O passado às vezes volta saudoso,
Saudoso! Não esperançoso.
Cheio de inquisições
Cheio de Interrogações!
Chega de sobressalto
Do nada.
Leva-me para águas turbulentas
Lembro-me de Jonas pedindo para ser lançado ao mar.
Pois a culpa atordoa.
Traz um fardo pesaroso
Despertando anseios, devaneios,
alvoroços
Rarefeitos pelo tempo.
Rarefeitos! Não densos.
Refazendo estradas.
Porque entre reticências há tanta culpa.
Culpas não dissolvidas, dirimidas pelo ego,
Há um deserto entre dissoluções
Que mesmo depois de consumado
Permanece conspícuo
Conspícuo! Não vivo.
Lance-me ao mar, por favor!
É um suplício empírico
No convés há um desatino
Mas, lança-me, sem terror!
Se fizeres bem sei
O caos cessará
Esvaíra sua dor
Pois estou subjugado
Os meus atos condenado
E a paz retornará.
O passado é gozado
Gozado! Não almejado
Vem de supetão
Traz à tona instigação
Que há muito já era
Reverbera meu pecado
Sonda meu coração
Queira ou não
Traz à tona o que não se
espera.
O passado às vezes levanta questões.
Questões! Não intenções.
Que me faz introspectivo
Flutuando pelo ar.
Apalpando cegamente
O contexto
Tentando o passado reparar
Eu me aborreço.
Não se pode consertar
É um legado complicado
Que vem me contestar
Nem tudo é exprimível
Intrínseco desafio
Nem tudo tem reparação
Mas tudo é dirimível.
Dirimível! Não esquecido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário