DRAMAS DO AMOR

FIZESTE DE MIM SEU CALVÁRIO

DESDE QUE  FECUNDEI SEU OVÁRIO.

HOJE SOU PROSA E INFANTARIA

DESDE AQUELE INTERROGADO  DIA.

DOBRO-ME SOB TRISTEZA AO VER

QUE VOCÊ ME MANDOU SE FODER

TANTAS VEZES QUE PERDI A CONTA

ENTREI NUM MUNDO DO FAZ DE CONTA

QUERES DE MIM O QUE DAR NÃO  CONSIGO

TU ATÉ ACHAS,  MÁS,  NÃO SOU UBIQUO.

LUTO POR   MINHA PRÓPRIA CAUSA.

QUANDO VOCÊ  SOBRE MIM CAUSA

DIANTE OS FATOS LAMENTO AS FALHAS

ELAS EMBRIAGAM SUA ALMA

TRANSBORDAM O FEL DO SEU DISSABOR

SECANDO EM MIM,  O FIO DO AMOR

DENTRE TANTOS TORMENTOS ME CALO

MESMO NO  SILENCIO,  PARECE QUE FALO

PALAVRAS QUE  ATITUDES APONTAM

VERDADES  FALADAS QUE NÃO ENCANTAM.

E VEJO A BRASA DA IRA RENASCER

SOB  TERRENO FERTIL PARA DAR E VENDER

SOU O DESMANDO DO SEU CORAÇÃO

TIREI SUA VIDA SEU TETO SEU CHÃO.

AGORA RETUMBA A  MINHA ALMA O DOLO

PLANTEI A LUXURIA E COLHI DESENGANO

DESTES QUE AO INIMIGO DESEJO POUPAR.

DESTES QUE AO EPILOGO DEVERIA EVITAR

NA SUA VOZ DOCE HOJE AMARGURA

O FRUTO DE TAL VIL  TECEDURA

SE, DA  SUA  INSENSIBILIDADE NÃO ACORDA

O SEU PESCOÇO MERECE UMA CORDA.

SE, DE  POUCAS PALAVRAS MINHA ALMA PRECISA

PARA DAS TUAS AÇÕES  NÃO ME TORNE  JUIZA

QUE JULGA E CONDENA SEM HESITAÇÃO

A  QUEM COM CARINHO ROUBOU  CORAÇÃO.