Sou o que afinal?
Agora experimento o descaso
Eu que sempre me regalei de afetos
Sempre dormi aconchegado em braços com carinho
Sempre desposei a companhia amigável, dócil, querida
Agora servil me foge o estoicismo.
Carente de afeto o que recebo?
Súplicas parecem resolver nada.
Meu toque um dejeto
Minhas palavras tormentos
Se assinto nego minha essência
Torno-me chato porque não me contento com nada
Quem se contenda com nada?
Se não tem nada tem o que?
Tornei-me chato, enjoado, persistente em explicações
Sou culpado por querer amor...e por querê-lo sou réu.
Julgado por querer desistir do amor..
Quem desiste do amor..?
Só quem desconfia que não é amor..
Porque o amor encara tudo, suporta TUDO
Desde que amado
Porque amar sozinho cansa.
Mas não culpo quem não pode amar
Quem deixou de amar
Que ama outro
O toque evasivo deve ser asqueroso
SE o amor é divino
Um toque estranho é evitado
Tem que ser aviltado
Tem que ser avisado
Porque se torna inocente se não sabe
Quem já não é amado.
Quero estar ao seu lado
Porque fração é bom só em matemática
Não no amor.
Porque o amor não faz sala;
Se a espontaneidade em dar afeto
Está bloqueada.
Torna-se assassina.
Estamos descrentes:
Um no amor e o outro nas atitudes
Quem espera mas não dá forças, tira-as
Segurança não transmite insegurança
Quem espera iniciativa, rega
Não dá pra remoer o passado atrás de pepitas
E a vida não ensina nada?
Não se aprende com os erros?
Não se pode consertar?
Quando criança pensava como criança
Comia como criança.
Mas crescemos, mudamos, dançamos a falsa
E vou estagnar porque não acredita?
Não acredita na metamorfose da borboleta?
Se a fonte secou não adianta esperar
Secou, secou.
Se há uma mola no fundo do poço...
Dê impulso, ajude, mostre agora.
Mas se os assassinos chegaram
Você viu e e não fez nada..
A morte é certa.
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