A morte é uma inimiga prematura. Concordamos? Por mais anoso que o ser humano seja um fôlego a mais da vida sempre é bem vindo. Claro como tudo há
exceções, mas, mesmo nas exceções há concessões.
Sim, aquele que tira a própria vida por
não ver motivação para viver o faz por
motivos desconhecidos ate a ele próprio. Incompreensível aos olhos de quem não
na sua pele. Não podemos admitir que alguém conspire contra sua própria vida. - bem tão precioso a quem vivo. (vivo no sentido de estar em paz) E tão fatigante para quem toma a decisão de
zerá-la. A morte é especialmente
prematura quando ele toma a vida de alguém jovem. Alguém que não nos
conformamos por morrer tão prematuramente. Independente dos caminhos que
percorria. Se bandido caminhava para isso, se trabalhador e sua profissão
representava riscos, se num acidente
enquanto numa viagem... Ou num lazer que parecia tão improvável que ali
estaria à morte. A juventude; narra que não deveria acontecer.
Ela também é pesarosa quanto mais próxima uma pessoa é
de nós. Um pai idoso gera uma inconformidade
com a morte. Se saudável e forte. Se doente e moribundo. Assim como uma mãe, um familiar, um amigo, um
conhecido, um vizinho. E esta dimensão
depende de cada ser e do amor nele depositado. Certo é que quando maior a
proximidade mais nos afeta. Um amigo de trabalho gera um sentimento, um filho outro, seu conjuge outro, embora todos sintam a perda. E claro, não a dor mais excruciante que a sua.. Não
podemos sentir a dor alheia. Não podemos, portanto dizer que a morte de alguém onde
a morte jaz configurada é menos dolorosa que para um nuelo. (entre outros parâmetros)
A morte deveria ser encarada de forma natural assim
como o nascimento. Ora: nascemos, vivemos e morremos. Não é assim? Mas, porque a
morte parece ser tão desajustada para os vivos. Porque traz tantos receios,
inseguranças... e revolta contra ela? Porque não a aceitamos?
Temos apego pela vida tanto racionalmente como
instintivamente... Apegamo-nos a ela, salvo exceções. Ela parece incompatível com tudo que nos advém.
Doença ameaça a vida? Repudiamos. Desastres ameaçam a vida? Repudiamos...
tristeza excessiva, depressão? Não queremos pacto nenhum com estes, queremos
distância.
A certa altura da vida,
começamos temer pela vida dos mais idosos que amamos. Ou talvez não. Se nela houver vantagens na morte, até a almejarmos. Mas no processo natural da vida
assimilamos que a velhice nos aproxima da morte. Então ou tememos ou a
desejamos. Dizemos então que a morte é contra o senso da vida. Nossa inimiga.
Nossa rival. (mesmo para quem a deseja pois é no contrassenso que surge o desejo. já que não admitimos a morte)
Um dia, porém
alguém querido nos deixa ainda que no âmbito do improvável. E se a ele ligados
afetivamente morremos um pouco, mas de uma morte ressuscitável: depois de um
processo longo, doído da execração do mal. Quanto mais o tempo avança
mais distante vemos aquele que foi tão importante se esfumaçar ante nossas
lembranças.. Aquela dor se convertendo
numa brisa apenas, onde guardamos os sempiternos até que nossa própria
existência se exuma.
Mas que consolo tem diante de uma perda considerada
irreparável? As lembranças. Sim, elas nos permitem lembrar os momentos vividos.
O sorriso, os feitos e todos os momentos que nossa mente desperta com aquele
ser amado. A morte é irremediável, mas,
se remedia com as lembranças. Daquelas
em que vivenciamos e se remedia e se estende um pouco em cada ser com suas próprias
lembranças dos momentos vividos com aquele ser único ainda que cada um tenha suas próprias lembranças, desconhecidas dos outros das andanças daquele ser. Que
somadas todas dariam um vasto banco de dados: Daquele.
Numa síntese simples
definiríamos a vida como oposto da morte. Ponto. E uma recomendação:
Viva! Não se refreie de viver por conta dos pequenos ou grandes problemas que tumultuam e dificultam a visão da beleza da vida. Porque estes são: vaidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário