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terça-feira, 6 de setembro de 2016

Razão, coração...



O coração reclama
Como reclama a razão
O coração por seus motivos
A razão eu não sei não.

A boca anseia os seus lábios
O ouvido a sua voz
O corpo anseia seu corpo
E a razão é tão algoz

As palavras secas não falam
Não encontram ouvidos atentos
Ouvidos atentos? Não seriam capazes
De ouvir os meus lamentos.

Eis que o vazio é meu vizinho
Mudou-se de  mala e cuia
A casa que antes alegria
Agora jaz espúria.

E os dias são lentos
Rápida a indisposição
Se,  conhece o contratempo
Sabe que tenho razão.

A esperança comprometida
Vai de longe quase sem vida
Muda, seca, dolorida
Causando no peito feridas.

Vai a mente castigando
Os pensamentos descarrilando
A dor, amargura e o pranto
O sorriso desvencilhando.

Ou o sorriso vem sem graça
Mostrando todo tormento
Se a dor viceja na praça
Ta me matando por dentro.


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