O coração reclama
Como reclama a razão
O coração por seus motivos
A razão eu não sei não.
A boca anseia os seus lábios
O ouvido a sua voz
O corpo anseia seu corpo
E a razão é tão algoz
As palavras secas não falam
Não encontram ouvidos atentos
Ouvidos atentos? Não seriam capazes
De ouvir os meus lamentos.
Eis que o vazio é meu vizinho
Mudou-se de mala e
cuia
A casa que antes alegria
Agora jaz espúria.
E os dias são lentos
Rápida a indisposição
Se, conhece o
contratempo
Sabe que tenho razão.
A esperança comprometida
Vai de longe quase sem vida
Muda, seca, dolorida
Causando no peito feridas.
Vai a mente castigando
Os pensamentos descarrilando
A dor, amargura e o pranto
O sorriso desvencilhando.
Ou o sorriso vem sem graça
Mostrando todo tormento
Se a dor viceja na praça
Ta me matando por dentro.
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