põe o pé no freio das nossas conveniências.  Claro que não fazemos isso em troca de nada, o que mesmo inconsciente não deixa de ser conveniente. Levantamos cedo para ir a escola para nos livramos da chata da ignorância.  Levantamos cedo para ir para o trabalho para termos o desejado dinheiro. Levantamos cedo para correr para livrarmos do preguiçoso sobrepeso. E assim por diante. Se você parar para pensar vai perder muito tempo pensando em tantas conveniências que tornam-se inconvenientes e tantos inconvenientes que assimilamos por pura conveniência. Rsrs., É isso. Então quando alguém reclamar que você só faz o que lhe é conveniente. Não seja inconveniente.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

REVANCHE



 Um lutador ousado e competente aclamado campeão imbatível é desafiado por um oponente fanfarrão e falastrão. Este com o intuito de tirar o outro do sério usa o desrespeito como arma de tal forma  que chega aborrecer  até quem o escuta debochar e ignorar o histórico do  campeão. Seu objetivo com isso? Desbancar o campeão, mexer com seu brio ao ponto de desestabilizá-lo.

 No dia do combate contrariando todas as expectativas o campeão cai logo no primeiro round.  Desde o locutor até o mais cético, todos ficam abalados com a derrota. Chegam a duvidar que de fato ocorreu, mas, os fatos são inegáveis. O campeão derrotado conhecendo seu potencial considera sua derrota um acidente e para provar que tudo não passou de um ato de sorte ou quem sabe um erro na sua  estratégia pede revanche. 

A revanche neste caso é legítima. Mas, seres humanos costumam usá-la para retaliar aquilo  que não gostam. Se uma pessoa zombou de você ela não perde por esperar. Se fez alguma coisa que maculou sua reputação, terá volta. Queremos sempre nossa dignidade preservada e qualquer ato que jogue lama na nossa idoneidade tem que ser retratada ou vingada. O acerto de contas torna-se inevitável e vai adiante. 

Traição paga-se com traição. O olho por olho, dente por dente é seguido a risca. Se uma atitude é interpretada como descaso vai ser paga com descaso. Assim um círculo vicioso entre ação e reação viram parte de uma paga interminável de punição porque nos julgamos  negligenciados e se fomos negligenciados o preço é pagar na mesma moeda. 

As feridas  nos ânimos com este comportamento vão deteriorando a tolerância e a cumplicidade. O  clima de desconfiança toma uma inclinação prejudicial,  pois tudo o que o outro faz passa a ser interpretado com um revide. Seu estado de alerta que deveria ser usado para situações de tensão real ficam retesados e  a pessoa que é importante para você  é vista como  rival. 

Este ambiente é  terreno fértil para o orgulho e prolifera sufocando a possibilidade  da reconsideração e da empatia, sacrificando o dito: paz na terra aos homens de boa vontade. (isto ficou meio careta)  Boa vontade para relevar falhas e permitir o amor  levantar sua bandeira branca. Quando o orgulho toma as rédeas e impõe suas armas desejamos revanche numa situação que não deveria ser para   disputa e sim para compreensão. 

Se você interpretar qualquer atitude com beligerância prepara o coração para uma guerra e não para paz.  E quando  a guerra chegar e vai chegar  você estará tão fustigado que o diálogo será inutil porque foi usado quando não existia necessidade.

  A revanche pode ser usado para princípios sadios como num  jogo, como numa brincadeira salutar  que contribui para a intimidade, para descontração  e não para retaliação. As vezes criamos um campo de guerra por que estamos em guerra conosco mesmos e acaba sobrando para  quem não tem nada a ver com a batalha.  E, francamente quem gosta de viver em guerra? Quem é que gosta de conviver diariamente  com alguém desagradável? 

O campeão se preparará para a batalha para reaver seu título.  Quem sabe se você na procura por uma  revanche não se  preparará para corrigir suas falhas e mostrar que você é melhor do que se  espera e está disposto a mostrar por suas ações que você é um vencedor até quando se trata de rever ações? 
 

