someone lyke you

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Oba, Ano novo.



Corrente extremamente positiva, uma vitalidade que tiramos não se sabe de onde. A passagem de ano  que demarca a fronteira entre um ano que se acaba e o que se começa está num berço repleto  de esperanças e fantasias.  Sim, se passamos um  ano de merda, nossa saúde está enfraquecida, o gerente do banco nos praguejando feito um cão,  as finanças doente das pernas  e tantas outras sórdidas situações estão empanturrando sua cabeça de preocupação, tudo bem, o ano novo,  segundo  nossos desejos, será legal,  todas as mazelas ficarão no passado junto com o ano que se finda. Por mais ridícula que pareça estribamos nossa confiança mordiscada por alguma traíra faminta num ano novinho e xô aos  pessimistas de plantão que secam nossas expectativas quiméricas   com seu ar de realidade. Queremos um ano novo musculoso, sem as gordurinhas do ano feio e cheio de rugas que se finda. Já vai tarde! Vai, vai, enxotamos. Precisamos disso. Um recomeço. Precisamos tanto,  como casamento velho precisa de uma repaginada.  Sim, medimos o quão foi bom ou ruim  após seu termino e aferimos nota até. Ano de merda! Ah, foi legal! Dizem que toda unanimidade é burra. Que bom, assim temos o livre arbítrio de classificar o ano conforme realmente foi pra nós, porque se olharmos dentro de um contexto geral.   Sonhamos que  todo mar de lama será retirado de nossas costas,   que nossas mais lindas fantasias de enriquecer vão se concretizar. Como assim? Do nada? Não fizemos planos, não economizamos, não diminuímos gastos, não depositamos, não estudamos e sério, acreditamos que vai ser diferente? Faz sentido se acreditamos  em Papail Noel, Renas, chuva de dinheiro caindo do céus,  bondade alheia...e políticos honestos, caso contrário, sonha não!  E para quebrar seu encanto de uma vez  lembre-se: mágica não existe. Quando vemos um mágico encantador  fazer suas peripécias, sabemos,  não temos dúvidas é truque. Mas, motivados pela magia que transcende a virada do ano, achamos mesmo que tudo vai ser melhor. E porque não? Um pouco de energia positiva não faz mal pra ninguém. Um pouco de sonho não dói. Se empanturre de lentilha, coma quantos cachos de uvas quiser, pule 7 ondas em cada mar que conheça. Não faça nada pra você ver. A mágica do ano que nasce  sem fuso horário ou não, adivinha? É ouro de tolo. Mas, tudo bem é valido pela energia que se emana,  tanta energia pululando como peixe em água poluída tentando respirar...Vai lá, a ceia da virada pelo menos vai matar sua fome, ainda que comprada no cartão de crédito para seu ano começar mais pomposo. De dívidas.


OBS: É brincadeira. Embora renovamos nossas esperanças a cada ano, sejamos  proativos. Os anos passam e enquanto passam envelhecemos. Adivinha como vai ser daqui a 30 

Racismo





Enquanto mascararmos o que as evidências deixam  claro não haverá  como curarmos esta doença chamada racismo. Somos racistas, ponto. Esta deve ser nossa  primeira admissão. O racismo não é uma opção, ele vem num programa chamado vivência e  é incutido inconscientemente em nós, sem darmos conta. Resta-nos entender que sua inserção é involuntária mas,  seu afloramento pode ser uma escolha. É como a gordura misturada  a carne, é difícil separar.  Depois de admitirmos, precisamos definir  se ele é bom ou ruim e como iremos  tratá-lo. Isso mostra que não precisamos sentir culpados por senti-lo.  Alias, não há outra forma de cura senão  encararmos que ele existe. 
O que é o racismo?  É a rejeição ao que é diferente  ao que foge do que estabelecemos como padrão e ao que nos ameaça. A conduta racista,  às vezes, se comporta como um vírus  em estado de hibernação até que algo ou circunstância o ative.   No andamento deste processo sentimos   um desconforto na consciência  que é manifestado veladamente mas  em  circunstância em que encontre acolhida  e motivação se libera, matando  a dor na conciência. Assim,  damos  vazão por intermédio do nosso  comportamento ante a suas vítimas.   Ao admitirmos e definirmos se ele é bom ou ruim  para nós, devemos  continuar  especulando   nossa consciência para que possamos construir a motivação correta para corrigirmos nossa conduta.  Perguntas como porque estou sentindo isso? A vítima do meu preconceito é culpada pelo meu sentimento?   E refletir  sobre  posição que a vítima do preconceito se encontra:  Ela não pediu para nascer com a cor da pele que tem  ou com a aparência, ou posição social...   E entender que a pessoa esta sendo condenada por  uma característica  que ela não teve opção de escolha.  Ninguém é diferente porque quer. É importante entender que não se entra numa fila antes de nascer  escolhendo características genéticas.   Se assim fosse não haveria tanta imposição,  tanta agressão as peculiaridades alheias, e tanta camuflagem que serve de estereótipo para ocultar o que é visto como diferente. Claro que existe um contra ponto, porque a pessoa que é  diferente, por vezes, sabota sua própria existência para encobrir o que aos olhos dos outros é visto como desnatural.  
 Em cada tipo de racismo existe uma bagagem de justificativas viáveis e inviáveis mas,  para que seja renunciado  tem que ser   sobrepujado de seu  estado inconsciente impedindo sua impetuosidade quando encontra o ambiente propício para sua veiculação. 
Dizem que tudo que tem um campo fértil prospera, seja a coisa boa ou ruim..
O racismo é a estrada que conduz a violência, degradação,  inferiorização, conduta desenfreada , cólera e furor.  É uma estrada de merda mas que todos temos que passar  e que insistimos em criar atalhos. 

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Uma data marcante



O espírito natalino parece contagioso. E que bom que seja  assim. As pessoas parecem que ficam mais bondosas. Este é um tipo de contagio desejado. Sempre que expressamos um sorriso, um ato de bondade, um aceno afetuoso ou apenas um cumprimento a alguém que vemos com frequência, mas simplesmente ignoramos,  abrimos as comportas da reciprocidade nas pessoas,  algo que, ao que me parece, é desejável,  mas que mantemos enclausurado com medo da mal compreensão. Estamos tão acostumados com nossa individualidade no nosso mundo particular criado pelo que os outros possam pensar que aprisionamos ternas feições para evitar mal entendidos ou até situações embaraçosas.  Dar um sorriso para alguém pode ser mal interpretado, assim, guardamos nosso comportamento que condiz mais com o que realmente somos,  para épocas em que parece que as pessoas estão mais receptivas em nome de uma data significativa. Engraçado como que somos moldados por determinadas datas e como nestas, temos motivações que poderiam fazer-nos melhor no dia a dia. Mas, enfim, o espírito natalino faz isso. Talvez porque apesar das dificuldades que passamos durante o ano, esta data nos encha de esperanças de que tudo possa mudar, a proximidade de um novo ano para depositarmos  nossas  esperanças malogradas. Uma esperança que se renova dando-nos uma sacudidela para olharmos para dias melhores. Afinal a data  embora esquecidas, representa  o surgimento da esperança quando sob  uma condição moribunda  estávamos subjugados  e cujo nascimento de Jesus, filho de Deus,  reparou.  O nascimento de Jesus representa a esperança por intermédio do resgate que significa que embora pecadores, mediante sua bondade,  temos como reverter  uma condição de morte  em vida, e vida em abundância. Veja como esta idéia é motivo mais que suficiente para inundarmos nosso coração de boas expectativas. Claro que hoje a troca de presentes e a confraternização ofuscaram o principal motivo, mas ainda prevalece  seu espírito motivador e gerador de união que mesmo sem darmos o devido valor ao seu verdadeiro significado tem sua representatividade que desperta nossas verdadeiras emoções.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Unilateral

OBS:

Acontece de você não estar mais no mesmo canal que a outra pessoa.  Ou você ama e já não é amado ou não ama embora ainda amado. Mas o que acontece até chegar neste processo?





Há um ditado que diz que o coração dita regras que a razão desconhece. Sim, faz sentido. Fato é que motivado por esta incompreensível força vinda do coração as pessoas deixam de se amar.  Claro que isto não acontece como  um click numa lâmpada,  e talvez não sem a força da   razão como gostaríamos de  acreditar. Apenas não temos consciência que nossos impulsos mais secretos surgem pelo trabalho mútuo da razão e nossas recônditas motivações. Mas, para nós que temos a tendenciosa mania de não admitirmos francamente que temos  fraquezas colocamos um véu sobre nossos olhos e manipulamos nossas verdadeiras inclinações  para que possamos sair incólumes ou sem o peso da culpa. Admitimos que é horrível o preconceito mas,  admitir em voz alta que somos preconceituosos é outra coisa. Isso macula a imagem complacente que temos de nós mesmos e como repudiamos o preconceito não admitiremos tê-lo. Assim, este  filtro oculto  das nossas tendências determinam o rumo que iremos seguir... Influenciando nossas decisões. Não enxergamos este processo  e compactuamos com nossos atos inconscientes como sendo vontade aleatória do coração,  que não tendo dele as rédeas nos impõe a penúria de não mais sentirmos o sentimento que nos motivava na relação. O processo é quase invisível  porque em sã consciência não manipularíamos outro ser humano sabendo que isso lhe causaria dor somente para continuarmos sendo  amados com sua constante solicitação. Não faríamos coisas que magoam,  que diminuem o próximo. Não tolheríamos sua liberdade, não a prenderíamos numa teia de acusações e possessibilidade   e nem tampouco faríamos proveito dos seus genuínos sentimentos com o único propósito de ter  prazer. Dizem que só erramos quando temos consciência que aquilo que fazemos é errado. Mas, fecharmos os olhos para dor alheia, fazermos  de conta que nosso comportamento não causa sofrimento e não assumirmos ter responsabilidade pela forma como influenciamos a vida das pessoas é uma  ingenuidade  muito hipócrita. A unilateralidade acontece quando  alimentamos o amor se  não  temos pretensão de correspondê-lo e   quando deixamos de amar ainda sendo amados... Neste rumo parece que estamos fadados ao sofrimento. Não,  não estamos. O amor é um fruto e não a semente. Para colhermos o fruto é preciso cuidados, esforços,  dedicação e acima de tudo  saber se livrar das ervas daninhas que surgem pelo caminho.  Mas, se apesar de tudo ainda resolvermos tomar da água de outra cisterna nada mais justo que não ser injusto com a pessoa que é inocente.  Porque pior que a dor da traição é a dor dela associada  a mentira.


