O tempo destrói castelos
Que não são feitos de areia
Castelos feitos de sonhos
De forma que viram poeira
Nas ruínas de nossos castelos
Vão-se nossas vaidades
Nos sonhos que depositamos
A nossa mediocridade
Ingênua constatação
Seduzidos pelo poder
Refletida em nossa conduta
De a qualquer preço vencer
Semelhante a rosa e sua beleza
Murchamos com similar desprendimento
E os castelos que dantes valorosos
Vão-se como pé de vento.
E o tempo a vilipendiar
Tripudia de nossas aspirações
Faz troça de nossas vaidades
Mofina de nossas
pretensões
A ampulheta do tempo
é cruel
O que hoje enche os olhos com encantos
Amanha como nuvens no céu
Que disformes vão se
desgrenhando
E quem em varonil arquétipo
Pode se orgulhar do que o aguarda
Se no passado insiste em vier
O frescor da idade roubada.
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