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terça-feira, 29 de outubro de 2013

SE EU PUDESSE VOLTAR AO PASSADO



Se pudesse voltar ao passado gostaria de fazer algumas perguntas que não tive coragem de fazê-las ou  realmente  não tive oportunidade de formulá-las.  O passado sempre traz questões que ficaram abertas, que demandavam  respostas,  com alguma chance de no momento acontecido  não   serem  plausíveis  de serem formuladas. Porque no momento vivido eram apenas sentimentos impossíveis de reflexão.  Não sei se pode parecer banal, mas perguntas  sobre o passado  surgem  como se o  próprio subconsciente quisesse se libertar destes incômodos. Elas,  nem precisam ser complexas, aliás,  são  questionamentos tão simplórios que parecem infantis, e o são, porque aconteceram na infância, mas que  contribuíram para a formação do adulto que nos tornamos. Engraçado como que durante nossa jornada acumulamos tantas entrelinhas abertas, não compreendidas, como que aos poucos,  em nossas reflexões,  nos afrontássemos com nossos porquês. E eles são tantos.
Fazendo esta reflexão,  volto ao passado  como um expectador imparcial , como se fosse um inspetor de mim mesmo  e revejo  tantas coisas que me fazem questionar   e diante dos fatos,  posso vislumbrar  quantas pessoas que se fizeram adultas nas agruras de um passado hostil. Estas pessoas são vítimas dos acontecimentos da vida, acontecimentos que fogem da nossa compreensão e capacidade de mudá-las. Lógico,  que somos em muitas ações do passado responsáveis pelo desfecho dos acontecimentos, colhemos o amargo fruto de nossas impensadas ações. Ações que forçaram  nosso aprendizado e que marcaram  nossa conduta por tempo, tempos senão dizer pra sempre. Todavia nossas ações mais íntimas são influenciadas pelo ambiente em que vivemos e pela forma que somos tratados nesta jornada. E isto talvez seja importante agora para avaliarmos como tratamos as pessoas.
Volte ao seu passado por uns instantes. Tente lembrar-se...  Você ainda mirradinho em uma situação  que foi acolhido com ternura por sua mãe. Agora tente  lembrar –se de uma situação   oposta   onde você precisou ser disciplinado. Pense no seu primeiro dia na escola,  pense em algum acontecimento desagradável lá vivido. Talvez isto denote algum esforço. Mas vamos lá,  tente lembrar  agora de  algo agradável  que viveu, fazendo assim um contrapeso entre situações amargas e agradáveis.  Tente recapitular alguma situação que sentiu muito medo e seus pais lhe acolheram fazendo você se sentir protegido  ou uma outra em que se sentiu sozinho e desprotegido. Se conseguistes fazer esta reflexão  verá que é muito provável que encontrou lacunas abertas e que gostaria de respostas. Logo descobrirá também que nos casos em que você foi plenamente suprido de suas necessidades de aceitação não há perguntas, mas que no seu oposto há muitas.   Eu,  gostaria de perguntar a minha mãe se  mamei no peito,  talvez porque até hoje necessito de um aconchego  carinhoso que nunca tive. Perguntaria francamente há algumas pessoas onde foi que errei com elas. Tenho convivido com duas questões sobre respeito e sensibilidade. Sei que preciso rever onde estou errando.
 E bom fazer questionamentos... Pena que nem sempre as perguntas são formuladas a tempo de resolver questões. Infelizmente, às vezes,  o diálogo tão imprescindível  é inadvertidamente ignorado.
Feito esta  reflexão,  responda você mesmo as perguntas que formulou.como se a solução coubesse a você,faça isso  como se resolvesse  uma conta de matemática complicada. Pode até parecer um subterfúgio da realidade, mas não, não temos controle sobre coisas do passado, mas agora podemos resgatar as rédeas do cavalo imaginário que não tínhamos controle, mas agora temos ou podemos ter mesmo que isso seja um faz de conta..   Volte ao presente e pense onde talvez esteja deixando lacunas semelhantes as  do passado . Às vezes muitos dos nossos  problemas atuais são frutos de questionamentos mal resolvidos. Uma mãe que se preocupava excessivamente com seu filho , era extremamente protetora, este menino quando se tornou um homem só conseguia enxergar o amor desta forma.  Este é um pequeno exemplo de como nossas atitudes podem influenciar as pessoas que nos cercam.

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