Das janelas os que veem meus passos
Vislumbram presente e passado
Naquele ínfimo
pequeno espaço
Que sob seus olhos passo.
E como estes, estive
a olhar
Outros que como eu vieram passar
Sob olhares a escrutinar
Em diferentes óticas o caminhar
Não que tivesse a pretensão
De sobre olhos chamar atenção
Pois no tempo que estive acolá
Só pensava em velejar
E o tempo se faz presente
Quando a rotina demarca meus passos
E nos dias que vão em frente
O presente se fez passado.
Outrora um jovem
mancebo
Arrogante em pé
abrumado
Sob a janela do tempo
Vai ficando curvado.
E os olhos que o seguem
Distraídos não percebem
Que aquele momento no
espaço
Perde-se quando dou mais um passo.
Pois cada passo no tempo
É um segundo a menos
No tempo apressado
Que impõe seu legado.
Esta é a magia do tempo
Que sem ter menor pretensão
Vai desdobrando o momento
Unindo olhos atentos a desatenta visão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário