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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Teoria do nada

Temos  algum poder em nossas mãos para escolher  aquilo que mais nos aprouve. Temos o livre arbítrio pra tomarmos nossas decisões baseadas em experiências, gostos e preferências, mas não temos o poder do discernimento? Ou temos?   Verdade é que nos deixamos  levar por um impulsividade que vai além de nossa racionalização dos fatos,  e  compactuamos com esperanças arrefecidas, mas vivas , que apesar de todos verem  a situação de um jeito,  vemos do outro.  Isso porque além dos fatos que sobrepujam  e inclinam a balança desmedidamente para o obvio,   nosso coração em comunhão com nosso desejo fala alto, e as vezes,  muito alto.  Quando expomos os fatos a um desconhecido talvez ele, na ponta da língua apresente  a solução para nosso conflito. Nem sempre o conselho é sábio, mas ao menos,  é racional. Somos dotados desta capacidade de soluções prontas diante de  situações que racionalmente concluímos serem  boas ou ruins. Assim, raramente,  deixamos sedenta a pessoa que compartilha conosco informações pessoais.  “Ah, deixe este cara, ele é um babaca”, “Ela fez isso? O que ainda está fazendo com ela?”, rrsrs..   Mas, no íntimo não procuramos soluções e sim uma afirmação de que estamos fazendo a coisa certa, ou,  se não pretendemos fazer nada a respeito, nos confortamos em  saber que existem pessoas que pensam como nos.  As vezes penso que os valores mais preciosos estão sendo esquecidos no fundo de um baú e,  em detrimento dele,  liberamos aqueles sentimentos mais frívolos pra resolver situações que precisam ser  tratadas com  maior seriedade.  Explico:  Imagine  que numa família  a coisa mais importante é aquilo que beneficia a todos ... Mas,  não raro as pessoas fazem aquilo que beneficia a si mesmas.  E  não adianta apontar o dedo e dizer que aquilo esta   errado, as pessoas simplesmente não conseguem ver desta forma. Perderam noção de valores e pior aqueles que os tem , são tratados como incomuns.. . Os valores estão tão invertidos que vejo filhos confortando pais  e pais que deveriam estar tomando a rédea de seus filhos totalmente indefesos diante da ânsia de seus filhos e ainda pior,  se submetendo aos seus caprichos , vontades e questionamentos, as vezes se igualando a eles,  em atitudes ..  Não sei,  ainda acho que a incumbência dos pais é educar, fazer de seus  filhos seres humanos melhores e não os criarem a base de mimos, tolerância desenfreada  e disponibilidade de escolherem aquilo que querem fazer. Desculpa, isto ao meu ver, só estimula  o egoísmo, a falta de empatia a seus semelhantes  e a equidade que é essencial  para existir interação entre aquilo que gostamos e aquilo  a qual devemos  respeito.  A fina tênue entre os limites e a disciplina não é tão tênue assim, ela é bastante distinta e exige que cada um ocupe seu papel dentro da família: filho é filho. É o ser que está ali para ser educado, que precisa de limites, que precisa distinguir a diferença entre liberdade e respeito, que precisa se submeter a autoridade dos adultos e maiorais que ocupam posições  estabelecidas por leis. ( Tudo isso lhe soa cafona, sem nexo, perjorativo? ) E,  mãe é mãe , cabe a ela incutir amorosamente  valores e inclusive fé, coisa que está cada vez mais esquecida dentre  valores. O pai igualmente deve assumir suas  incumbências.. Sim, cada um cooperando para que exista harmonia. Refiro-me a família que deveria ser a cerne de onde nos originamos como pessoas, mas o conceito se estende em todos os laços vida adentro.  Imagine como deve ser um lar onde o filho dita as regras? Teríamos pizzas todas as noites.....
Sim, temos discernimento, o livre arbítrio, o poder de escolhas para fazermos mudanças,  endireitar as coisas , prosperamos. Ouuuuuuuuuu  não.

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