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

APEDREJAMENTO





Apedrejamento  é uma pratica punitiva onde a vítima é submetida a pedradas   até sua morte.
Pensar em sua pratica hoje,  parece fantasiosa, tamanho disparate frente a falta de humanidade que é.  Na bíblia encontramos alguns relatos que  revelam que o apedrejamento era usado como paga por   pecados graves,  como exigia a lei.  Estes relatos  revelam a dureza da punição atribuída àqueles que ousavam infringir a severidade das leis, e embora fosse uma forma de justiça  muito dissuadida na época, Jesus, o cristo, a rejeitava  veementemente.  Claro que iguais a esta,  havia  muitas outras práticas punitivas ultrajantes,   e  por isto acreditamos que evoluímos ao ponto de não mais as  permitirmos. O fato de lermos e condenarmos  não quer dizer que não sejam praticadas ainda que não aprovemos ou ainda que desconheçamos o porquê apesar de todo nosso pavor a formas cruéis de castigo,  elas ainda perduram em nome da fé, em nome de Deus,  que faz dos seus súditos escravos do medo. A palavra apedrejamento ganha destaque na bíblia exatamente quando Jesus tenta coibir seu uso.  Quando perto da execução de uma mulher,  que cometera adultério,  ele chama atenção dos presentes para suas  imperfeições.  Atira a primeira pedra quem não tem pecados. O relato bíblico diz que um a um:   eles foram abandonando o local após examinarem suas consciências.   Outro relato sobre apedrejamento   culminou na morte de um homem chamado  Esteves. Um pregador que levava as boas novas do até então desconhecido cristianismo e que era violentamente combatido pelos doutores da lei  representantes do sinédrio. Um  documentário recente, mostra que esta pratica ainda perpetua entre determinados povos e que como no passado suas decisões arbitrárias ainda revelam quanto o homem pode ser perverso quando em voga suas crenças.   Neste documentário mostra uma mulher sendo  condenada pelo crime de adultério e sendo  abatida a pedradas  num vídeo registrado para o mundo. Como não bastasse toda aquela barbárie a coisa fica ainda mais inaceitável quando antes de enfrentar  seu castigo  ela se dirige ao pai  humildemente pedindo seu  perdão e o pai irresoluto  não só nega o perdão como  ainda participa  deste, talvez até atirando a pedra fatal.
 É  muito  diferente a sensação de você ler um relato do que acontecia nos tempos bíblicos,  a  ser um espectador, ainda que num  vídeo documentado explicitando  uma atrocidade tão desmedida e executada  a sangue frio, sem a menor dor de consciência porque está amparada    pelos anseios de uma fé que visa a magnitude do seu  Deus . Magnitude esta que é profanada  por atitudes discordes aos princípios  por ele ensinado.   

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Porque os homens traem?



Tu achas mesmo que sei a resposta? Sei que é uma pergunta que interessa  as mulheres  e é pouco provável  que nós   homens  morramos de preocupação pensando na questão do porque colocamos em risco uma relação estável só por diversão.  Claro que ainda que citado todos os motivos possíveis ainda existiriam  motivos   furtivos assim  como é o homem,  visto que os atrativos sexuais podem ser lúdicos. É...  pular cerca parece bem lúdico.
As diferenças entre homens e  mulheres são notáveis e embora pareça redundante,  estas diferenças são causadoras de muitos atritos e estes acabam por servir de incentivo para o homem pular cerca. Principalmente porque convenhamos, as  mulheres não entendem o  sexo oposto.  Assim, quando o homem quer sexo, a mulher resmunga  alegando que ele  só pensa naquilo  e julga que todas suas ações e tudo que o impele está relacionado com a gratificação sexual.  
Mulheres, vocês estão erradas! O sexo aos olhos masculinos equivale ao romantismo, ao carinho, a atenção que vocês tanto precisam, só que  reduzido num único ato.  Parece papo de macho,  e é...Homens  se realizam através do  sexo e,  através dele  procura a conexão que vocês tanto desejam por intermédio da proteção, compromisso, lealdade, segurança e etc.  Talvez  julgue que estou simplificando as coisas demais, sim, e estou (Acho que já disse isso).Mas, pra nós homens é simples assim.  Sexo é sinônimo de tudo que vocês exigem. Naturalmente que o homem espera que este processo seja simples e não um campo de batalha ou algo que ele precisa ficar mendigando pra ter.. Homem casa pra ter sexo e quando ele se torna um pedinte,  cansa. -  OBS:  Se você cede depois de tanto ele implorar ele vai  em frente porque está pensando com a cabeça errada, mas depois quando a cabeça racional assume o controle,  fica  arrependido como se tivesse comido o fruto proibido da bíblia.  É como se em vez de dar cambalhotas por ter feito um grande feito ele tivesse pisado em coco de vaca numa rua bem grande.  Este é o motivo número um dos homens buscarem alternativas. Sim, mistério um desvendado. O Segundo motivo são as reclamações. Homens  odeiam   mulheres  que só reclamam.  Nada parece estar  bom o suficiente e não importa o que façam.  E o que não está bom, está mal, certo? E se está mal porque não aproveitar?  Nenhum homem gosta de mulher que liga pro seu trabalho de minuto em minuto, principalmente se  for pra reclamações.  Legal, ele pensa:  ela reclamou enquanto  no trabalho, isto significa que ao chegar em casa vai estar tudo em paz, certo? Errado. O dito por telefone no trabalho, foram as pautas a serem discutidas em casa.  Sexo de novo? Estou com dor de cabeça, meu dia foi horrível.  blá, blá, blá...Deus  o tenha se ele estiver desempregado.
E o que dizer da mulher mãe? Aquela que dá bronca no marido como se este fosse seu filho. ... Mulheres,  porque vocês acham que homens  querem  ter outra mãe? Se fosse pra ter outra ele ficaria com a dele que é de fábrica e faz todas as suas vontades.  Homem quer uma mulher que jogue bola, você entende, né? Sim, que entre em  campo. Homens  gostam de marcar gols. Ah, de preferência uma que lata... ( ops, desculpa, esta é outra história) E não uma que fica reclamando quando ele não leva o lixo, quando não lava a louça, não desce  a tampa do vaso do sanitário. Faz  xixi no chão?  Por acaso o bombeiro consegue controlar uma mangueira com toda aquela pressão de água?  Deus, ninguém merece!.
E pra vocês entenderam ,  Freud. Disse que o ser humano é feliz quando todas suas satisfações instintivas são satisfeitas.. Adivinha: Ele era homem.

Obs: sério mesmo, é brincadeira, ta?