Eu vejo seu tormento



Vejo o seu tormento
A dor em mim existe
Embora em  contratempo
Deforma o  arrebite
Escuto o seu lamento
O ouvido  não admite
O eco é sofrimento
Recuso o seu convite

Mas sua argumentação é  forte
Em colo que o amor embala
Onde  habita a coragem a covardia cala
Em tempo, tempos o coração admite
Que enlace é agravo se não há limites.
Para  alma que o prazer distorce.

São dois opostos no corpo de um
São dos corações e um objetivo comum
Se um quer amor o outro quer o destroço
Numa só descrição  o prazer é o negócio
Que irá deflagrar  poeira em alta mar
Que ira incendiar o centro polar

São dois corações extraindo o ópio
Em refaça esta cena que não sou um negócio
Que remete o prazer e revolta sozinha
Se esperar o destino  o amor se definha
Ou é puro prazer ou é jogo de cena
Ou prevalece o amor  ou então recomeça a cena.


terça-feira, 17 de janeiro de 2017

ATITUDE.




Homem precisa ter atitude! É imperativo que sim. Mas, não diria que ter atitude seja imperativo apenas ao homem. Esta ideia de que homem não tem que se rebaixar é um  lema que as mulheres  hoje buscam com afinco. Neste caminho pela  igualdade muitos dos ditos comportamento masculino já não são tão masculinos assim. Profissões que antes só consideradas privilégios masculinos hoje são encarados pela mulherada na boa. Claro que esta busca frenética pela igualdade cobra seus tributos. Mulheres que conheciam tarde o que era  problemas cardíacos agora partilham com homens uma estatística nada do bem. Outros problemas somam-se a este como estresse, falta de tempo para família, uma consciência atribulada por não poder dedicar a prole a atenção desejada,  entre outros. E claro conquistas sempre são satisfatórias e isto adere o principio de equidade. Nem teria que dizer que nesta procura,  a família como conhecemos sofre tremendo impacto,  porque somos frutos de uma geração onde  as diferenças sociais ainda   prevalecem,  já ceifamos alguns resultados negativos,  os filhos . Sem a presença de um adulto eles se viram como podem mas não sem um resultado. Como dito num outro escrito, toda ação tem uma reação e não é diferente quando adotamos uma estrutura familiar da qual somos pioneiros e ainda não sabemos como afetarão efetivamente os filhos. Uma coisa é certa,  sem a supervisão amorosa de um dos cônjuges não me parece promissor. Problemas a parte não parece que mesmo as mulheres que perseguem suas conquistas e ambicionam a igualdade estão preparadas para o que isso de fato significa. Coisas que sempre foram vistos como cavalheirismo ou ainda para seguir um estereótipo comum,  obrigação masculina estão caindo por terra. Pagar conta em restaurante, ceder lugar pelo simples fato de considerar a fragilidade feminina, coisas do tipo que deveriam ser desconsideradas ganham uma considerável proporção na batalha dos sexos. Homem pagar conta não é mais admissível. Homem pegar peso, justificável pela sua composição, não é justificativa válida. Alguns homens agora invertem seu papel com as mulheres, se para elas substituírem as obrigações do lar para arrumar um emprego é de suma importância, então alguns homens adotaram cuidar dos filhos e da casa.  De certa forma a atitude esperada por  parte das mulheres  virá numa forma avessa ao que deveria. Se as mulheres gostam de homens, homens então terão. Mas a que preço?  Se ir ao cinema  vira uma polêmica quando há uma indecisão de qual filme ver não sendo recomendado que o homem dê preferência aos gostos da sua amada,  que o caracterizaria como não tendo  um pulso firme  agora esta preferência é inviolável e se não for aceita,  ir ao cinema como casal torna-se inviável.  Fico imaginando numa situação de  emergência, onde a pressa é necessária e o senso comum e a ética   sempre prevaleceram ditando  a ordem  mulheres e crianças em primeiro lugar.   Já nesta nova configuração de igualdade não sei se a ética seria considerada.  Sim, um homem precisa ter atitude, tomar a liderança, encarar os problemas e ter a iniciativa de proteger e sustentar a mulher... opa, isto não parece um pouco machista? 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

O amor e nossas escolhas

Amores, paixões, relacionamentos, hum, indiferença, desamor, brigas.. Recomeço.  A grande maioria das pessoas começa sua vida amorosa acreditando no amor. Ele é o grande impulsionador dos sonhos, o grande motivador de todos nossos devaneios amorosos  Almejamos uma vida em comum  com a pessoa amada... Aquela pessoa que  desejamos que fosse  única. O  grande amor de nossa vida. Acreditamos e nos deliciamos com fantasias que imaginamos como se as tivéssemos vivido.  Perdemo-nos em imaginações  com situações que gostaríamos de viver ao lado do ser amado.  Antes mesmo de nosso corpo conhecer as doçuras do amor já temos um repertório vasto trazidos dos filmes que assistimos e da literatura que apreciamos. Estes,  contribuem e influenciam o enredo do que queremos viver. Mais a  frente vivemos nossa  primeira paixão e buscarmos nele o regozijo sonhado, com expectativas altas demais para uma realidade a parte da literatura e  dos filmes e,   posteriormente em algum momento,  experimentaremos  a primeira desilusão amorosa, não que necessariamente as coisas irão acontecer nesta ordem, é possível que um ou outro realizará suas fantasias de um amor único e eterno. Neste ínterim acordamos do nosso estado inconsciente inflado por uma utopia  dificilmente atendida.  A decepção, a traição ou outro obstáculo traçado no caminho faz suas fantasias se desmoronarem abrindo caminho para a desilusão e posteriormente uma recuperação que trarão  outras relações, outros envolvimentos, outros tipos de amores, outras experimentações. Como numa doença,  criamos anticorpos. Ficamos prevenidos quanto ao amor romântico tão exaltado.  Deste ponto em diante a forma que vivenciamos os relacionamentos irão influenciar como trataremos os que virão posteriormente. Uma experiência ruim pode trazer certas reservas que dificultarão o relacionamento posterior. Se houve traição você pode querer se envolver com pessoas casadas para causar o mesmo sofrimento sofrido. Abra-se um leque infinito de possibilidades,  alguns fazendo bom proveito das suas experiências e outros se afundando ainda mais na sua própria estupidez. Índoles mudam, reputações são alvejadas, conceitos fortemente arraigados tornam-se frívolos... Tudo pode acontecer. Alguns amarão irremediavelmente durante toda sua vida apesar de toda decepção vivida. Alguns seguirão o caminho das conquistas, outros refarão suas vidas acertando o compasso aprendido em relações anteriores, outros continuarão errando o percurso. Uns não farão questão nenhuma de reavaliarem suas situações e outros tomaram extrema cautela para não sofrerem novamente. O bem e o mal na prateleira de escolhas ao alcance da mão. Sirva-se! Mas, saiba,  aquilo que semear é o que colherá... E se a luz que há em ti se transformar em trevas... Grandes trevas serão.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Saiba escutar



