someone lyke you

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Dor alheia





Outras fronteiras
Talvez eu possa atravessar
Quem sabe.
As vezes basta precisar
Posso me perder quem sabe
Para me encontrar
Chamam destino
Mas são  imprevistos
Que sobrevém no inesperado
Um dia bom  e de súbito, mudado
Não dá pra negociar
A vida arma cada arapuca
E qual remédio para tantos desencantos
Qual remédio para os desenganos
Que inundam as prateleiras dos sonhos
Com prazos vencidos

Um dia o vigor bem azeitado
Noutro,  olhos desmilinguidos
Todos os atributos conquistados
Partirem  sem prévio aviso
Sim, prazos vencidos ...
Sim, Excomungados
Um filho abandonado
Abandonado a própria sorte
Com cheiro de morte
Com requinte de crueldade.
E as lágrimas que com ninguém divide
Sob o solo fazem um convite
Se do solo foste tomado
Ao solo será devolvido.

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