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

PEQUENO VIÉS





Durante seu percurso para o trabalho, que ele fazia a pé, cumprimentava todo mundo. Ele não fazia distinção de quem por ele passava. Um sorriso, um desejo de bom dia. Nunca tivera nenhum indício de orgulho, de preconceito, assim naturalmente não tinha dificuldades em ser cordial com quem quer que fosse. Era fácil pra ele este comportamento. Mas, nem sempre o é. Tem pessoas que tem dificuldades em olhar com equidade para seu semelhante. Não é uma coisa legal de se falar, mas nosso banco de dados pessoal é repleto de vícios e vicissitudes que fogem da  ação consciente. Por isso não raro somos sobrepujados por um comportamento indesejado. Tem pessoas que julgam pelo traje, assim, se você  não anda  alinhado dentro do perfil que ela espera, bem,  você decai em sua graça. Outros julgam pelo  rosto. A beleza para estes  é essencial. Nem  preciso mencionar  aquelas aberrações (racismo, discriminação social,  xenofobia...) já tão discorridas e nunca solucionadas e que são motivos de tantas distorções. Sobre estes, só resta lamentar e aprender agindo de forma contrária  a quem causa tanta dor aos menos favorecidos.  Em suma, aquilo que fazemos espontaneamente é intuitivo,  é fácil. Nossas dificuldades,  e nossa superação começa quando não vemos com naturalidade determinado comportamento, ação ou conduta. Aí, longe daquilo que identificamos como comum, precisamos fazer mais do que o costumeiro esforço para aceitarmos. Naturalmente que não é só reconhecer sua dificuldade de aceitação, é preciso um enfrentamento pessoal de valores para que mediante situação,  saiba se portar respeitosamente ante aquilo que causa-lhe estranhamento. Para melhor entender pense em alguém que é bom em matemática, você  fica admirado com sua lógica despretensiosa e o admira por isso. Já a pessoa, não consegue entender porque algo que é tão fácil parece ser tão difícil para você.  Citei matemática, mas podemos pensar num atleta que corre 10 km com facilidade e não entende a limitação de  quem se arrasta fazendo 3 km, podemos pensar na intolerância,   podemos pensar nos hábitos irritantes de pessoas próximas,  etc, e nossas reações. Nossas limitações superadas em outro,  causa-nos admiração, e nossos obstáculos que parecem intransponíveis  tornam-se barreiras insuperáveis se não refletirmos com introspecção e desnudamento sobre os motivos de nossos preconceitos inconscientemente instalados em nossa mente.  Existe um ditado bem interessante que pode ajudar a galgarmos sobre nossas limitações: As pedras grandes que  vejo no caminho não são problemas porque as noto e delas desvio. As pequenas que não vejo é que são.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

VAZIO



Procuro  no baú das minhas confidências
Algo que acalme minha consciência
Removendo,  revirando o indeterminado
Aquilo que nem  sei  se foi guardado


Procuro em pensamentos disformes aquiescência
Para sanar minhas divergências
Que nutridas causam este vazio
No coração que é terreno baldio


E cada item do coração retirado
Não satisfaz o coração desesperado
Que  procura  mas que não sabe o que
Se necessidades, vontades ou  prazer.


Eis, que  continuo procurando
O coração desarrumado organizando
Procurando entre tantas incongruências
O achado que traga-me ndulgência.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Leviandade



Leviandade que me intriga
Velha conhecida, bom dia!
Os louros,  que acumulo
Espremem-me no submundo
Já cansei de té-té-té
Favor largar do meu pé.

Nada contra a candura
É que cansei de contraturas.
Estou mal de régua
Já andei mais que mil léguas
Em becos que já passei
Realçando  os erros que já errei.

Não beberei desta água novamente
Vai-se o tempo e faço-me leniente
E o castigo que me fustigou
Foi-se,  nas sombras dissipou
E as advertências do perigo
Surgem com ares lenitivos.

Agora entendes o que são lágrimas de crocodilo?
 Mesmo quando apanhando ainda flerta com o perigo
Soldado bom não apanha no mesmo beco
Diz o ditado que ressoa como eco
Se há uma advertência esquecida...
O prazer não é maior que a vida.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Dor alheia





Outras fronteiras
Talvez eu possa atravessar
Quem sabe.
As vezes basta precisar
Posso me perder quem sabe
Para me encontrar
Chamam destino
Mas são  imprevistos
Que sobrevém no inesperado
Um dia bom  e de súbito, mudado
Não dá pra negociar
A vida arma cada arapuca
E qual remédio para tantos desencantos
Qual remédio para os desenganos
Que inundam as prateleiras dos sonhos
Com prazos vencidos

Um dia o vigor bem azeitado
Noutro,  olhos desmilinguidos
Todos os atributos conquistados
Partirem  sem prévio aviso
Sim, prazos vencidos ...
Sim, Excomungados
Um filho abandonado
Abandonado a própria sorte
Com cheiro de morte
Com requinte de crueldade.
E as lágrimas que com ninguém divide
Sob o solo fazem um convite
Se do solo foste tomado
Ao solo será devolvido.

sábado, 26 de setembro de 2015

Bons ou Ruins




Estamos absortos numa ilha de interrogações
E porquês intermináveis...
Atira a primeira pedra , por favor, sem objeções.
Quem jamais pensou em cousas  abomináveis.

Vísceras se espalham sujando o retrovisor do mundo
O cheiro fétido de carne sacrificada  inundam as narinas
O  homem é atroz e  capaz de tudo
Esconde intenções em suas latrinas


E quando seus olhos deparam com o caos
Clama a Deus, inocente! Por misericórdia.
Esquece,  tempos idos que disseminou o mal
E o perdão  anseia em  meio a  discórdia.