Lição é lição e para aprender basta escutar. Ouvir não, escutar... Prestar atenção ao dito, refletir. Uma mãe e sua filha esperavam sentadas, num ponto de ônibus.  A filha debruçada sobre o colo da mãe se esticava toda. -  Senta direito menina, não empurra não! Redargüiu  a mãe.  Eu já te disse:   “Não queira ficar confortável com a dor do outro.” Sábias palavras. Se observar reparará que era uma lição repetida, assim entendida  quando ela diz: Eu já te disse. Às vezes demoramos a  incutir  um ensinamento, precisamos repeti-lo  uma, duas ou mais vezes. Somos esquecidiços e negligenciamos facilmente aquilo que nos  vem como disciplina. Dando atenção ao assunto principal notará que por algumas vezes você também já procurou seu conforto mesmo quando este resultava em dor a alguém. Se,  pousou sua cabeça no ombro de outrem e sentiu-se  a vontade não refletiu que isto poderia causar dor . Se,  sentou no colo da sua namorada pensou por algum instante no desconforto dela? Mas, vamos falar de coisas realmente importantes. Você adora que suas vontades sejam saciadas, é ótimo, não é? A custa do que? Espero que não a custa da dor alheia. Mas, não raro se sua satisfação é egoísta alguém pagará por ela. Estará levando em consideração a outra parte? Estará a  sobrecarregando com vontades demasiadas? Suas vontades prevalecem acima de qualquer outra coisa inclusive das vontades da outra pessoa? Acredito que aquela menininha no colo da mãe não podia imaginar que se ela acatar a lição oferecida pela sua mãe, ela a utilizará para vida toda. E quando em outras situações em que ela mesma procurar seu conforto ouvirá ainda que no seu inconsciente a voz da sua mãe lembrando-lhe de não pensar exclusivamente em si mesma. Quando submetidos a uma reflexão sempre deveríamos nos perguntar: Eu faço isso? Minhas vontades são tirânicas? Meu lema é: primeiro eu depois os outros? Não que não seja correto pensar primeiro em si... Afinal quem não pensa em si não fará bem ao pensar no outro.  Desde que ela não ultrapasse as fronteiras do terreno alheio.  Você impreterivelmente trata suas vontades como irremediáveis? Se,  é assim precisa reavaliar sua postura. Não encare isto como um conselho e sim como uma lição. Conselho deixa uma impressão de que a pessoa que o dá é exemplar  já lição é algo que você aprende. Somos aprendizes de tempo integral não somos? Quem já não  olhou para uma situação com desdém e depois viu o quanto aprendeu com ela. A vida é assim quem tem ouvido para ouvir que ouça, mas também escute.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

E se acontecesse



O que aconteceria se no afã de  descer uma escada no primeiro lance de cima para baixo você pisasse num caco de vidro? Seu corpo reagiria ao impacto e dor e você muito provavelmente perderia o equilíbrio e cambalearia degraus abaixo. Nosso corpo reage a dor e os outros sentidos ficam comprometidos ainda que neste caso a prioridade seria não cair  o que poderia resultar facilmente num acidente fatal. Assim se daria  se na direção do seu carro uma abelha o picasse  num percurso que estivesse  em alta velocidade.  Tomando estes exemplos como modelo não é difícil imaginar que nosso corpo reage ao primeiro impulso sem prever o que poderá acontecer nos passos adiante.  Nossa mente por mais engenhosa que possa ser não é perfeita e pode ser ludibriada ou distraída do  seu foco para uma atividade  errada num momento que pode ser crucial que não o fizesse.  Assim, alguém que mantém a desconfiança como foco principal  inevitavelmente estará sujeito ao que ela proporciona deixando demais coisas para segundo plano. Citei a desconfiança, mas serviria para qualquer outra coisa que tomasse tamanha relevância. Isso não quer dizer que se possa escolher para onde direcionar seu foco, nossa mente tende a tomar as rédeas para o que aparenta ser ameaçador ainda que esta ameaça seja fruto de uma centelha falsa das nossas percepções. Diante de qualquer incongruência nosso sistema de defesa dispara o alarme de atenção e começamos cogitar possibilidades. E nossa atenção quando se direciona para um determinado fim dá a este fim, grande parte de sua  atenção, dificultando foco em outras coisas que poderiam ser mais relevantes. Nossas emoções sem nenhum autocontrole pisam em cacos de vidros a todo instante desencadeando acontecimentos improváveis e prejudiciais... Danosos . Ter as faculdades perceptivas treinadas é sem dúvidas a melhor forma de  impugnar uma ação reativa do corpo e das nossas emoções. Diz-se que contar até 10 antes de uma ação inviabiliza uma tragédia. Isso condiz com preparar nossa mente para situações que nos afligem e nos tomam de supetão sem prévio aviso. Nosso corpo é reflexivo assim como nossa mente, mas temos como amenizar os danos quando dispomos de tempo e atenção para cultivarmos bons hábitos.  Não podemos destinar nossas atenção para o improvável mas se o improvável se fizer presente melhor que saibamos como agir.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Excentrico

