someone lyke you

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Veneno



Eu bebo do seu veneno
Absinto  do  introspectivo
A poção  que viaja na veia
Acende a centelha do vício.

O doce do seu paladar
Agora é abjeto
Começa a me maltratar
O gosto amargo do  indigesto

Lento, cáustico e letal
Eu sinto agora o presságio
Neste estágio final
Diante de mim o calvário.

Embriaguei-me ante suas promessas
Vislumbrei o mundo numa fresta
Em infinitas cores com você.
Quimera de  amor, alegria e prazer.

Anestesiado  o coração
Os pensamentos  desnorteados
A dor que era escravidão
Liberta-me  do pecado.

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