Sórdida mente, com impulsos febris.
De paixões desenfreadas e de perfis  duvidosos
Escondem serem  lobos nos  próprios covis
Santificado seja seus atos dolosos.


Olha e mundo e vedes que transformação
Outrora ruas vistosas agora destruição
Olha pra si mesmo e vede o que lucrou
Com toda semente que sob o solo plantou

Pois entre fatos relatados e o que de fato é.
Existe um abismo entre ser ou não ser.
Um brinde aos homens de boa fé.
Que vêem  além do que os olhos desejam ver.

E o coração dilacera pela dor sob janelas
Mas o  encanto  dura pouco quando respinga o dolo
E o inocente cordeiro? A realidade  não é bela
Equivoco, engano, sacrifique o cordeiro antes de lobo.

E quantos cordeiros vítimas de Abraaos.
Que olhamos de cima indignados
Vítimas de um ego que sofisma ilusão
E jaz um lago de sangue de  cordeiros sacrificados.

E o retrovisor do mundo mostra nossas perfídias
Queremos água para maquilar nossas latrinas
E os olhos que tudo vê, mas que ninguém mais se importa
 Ansiamos que  marque  nossas portas..

Fina Tênue



O dia poderia ser lindo mas não é
Porque a noite que poderia ser linda não foi
Que fina tênue que marca o benesse e o caos.
Tão fina  tão frágil que quase imperceptível
Porque também é corruptível...
Ornando o belo com o horrível.

A semente plantada é  adotada pela terra, 
Acariciada pelo sol e pranteada pela chuva.
Que pranteia a vida que germina.
Num ciclo de vida admirável
 Assombrada  pelos fatores climáticos
Que é belo mas pode ser dramático.

Assim é a vida
Tão  imprevisível
Lá vem seu José... Que perdeu o dedão do pé.
Mas foi incrível.
As vezes o certo é incerto.
Ele caiu de uma ribanceira de 100 metros,
Tinha tudo pra se dar mal. Mas deu uma sorte sobrenatural.
Perdeu o equilíbrio escorregou e desceu morro abaixo.
No percurso como que amortecendo sua queda uma árvore
Sim, Aquela que a terra adotou, antes de cair no riacho.
Era morte certa, mas a árvore ficou com seu dedão.
E o riacho também contribuiu pra isso.
A vida é assim.
Por isso lá vai seu José,.
Se não causou pranto, causou sorriso.


sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Respeito e conveniência






Chama-me atenção como certas coisas antagônicas andam de mãos dadas e põe-nos confuso quando pensamos sobre elas. Divagação?  É,  pode ser. Afinal aprendemos um monte de boas maneiras, somos instados a usá-las concordemente e conforme ensinados  a prática leva a disciplina, não é?  Respeito por exemplo é uma palavra que se fomos dar forma seria elegante,  sem defeitos, empertigada nos tratos com outros até inflexível. E talvez por esta descrição seria como um sapato justo demais em nossos pés que anseiam um pouco de espaço para se movimentar  livremente.  Escuto muitas pessoas queixosas e clamando para que sejam respeitadas... Ah, claro, respeito é essencial. Queremos que respeitem nossa individualidade, nossas escolhas, nosso ponto de vista... Bem, e assim por diante. Mas, assim como precisamos de nossos pés livres para respirar... Respeito demais atravanca certos feitos...  Um casal de namorados  influenciados pela paixão de um momento ardoroso que clama pela audácia fica ressentido se o respeito estiver presente, e é antagônico porque se  passar dá conta,  além do que a outra pessoa quer,   pinta ao  seu anverso: o desrespeito.  Imagino que isso se chama conveniência porque o respeito é pautado pelo que queremos dar e quando queremos dar.  Sim, num dado momento você falar algo chulo é extremamente inapropriado, e noutro é bem vindo como açúcar num café amargo. Nós seres humanos pensantes vivemos ocultando ou manipulando situações a nosso bel prazer. Se dado momento estamos sedentos de desejo e nos atracamos ao nosso objeto de desejo sem nenhuma restrição num momento que a pessoa não está no mesmo clima,  isso é desrespeito, mas se a situação se inverter aí  a definição é outra. Mas, enfim, como definiremos respeito se ele muda conforme o momento designado pela nossa conveniência.?  No mínimo confuso. Mas, não é uma incógnita inexplicável porque aprendemos muito bem a dosar com eficiência a definição do mesmo. A isto damos o nome de bom senso. O respeito então é manipulável sim, mas nem por isto deixa de ser uma figura empertigada, conservadora, mas,  com o conhecimento que vamos adquirindo das pessoas conseguimos definir até onde a palavra vai fazer valer a fina linha que podemos ou não atravessar. A conveniência certamente é  uma figura libertina e como um capetinha instigante sempre estará nos tentando a ultrapassar nossa fronteira impeditiva do bom senso... E o engraçado que como crianças,  costumamos usar deste expediente com freqüência... É como você ver um pomar cheio de laranjas estando com muita sede  A sede é sua conveniência e as laranjas o que matará sua sede. O respeito é o dono das laranjas. A sede o leva a desejar as laranjas, mas o respeito não esta muito a fim de ver seu pomar invadido e surrupiado, mas isto não mata sua sede. Então você tramará formas de matar sua sede. As vezes de formas genuínas e aceitáveis e  as vezes lançando mão de argumentos pouco artodoxos. Esta é a vida!

sábado, 12 de setembro de 2015

Reflexão





E o coração reclama, se engana
Arma armadilhas profanas
Tira conclusões sacanas
Tudo para tê-la em minha cama.

E minha cama o que tem a oferecer?
Se   nem mesmo pensar esta cheio de querer
Quereres que carregam o meu ser
Meu ser cheio de querer

E por falar em querer e meus monstros?
Estes mesmos que assolam todo meu corpo
Que desenham em você todo desgosto
Que criei baseado nos meus encostos

Perturbam-me quando não tenho o que quero
Quando as coisas não andam como espero
Quando seus passos  marco com ferro:
Propriedade minha  só fará o que anelo.