Nunca queira ser além de uma pessoa normal. Além do normal vem a excentricidade. Ser excêntrico é ser  na melhor das hipótese estranho e aquilo que causa estranheza não é compreendido. Uma pessoa tímida é interpretada como orgulhosa, logo é esquisita. Uma pessoa orgulhosa é intragável, logo esquisita. Se por acaso você se enquadra no mundo dos tímidos e orgulhosos ou mesmo esquisito sem precisar definição  alguma, seu remédio é fingir não ser.  Para ser excêntrico  é fácil, basta ser estranho. Isto quer dizer não gostar de fazer coisas que todo mundo gosta de fazer: beber em bar com amigos, não ir a festas que você acha chata, não andar em grupo rindo de qualquer bobagem dita, não gostar de falar bobagens...Em suma,  não achar que o mundo é um parque infantil. Neste mundo não  se deve revelar os seus  defeitos  para ninguém. Então não faça isso. Você é perfeito, gosta de cachorro, de gatos, de futebol, de games.  Não gostar de nada disso,  seria excêntrico e ser excêntrico é ser esquisito. As pessoas não toleram pessoas diferentes, fugiu do padrão é estranho, é esquisito.  Nada de pensar fora da caixa quando o quesito é ser normal. Se for inteligente não fique falando de teorias científicas e nem citando autores a cada meia dúzia de palavras. Pega mal. É esquisito. Tem que ser normal se quiser ser  aceito. Ficar medindo calorias na hora de uma rodada de cervejas e petiscos, é de lascar, é estranho, é esquisito. Outra coisa inadmissível é você ficar revelando coisas estritamente pessoais a um amigo de pouca data... Você mal conhece a pessoa e já está falando que está duro, que não tem dinheiro nem pra pagar o aluguel? Que esquisito!  Excentricidade não tem nada a ver com gênero, tanto homem como mulher podem ser. Homens assediadores por exemplo, são esquisitos. O cara come a mulher com os olhos e ainda a quem acredita que isso pega bem. Vou revelar um segredo enquanto você diz que ela gostosa  ela  diz  que você é nojento. Mulher não gosta deste tipo de esquisitice. Nem audacioso isso é, muito menos sinônimo de galanteio.  É estranho.  Outra:  Reuniões sociais. Nada de ser diferentão. Diferentão é esquisito. Todo mundo vai rir de você. Não sabe dançar, tem vergonha de conversar, não sabe se entrosar? Aprenda.  Ou então fique em casa. Vai assistir sessão das 10, Telecine, jornal. Sem aptidão social é melhor ficar em casa do que chegar no outro dia e ser assunto para risadas. Tem que ser agradável. Fazer um tipo.Talvez não ache que seja legal representar... Não faz parte da sua índole enganar os outros.  Legal é ser mané? Legal e ir numa festa se divertir e acabar sendo a  diversão? Tire coelho da cartola, cante no karaokê, de boas risadas, mostre os dentes. Nada de chorar pitangas numa festa social, é esquisito. Olha, o nome:  festa. Então engula a tristeza.  Se não der para engolir enfia no bolso. Outra. Vá arrumado, ok?  NÃO vá inventar de  representar o arco íris. É esquisito. Nada de beber além da conta. Festa é pra se aproximar das pessoas, vender sua imagem, festa não é pra comer. Tirar a barriga da miséria é em casa, sim, coma arroz e feijão... nada de atacar os canapés, coxinhas e rissoles até não aguentar andar. É esquisito. E vai ficar mal falado e ninguém mais vai te convidar pra festa nenhuma. Faça o  tipo bem educado.  Qualquer tipo. Desde que seja comum, ok? 
Numa festa o chamado excêntrico foi instigado a fazer uma gentileza para  seu chefe, ele deveria ir até ele e  elogiar a sua filha dizendo que ouvira dizer que ela era muito bonita.  De fato ele fez conforme combinado. Mal acabou e seu chefe revoltado o empurrou  com violência e foi logo  esbravejando: Você tá maluco? Perdeu o juízo? Minha filha é paraplégica. O cara não sabia onde enfiar a cara, ficou todo constrangido.  Depois contaram que era tudo mentira, uma armação,  mas ele não sabia. Como era esquisito não perderam a oportunidade de aprontar esta.  Até hoje riem dele por causa desta história. Então! Seja comum, nada de excentricidade. Ser excêntrico é esquisito. 

