Esta indubitável incoerência de querer quem não me quer
Esta
indubitável incoerência de nadar contra a maré.
Esta dúbia
exaltação do ir conta o que todo mundo vê.
Esta
indubitável incoerência de enxergar sem ver.
Esta
opressão desmedida que me causa indignação
De causar
na sua vida o que não causou a paixão.
Este
arrastar de cordas que me aprisiona a você.
Sem o seu
consentimento nasce ao amanhecer
Este caos
emocional que me advém desprevenido
Quase
sempre claudicando quase sempre dividido
Fogo morto
ressurgido pela pura ilusão
Vai
tateando fundo removendo a razão
Este ser
que em mim habita contra a lógica que definha
Diante da sua
imagem turva que atua entrelinhas
Com
lembranças ainda vivas que me levam ate você
Seja noite,
dia, horas volto sempre a um querer.
E o tempo
claudicando arrasta minha decisão
De levar a
terra morta e destruir a plantação
Da semente
que germina quando não devia ser
Passa a
luz no arrebol e insisto em te querer.
Indubitável
incoerência que habita o coração
Se conheço a incoerência porque insisto na visão
De ter seu
corpo triunfando junto ao meu desvanecer
Acordar do pesadelo que me leva a você.
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