Especulo-me, algo que disse faz-me pequeno
Sou eu, meu orgulho  ou s meus medos?
Trazendo a tona os meus segredos
Que ocultei, mas,   se reinventam entre meus dedos

O desejo se impõe leviano
Num delicado momento pensarei nos danos?
Naquilo que possa causar desencantos?
Na dor, na vergonha, na tristeza, no pranto....

Dez chibatas, castigue sua carne
Ela  é dona da necessidade
Que te oprime ofuscando  a realidade
Que obscurece o que não quer ver : a verdade.

Eis que tem na sua frente dois caminhos
Qual deles seguira: a lisura ou os espinhos?
Agira como homem ou será sempre o menino?
Novos alvos ou reeditar velhos pergaminhos?


domingo, 30 de agosto de 2015

DOR



Dissolva  sua dor
Nessa solução imaculada
Você não é fada
Resolva seus medos
Deletando seus segredos
Você não é Febo.
Não merece tantas palmadas
Siga sua estrada
Liberte-se destas amarras.
Há vida além da encruzilhada.
Lava-te no rio Jordão
Desmonte esse jogo de decepção
Renova-te escorraçando da sua vida
Esta magoa,  esta ferida.
Peso por peso, medida por medida
Vida por vida.
Demanda pelo caos. Desejo sem medida
Pedras,  atira.
E no castelo de decepção o mal abriga
Não acumulas prata  nem ouro.
Acumulas desgosto.
E saboreias a ferida que lhe causa repulsa
E te atordoa
E toda dor  em lágrimas ecoa
Arma que sabes usar e abusa
Que sobre a proa consegue enxergar
E em vez de terra a vista entoa:
Que a morde é  paga boa.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

TEMPO



A mente briga com o corpo
Quando enxerga o desgosto
Dos anos que começam pesar
Sobre os ombros

Andamos, corremos, mas não voamos
Sonhamos e não realizamos
Quando a linha do tempo
Fica no  vermelho.

Quem dera livres do arcabouço
Libertos do labirinto
E nos sonhos de Icaro
Voarmos além do infinito

ACASO



Hoje não posso atrasar
Tenho um encontro com a morte
Detalhes não puderam  dar
As vezes dependemos da sorte

Um  dia como outro qualquer
Não esperava interrupção
Nem tudo acontece como se quer
Fruto do acaso, o dia da incineração

Um encontro que  leva a outro
Um atraso pelo destino acertado
Num imprevisto tudo consumado
Num instante vida, não noutro

Não é por um medico diagnosticado
Pelo destino atropelado
Um advento fora do tempo
Em algum canto notificado

Mudarás seu status
Não estarás mais online
Serás uma flor de Lótus
Para os seus:  offline

E quantos em quantas situações
 Insólita canção é  desfeito o contrato
De uma nota  tantas entonações
Seus pecados perdoados.

Sim, tenho um encontro e não posso faltar.
Só esqueceram de avisar
Que o acordar de um dia qualquer
Será o último bem me quer.




segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Fragmentos



E a granada estourou
E esparramou fragmentos
E se em você estilhaçou
Meus sentimentos


É gostoso escrever
É gostoso brincar com as palavras
É gostoso bater o dedo na bunda do "A"
E ver ele escorregar:  Aaaaaaaaaaa!

Se Deus atendesse todos  os nossos pedidos
Ele erraria muito.

Amar é virar as paginas das reflexões
E aumentar as expectativas

Nossos corpos se inflamam
Toda razão subjugada naquela cama
Que assiste passiva aquela trama.
Um homem e uma dama
Agora dois animais

Um brinde a tudo o que não presta
Bora tapar o nariz e mandar goela  abaixo

Não há nada mais gostoso
Que um monte de dentes ecancarados
Bocas se abrindo
O resto você sabe: É um sorriso.

Pela manhã o sono é sedutor
Fica falando:Fica mais um pouco.
E quando vê o tempo passou
E atrasado corre como louco.



Ato impensado





Hoje dei um beijo em meu próprio pênis... Ih, nojento. Que malabarismo escroto é este?
É, mas tem gente com a coluna bem mais flexível que a minha, sim, que beija seu próprio pé... E para ser sincero tem pessoas que são verdadeiros contorcionistas, se é que você me entende, tipo: boca santa.  Explico. Não tenho a coluna taaao assim, mas indiretamente foi isso mesmo que fiz quando  acordei e sem lavar as  mãos  fui direto à  geladeira pegar o que comer. O mesmo acontece com quem mexe nos seus pés. Sem mistérios, sem flexibilidade alguma. A ideia é meio suja,  e ela nem é minha de origem. Minha filha, dia anterior veio com uma conversa de alguém conhecido que passou a mão no bumbum e depois foi cumprimentá-la. Fala sério! Ideia estabelecida. Agora vamos a outras considerações. Chupa esta!  Tem gente achando que celular é sorvete... Tem gente que tem fetiche por lamber teclado como se fosse algo saboroso....Que nojo! Você consegue se ver  lambendo uma fechadura? Pois, não é isso que fazemos? Como?  Quando colocamos nossas mãos sujas nos alimentos e depois comemos. Nesta transição coisas nojentas, mãos e boca,  ingerimos um par de bactérias. Algumas com nomes bem conhecidos outras nem tanto.  Uma coisa é certa, todas elas juntas formam um coquetel bem nojento e nocivo. Só que mesmo sabendo disso continuamos fazendo. Vai uma hepatite aí? Quem sabe um rotavírus, uma salmonela (Meningite) ? Gostoso, né? Escabiose (sarna), bronquiolite?   gripe? Delicia!  Abra seus olhos! Ah, não será possível se pegar uma conjuntivite . Acha tudo bobeira? Que tal uma infecção hospitalar? Não acha melhor começar a pensar em lavar as mãos,  porcalhão?
Não se sinta ofendido. Lembre-se,  que comecei dizendo que eu... Nheca!