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Aborto: uma questão cabeluda



Aborto – Se você quiser arrumar confusão com alguém é só se declarar a favor ou contra ao aborto. Qualquer que seja  seja seu parecer esteja certo vai dar  confusão? O assunto é cabeludo.  Tipo:  se correr o bicho pega e se ficar o bicho come. E não adianta achar que você sabe do que está falando.  Aborto é assunto para ficar em cima do muro.   Você tem sua opinião, seu vizinho tem a dele, religiosos divergem no assunto e  países tem suas leis a favor ou contra. Não precisa  dizer mais nada para entender que isso é  briga certa. Ainda assim um governo para o povo precisa estabelecer o que é legal quando na ilegalidade muitos procuram refúgio para sua aflição.  Isto é importante. Não devemos fechar os olhos para a quantidade de abortos ilegais praticados em clínicas ou locais inapropriados  para este fim porque as pessoas não encontram apoio e autorização para este procedimento. Se vamos tratar a questão como tratamos os entorpecentes creio que evitaríamos muitos abortos  mas, também teríamos que evitar o sexo e como este é do interesse dos legisladores(só deles? )  é improvável que vingaria.   Também não devemos fechar os olhos para quem possa interessar: as mulheres. Ora, a gestação se dá no seu corpo  e sendo elas as principais interessadas deveriam ser consultadas já que estamos falando de uma lei que visa o bem estar de uma nação. Ouvi-las seria respeitoso ainda que fosse apenas para saber sua opinião. Não devemos esquecer que sendo da mulher o corpo há um pressuposto inquestionável de decisão que seria irrefutável,  se não houvesse uma  ressalva: a vida que nela habita.  Então esbarramos no   nosso primeiro hiato no quesito preciosidade da vida  - qual vida vale mais? Diante de um infortúnio que precisasse opinar como agir? Se  há vida em risco e se necessária uma única opção,  que sobreviva aquela que   está em melhor condição de sobrevivência.  Não devemos esquecer que sendo a mulher dona do seu corpo uma gravidez indesejada  é um problema sério. E  dentro do assunto temos vários quesitos a considerar: a gravidez é indesejada porque? Abuso sexual, falta de prevenção, falha no contraceptivo... Não devemos esquecer que para cada situação deve haver um tratamento. Não posso por exemplo  tratar um estupro seguido de gravidez com uma transa sem preventivo,  embora ambas possam gerar uma gravidez indesejada.  Também não podemos fechar os olhos quando a gravidez é produto de  uma falha  provinda do laboratório que faz a formula contraceptiva, embora neste caso abrande a perspectiva do aborto, ainda que   passível de punição,  reparação ou ambas.  Claro que sendo a mulher portadora do ventre livre deseja ter  a liberdade de copular sem considerar a possibilidade da gravidez, no entanto sendo a lei  feita para atender  a demanda da maioria  e não uma individualidade,  deve amparar a vida inocente que esta liberdade pode cercear. Afinal todos temos responsabilidades embora nem todos sejamos  responsáveis. Mas, vamos imaginar que uma pessoa responsável pegou uma doença venérea incurável? Ela querendo ou não, não teria que assumir a responsabilidade pelo seu ato, embora este pareça  mais um castigo?
Ainda há casos como a incompatibilidade da vida do feto, neste caso, parece que não haveria muitas discussões, embora a mãe deveria ser consultada.  Sem mais, a  lei ainda deveria ter alguma flexibilidade para reflexão se,  analisada por pessoas capacitadas para dar um parecer positivo ou negativo diante da peculiaridade de  cada caso. 
  A bíblia incentivadora da vida ressalta que o aborto é inadequado mas,  para termos esta visão privilegiada, precisaríamos acatar todas as normas que protegeriam os casais , as relações e a vida. A bíblia não permite sexo antes do casamento, não permite o desenlace do matrimônio sem um motivo aplicável,   o que sugere que dentro deste molde não haveriam nem a quantidade de divórcios hoje existentes nem tampouco a necessidade de tantos abortos  por uma questão lógica:  eles não existiriam. Entretanto se não seguimos a risca o recomendado não devemos utilizá-la como referência, impondo a restrição sem levarmos em conta as reprimendas.   Diante do exposto fica claro que  precisamos de leis  que minimizem os danos a quem possa interessar.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Carência



