Poços que me agarro
Numa ilusão perdida
Se paro, parto
E se paro, feridas
Indo na contramão
Dos gostos deferidos
Quase sempre encalho
Olhando pro meu umbigo
Eu busco retalhos
Pra lembrar você
Desesperadamente
Tentando entender
E o peito me comprime
Com toneladas de magoas
E a vontade incide
Buscando tudo no nada.
E a busca é incessante
Mas nunca suprida
Nem os brilhos do
diamante
aplacam a ira
E as tempestades que atravesso
São batalhas perdidas
Se me viras do avesso
Vê que é causa perdida
E nos corpos que sacio
A fome de você
Esta o vazio
Pois quem me supre não vê.
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