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

SUTILEZA



Sutileza é uma palavra cheia de sutilezas! Sonso e zonzo. Uma  letra e muda tudo.Coma é para muita gente uma única coisa, mas também significa  o rabo de um  cometa.  Algumas palavras são bem familiares para determinadas profissões e para o restante dos mortais  a palavra tem um peso e significado diferente. Um bancário ao ouvir a palavra conta,  logo a relacionará a sua atividade...Já alguém que precisa pagar uma não terá a mesma percepção. Assim como uma mãe cujo filho gostaria de ouvir uma estória. Num outro prisma a  palavra sutileza mostra a delicada diferença entre  fazer uma coisa de uma forma ou  de  outra. Ou mesmo no exercício da rotina diária,   a sutileza  pode nos beneficiar. O sal por exemplo, é ótimo, mas o seu excesso no dia a dia... em anos pode ser o diferencial entre saúde e enfermidade.  A sutileza  pode consertar uma situação...Sabe aquela fina tênue que põe você entre o bem e o mal? Ela é a  camada  que determinará  para qual lado tu penderás. Sim, ter agudeza de inteligência em certas situações faz toda diferença.  O sutil analisa uma situação e consegue discernir qual é a melhor forma  de  agir, a hora de falar serio, falar pacientemente, não falar. Perceber quando é hora de brincar numa situação que parece tensa.   Ser extremamente delicado ou ser brando. O  sutil não faz alarde sobre si... Tem a perspicácia necessária para dirimir seus sentimentos a fim de que eles não se manifestem desenfreados.    Você não precisa ser sutil o tempo todo  e nem em  qualquer situação que enfrentar. Sabe-se que agimos com maior destreza quando nos preparamos com antecipação. Para que tenhamos esta sensibilidade  precisamos pensar sempre um pouco a frente com o intuito de minimizarmos situações que possam nos surpreender negativamente. Isto não é possível o tempo todo, somos surpreendidos  pelos imprevistos, mas há situações que a sagacidade faz-se necessária e é nestas situações que nos prepararmos faz  a diferença entre agir instintivamente  ou sutilmente.
Parece sem sentido pra você? Pois bem,  já reparou como certas situações tiram a gente do sério? Uma pessoa te olhando feio te contagia negativamente... Se alguém buzina quando você está tentando fazer uma manobra... Você tem uma explosão de ira.  Mas e se você se preparasse para estas situações?  Se  antes mesmo  de realizar a manobra pensasse na possibilidade de alguém se incomodar ainda que para te alertar que ele vai passar. Ou antes de uma reação animosa em resposta a um olhar feio, se recusasse a permitir ser influenciado.  Pensasse:  não vou permitir que uma pessoa sem dizer uma única palavra me contagie negativamente só porque está tendo um dia ruim.   E ao invés de uma retaliação demonstrasse um generoso sorriso.  Uma forma de agir é criar um enredo para estes acontecimentos.. Como se cara feia  fosse uma doença contagiosa e o sorriso fosse a cura.
 Sutileza exige que haja bom senso, haja inteligência operando e  acima de tudo uma boa pitada de delicadeza.  

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Ranço ao desconhecido.



Já aconteceu de  mal conhecer alguém e de cara não gostar dela? Seu santo não bateu com dela. Por algum motivo esta pessoa lhe gera um mal estar inexplicável e alguma coisa faz que  acenda seu  sinal de alerta. Ás vezes é só uma cisma que com o tempo se dissipa. Em outras circunstâncias você evita tal pessoa a todo custo. E isto impede que realmente a conheça.  Atribuímos esta reação a nossa intuição. Às vezes você acerta e quando acontece, se acha o sensitivo. Me livrei de uma, talvez diga. Então nas próximas vezes você confiará na tua intuição,  que supostamente te livrou de uma furada.    Não duvido que aja pessoas com tal dom.  Mas, exceto você que tem na premonição  uma percentagem considerável de acerto, um desconhecido deveria ser visto como apenas isso. Alguém que não se teve a oportunidade de conhecer. Claro que não vamos ficar de sorriso largo para qualquer pessoa que passa a nossa frente. E nem vamos  transgredir as advertências  ensinadas por nossos pais sobre o cuidado que precisamos ter.  Todavia, um desconhecido não é um inimigo, é um estranho,  o que é bem diferente.  Dois rivais de torcidas opostas são inimigos mortais quando se encontram num estádio.  Mas, poderia ser muito diferente se por acaso fossem vizinhos ou se conhecessem no   local de trabalho   antes  de um  encontro acalorado  de torcidas rivais. O desfecho seria outro não este que costumamos ver nos noticiários.    Nossas reações são motivadas pela forma que as outras  nos tratam, Assim, simpatia atrai simpatia, antipatia atrai antipatia. A fórmula é simples. O comportamento alheio está intrinsecamente ligado ao nosso, assim como seu revés.  Se você olha feio para uma pessoa causa-lhe uma rejeição inconsciente e desafiadora.  Deveríamos ser mais sábios no trato com os outros. Uma pessoa nervosa se provocada reagirá conforme seu estado de espírito,  altercação atrai altercação.  Não se grita com alguém esperando que ela seja um poço de compreensão.  Nossa comodidade muitas vezes é impedimento para nossas conquistas. O não gostar de alguém gratuitamente  é um desafio incomodo que atua sob nosso inconsciente. Não sabemos do que se origina. Mas quando o identificamos e perdemos tempo com alguma reflexão, estamos lapidando nossas limitações, estamos emergindo diante das barreiras que nos inquietam. É inexpressível quando você diz:  eu não gosto de fulano. Sem identificar motivos claros para isso. Logicamente que temos um arsenal de comportamentos que espelhamos para fazer um julgamento do comportamento alheio. Mas, para isso precisamos conhecê-la antes. Antes de cairmos na precipitação do julgamento de discórdia. Condenando antes do veredicto.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Janela do tempo



Das janelas os que veem meus passos
Vislumbram presente e passado
Naquele  ínfimo pequeno espaço
Que sob seus olhos passo.