Carência. Quando ouço esta palavra é inevitável  não pensar em necessidade de carinho, atenção e amor.  Se perguntando para qualquer pessoa se prefere amar ou ser amado, embora num dilema, suponho que inevitavelmente responderiam  ser amado.  Quando se ama e não é correspondido fica-se com  uma sensação de desvalor  que quer dizer que seus sentimentos não são valorizados  na medida proporcionalmente equivalente ao que sente,  e,  isso  não raro causa uma sensação de pequenicidade e  de inutilidade.  É como se ofertasse   algo valioso   e em retribuição  fosse esnobado, rejeitado como se não tivesse valor algum.  Já se é  amado você recebe todo o suprassumo  que uma pessoa possa lhe oferecer. Isso envolve tempo, atenção, carinho... É como se  tivesse a sua disposição  uma fonte inesgotável e  exclusiva de amor  unicamente  para você.  Ainda que  não correspondido é  preferido ser amado a amar?   Imagine que você tenha uma quantidade de dinheiro a sua disposição mas,  não deseja usá-lo.  Isso não é  bem melhor do que se não tivesse?  Ser amado é como se tivesse este dinheiro. Existe uma pré disposição generosa de oferta que é genuína e  você tem acesso quando quiser. Por essência muito melhor e ser amado  e mais enaltecedor já que se  é amado é querido,  é desejado e quando se sabe que tem alguém que se importa de verdade com você sem nenhum outro interesse em troca,  esta energia por si só causa-lhe um bem estar que funciona como agua para uma planta ressecada. 
A carência tem também a característica de nos deixar vulnerável sem o devido senso crítico para boas escolhas e  sem perspicácia para  saber quando algo não é bom para nós. Como se tivéssemos consciência de nossa incoerência, mas não tivéssemos a força necessária para darmos um basta. Entramos num dilema pessoal do melhor com ele do que sem ele,  e vamos aceitando as migalhas que nos é oferecida. Pergunte a um carente se ele é carente, certamente dirá que não. Porque assumir seu estado significa que você não se valoriza,  que não tem ninguém que lhe dê importância e que é uma pessoa inconveniente.  A carência é uma desnutrição emocional que se não sanada vai levá-lo a pegar qualquer  resto de comida  para matar sua fome e quanto mais fome menos seleto e quanto menos seleto, menos valor tem. Muitas vezes o carente se comporta como se fosse um cavalo alazão flertando ares que não pode sustentar porque a mínima atenção é vista como uma super atenção e em seu estado o mínimo de atenção a torna vulnerável o que é facilmente notado exatamente por quem no final das contas acaba lhe deixando ainda pior. Se você comparar a carência a um animal ela seria um cachorro doméstico. Você xinga o pobrezinho, maltrata, deixa sem comida mas basta uma palavra dócil para que ele venha aos seus pés abanando o rabo.
Você não é um cachorrinho, né?