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segunda-feira, 6 de julho de 2015

Janela do tempo



Das janelas os que veem meus passos
Vislumbram presente e passado
Naquele  ínfimo pequeno espaço
Que sob seus olhos passo.

E como estes,  estive a olhar
Outros que como eu vieram  passar
Sob  olhares  a escrutinar
Em diferentes óticas o caminhar

Não que tivesse a pretensão
De sobre olhos chamar atenção
Pois no tempo que  estive acolá
Só pensava em velejar

E o tempo se faz presente
Quando a rotina demarca meus passos
E nos dias que vão em frente
O presente  se fez  passado.

Outrora um  jovem mancebo
Arrogante  em pé abrumado
Sob a janela do tempo
Vai ficando curvado.

E os olhos que o seguem
Distraídos não percebem
Que aquele momento  no espaço
Perde-se quando dou mais um passo.

Pois cada passo no tempo
É um segundo a menos
No tempo apressado
Que impõe  seu legado.
 
Esta é a magia do tempo
Que sem ter menor pretensão
Vai desdobrando o momento
Unindo olhos atentos a desatenta visão.

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