someone lyke you

sábado, 3 de janeiro de 2015

OBLITERAR



Há uma loucura que supera nossas VERDADES
Que se dobrara diante de nossos medos
E  desprezaremos  toda moralidade
Enquanto vivermos os nossos segredos

E como ficará a pobre da verdade
Sob um canto com os rabos entre as penas
Que sobre o manto da invisibilidade
Faz a mentira  pomposa e bela

E no recinto que desnudamos das vergonhas
Libertando  todos os nossos anseios
Extravasamos todas as nossas tramas
Entregamo-nos a indescritíveis sentimentos

E quanto ao  gosto do fruto proibido?
Arrebatando virando o mundo do avesso
Em solavancos o tempo medido
Fragmentado em curto espaço do tempo

E a distância que a ciência desafia
Nossos desejos,  desfaz sem explicação
Quando a lógica enfim se faz vencida
Faz-se remida também a razão

É a maçã sua  boca suculenta
Num mecanismo   que luz e  treva  traz
O que a luz sua boca alimenta
A treva entrementes a desfaz

E sua boca que é o meu delírio
Em delírios pronunciam a paixão
Misturando todos nossos desígnios
Num sobejo de se insanidade e excitação.

Mas o descrito não pode descrever
Todas as minúcias que o tempo ocultou
Leras certamente o que escrevi
Interpretarás o que meramente lhe sobrevir
Mas nunca saberás o que  passou.

Porque isso cabe a meros poucos
Que conseguem enxergar exatidões
Onde a cena no  presente é singela
O passado revela uma janela
De desventuras, de amores e paixões.

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