E como estes,  estive a olhar
Outros que como eu vieram  passar
Sob  olhares  a escrutinar
Em diferentes óticas o caminhar

Não que tivesse a pretensão
De sobre olhos chamar atenção
Pois no tempo que  estive acolá
Só pensava em velejar

E o tempo se faz presente
Quando a rotina demarca meus passos
E nos dias que vão em frente
O presente  se fez  passado.

Outrora um  jovem mancebo
Arrogante  em pé abrumado
Sob a janela do tempo
Vai ficando curvado.

E os olhos que o seguem
Distraídos não percebem
Que aquele momento  no espaço
Perde-se quando dou mais um passo.

Pois cada passo no tempo
É um segundo a menos
No tempo apressado
Que impõe  seu legado.
 
Esta é a magia do tempo
Que sem ter menor pretensão
Vai desdobrando o momento
Unindo olhos atentos a desatenta visão.

sábado, 27 de junho de 2015

Os Benefícios de Ajudar



É sabido que fazer o bem fortalece o sistema imunológico. É como  um processo de gratificação onde nosso organismo se beneficia de uma atitude consciente em prol  de outros.  Interessante que quando sabemos que algo faz bem procuramos introduzi-lo em nossa rotina. Dizem que os probióticos contribuem para termos uma flora intestinal forte. Então passamos a tomar yogurtes.  Sabemos que azeite contribui para a baixa do colesterol,  dito ruim, então adotamos em nossa dieta.  Adotamos  tudo que teoricamente nos faça bem e nos dê um retorno benéfico.  Os adestradores de cães usam a compensação quando o cachorro executa uma ordem aprendida. Se, executou  bem ganha um petisco. Isso reforça e o  incentiva ao exercício do aprendizado.   Voltando ao nosso tema poderia dizer que somos estimulados positivamente a ação quando sabemos que podem trazer benefícios. Então se nosso sistema imunológico se beneficia de nossas boas ações, porque não praticá-las? Alias isto traz a tona uma pergunta importante. Ação e coisas boas.  Temos feito, temos praticado o dar?  Acho legal quando ouço alguém dizer que foi numa balada e dançou até,  que tomou todas,  que gastou  uma pequena fortuna  sem arrependimento. Legal, muito legal. Afinal você merece. Você trabalha,  estuda, sim, você merece.  É necessário que  tenhamos tempo de qualidade direcionado ao lazer. Isso ajuda a recompor nosso combustível  e faz parte da socialização salutar que tanto precisamos. Você nunca pensa: Estou gastando  dinheiro demais com supérfluos,  e  as crianças pobres da África? Que bom que não pensamos assim para cada atividade gratificante que nos empenhamos... Seria muito desgastante emocionalmente ficarmos nos detonando ao olhar a situação precária dos desamparados do mundo. Sim,  mas nada impede que tenhamos maior consciência e que de alguma forma façamos nossa parte. Poderia  reservar da sua pequena fortuna gasta, uma quantia irrisória  para um orfanato.  O que  uma quantia ínfima  vai acrescentar numa instituição que as vezes tem 400 desamparados?  É, não ajudaria muito, mas,  se   100 pessoas que vão numa  balada  usassem o mesmo argumento criterioso de reservar uma quantidade mínima  já faria diferença.   Não temos muito a consciência de coletividade por isso não damos muita importância a força que juntos temos. Mas para que possamos adquiri-la precisamos começar ter consciência  individual  de  que podemos contribuir para o mundo ser melhor ou pelo menos contribuir para que uma criança tenha uma blusa num inverno rigoroso.  ( E nem me venha com a idéia que isto é obrigação do Estado)  Na bíblia tem uma história bem legal sobre como nossos pequenos recursos podem ser de grande valia. Uma vez no templo  Jesus reparou que os abastados enfiavam a mão no bolso e jogavam uma porção de moedas  na caixa de contribuição.  Aquela atitude chamava atenção porque uma porção de moedas faz  muito barulho. Por outro lado o que chamou atenção de Jesus foi uma velha senhora que depositou apenas uma única  moeda de pouco valor.  Não era um ato  espalhafatoso e certamente muitas outras vezes aquele ato passara despercebido. Jesus então falou : Quem vocês acham que contribuiu com o maior valor?  Houve um burburinho. Não dava pra saber muitos haviam contribuído.  Jesus então falou: Todos estes abastados deram do que  lhes sobrava, . mas aquela pobre mulher deu tudo que tinha. Jesus não estava ensinando que devemos contribuir com tudo que temos mas,  chamava  atenção para que.  não é a quantia que damos é como damos.  Você conhece aquela  propaganda do cartão de crédito que mostra com que  facilidade    podemos nos empenhar na ostentação... E depois chama atenção para uma coisa que parece insignificante mas  que não tem preço.   Talvez devêssemos olhar com mais significância as necessidades dos menos favorecidos e que, notem: precisam da gente.  Sem se importar se você dá mil reais ou um sorriso. Importante é que se fizermos boas ações além de estarmos  ajudando alguém,  ainda estaremos beneficiando nossa própria saúde. Um conceito um tanto grosseiro, mas se não for pela filantropia que seja por você mesmo.