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terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Morte prematura



A morte é uma inimiga prematura. Concordamos?  Por mais anoso que o ser humano seja um  fôlego a mais  da vida sempre é bem vindo. Claro como tudo há exceções, mas, mesmo  nas exceções há concessões. Sim, aquele que tira a própria  vida por não ver motivação para viver  o faz por motivos desconhecidos ate a ele próprio. Incompreensível aos olhos de quem não na sua pele. Não podemos admitir que alguém conspire contra sua própria vida.  - bem tão precioso a quem vivo. (vivo no sentido de estar em paz)    E tão fatigante para quem toma a decisão de zerá-la.  A morte é especialmente prematura quando ele toma a vida de alguém jovem. Alguém que não nos conformamos por morrer tão prematuramente. Independente dos caminhos que percorria. Se bandido caminhava para isso, se trabalhador e sua profissão representava riscos,  se num acidente enquanto numa viagem... Ou num lazer que parecia tão improvável que ali estaria à morte. A juventude;  narra que não deveria acontecer.

Ela também é pesarosa quanto mais próxima uma pessoa é  de nós. Um pai idoso gera uma inconformidade com a morte. Se saudável e forte. Se doente e moribundo.  Assim como uma mãe, um familiar, um amigo, um conhecido, um vizinho. E esta dimensão  depende de cada ser e do amor   nele depositado. Certo é que quando maior a proximidade mais nos afeta.  Um amigo de trabalho gera um sentimento, um  filho outro, seu conjuge outro, embora todos sintam a perda. E claro,  não a dor mais excruciante que a sua.. Não podemos sentir a dor alheia. Não podemos, portanto dizer que a morte de alguém onde a morte jaz configurada é menos dolorosa que para um nuelo. (entre outros parâmetros)

A morte deveria ser encarada de forma natural assim como o nascimento. Ora: nascemos, vivemos e morremos. Não é assim? Mas, porque a morte parece ser tão desajustada para os vivos. Porque traz tantos receios, inseguranças... e revolta contra ela? Porque não a aceitamos?
Temos apego pela vida tanto racionalmente como instintivamente... Apegamo-nos a ela, salvo exceções.  Ela parece incompatível com tudo que nos advém. Doença ameaça a vida?  Repudiamos. Desastres ameaçam a vida? Repudiamos... tristeza excessiva, depressão?  Não queremos pacto nenhum com estes, queremos distância. 

 A certa altura da vida, começamos temer pela vida dos mais idosos que amamos. Ou talvez não. Se nela  houver  vantagens na morte, até  a almejarmos. Mas no processo natural da vida assimilamos que a velhice nos aproxima da morte. Então ou tememos ou a desejamos. Dizemos então que a morte é contra o senso da vida. Nossa inimiga. Nossa rival. (mesmo para quem a deseja pois é  no contrassenso que surge o desejo.  já que não admitimos a morte)

 Um dia, porém alguém querido nos deixa ainda que no âmbito do improvável. E se a ele ligados afetivamente morremos um pouco, mas de uma morte ressuscitável: depois de um processo longo, doído  da  execração do mal. Quanto mais o tempo avança mais distante vemos aquele que foi tão importante se esfumaçar ante nossas lembranças..  Aquela dor se convertendo numa brisa apenas, onde guardamos os sempiternos até que nossa própria existência se exuma.

Mas que consolo tem diante de uma perda considerada irreparável? As lembranças. Sim, elas nos permitem lembrar os momentos vividos. O sorriso, os feitos e todos os momentos que nossa mente desperta com aquele ser amado. A morte é irremediável, mas, se remedia com  as lembranças. Daquelas em que vivenciamos e se remedia e se estende  um pouco em cada ser com suas próprias lembranças dos momentos vividos com aquele  ser único ainda que cada um tenha suas próprias lembranças, desconhecidas dos outros das andanças daquele ser.  Que somadas todas dariam um  vasto banco  de dados: Daquele.   

Numa síntese simples  definiríamos a  vida  como oposto da morte. Ponto. E uma recomendação: Viva!  Não se refreie de viver  por conta dos pequenos ou grandes  problemas que tumultuam e dificultam a visão da beleza da vida. Porque estes são:  vaidade.

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