someone lyke you

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Pensando



Tem certos momentos que  entramos num círculo vicioso e exaltamos nossa vida como se ela fosse indestrutível. Assim como também, relembramos de fatos vividos, lições aprendidas, questionamentos, erros. Constantemente rebobinamos nossa fita da vida e voltamos ao passado seja de uma forma que possamos buscar lembranças alegres, momentos vividos marcantes,  ou até para lembrarmos de uma situação que nos marcou negativamente. O passado constituiu uma fonte de pesquisas que nos atualiza constantemente a fim de nos orientarmos no presente. Quanto ao futuro me parece pretensioso afirmarmos veementemente que faremos isso ou aquilo. Soa ousado pretendermos estabelecer o futuro baseado naquilo que intencionamos. Falando assim parece que condiciono nossa vida ao presente sem objetividade. Como se a frente,  tudo fosse inacessível. Não é isso. Vou relembrar uma história bíblica que já mencionei em outra ocasião rebuscando nela alicerce para o que quero dizer.  Certo homem possuidor de muitas terras procurava  tranquilidade para seus pensamentos inquietantes sobre o futuro. Sentou-se e meditando chegou a conclusão que se plantasse em todas as suas terras ele teria uma safra abundante e farta,  e isto,  lhe traria tranquilidade para o  futuro. Este projeto lhe deu paz e tranquilidade, pois segundo ele, fazendo assim,  estaria seguro... Descrevendo o desfecho da história  o relato diz: tolo, esta noite  reclamarão sua alma e para quem ficarão todos os seus bens?  De fato, tendemos a confiar na vida e na sua continuidade muitas vezes inadvertidamente. Somos  inteiramente aquilo que pensamos e não raro esperamos que o futuro seja promissor. Não há nada de errado nisso. Fazer planos, se envolver em alguma atividade em  longo prazo.  E não há nada de contraditório pensar assim. Imagine que você tenha um projeto de começar estudar agora  e tenha como barreira sua idade já avançada. Então você diz: Se começar estudar agora daqui há  5 anos me formarei  mas  já estarei  velho.  Se isto for um pensamento limitador você não estudará, mas se for um projeto elaborado, um objetivo vívido você se empenhará nisso, dia após dia, meses e anos consecutivos. A conclusão da história você só saberá se estiver vivo  ao final dos 5 anos, mas se chegar no termino destes e você não tiver feito nada, lamentará os anos desperdiçados por  conta de um pensamento temeroso.  Sim, é licito, é imperativo ter objetivos e se empenhar neles, não é definitivamente esta a questão. A questão é quando esquecemos que nossa vida  não depende apenas do nosso querer, somos mortais, sim, morremos. Então da próxima vez que falar, amanhã farei isso ou aquilo, diga: Se Deus, permitir amanhã farei isso ou farei aquilo. Parece mais condizente com a fragilidade da vida e ao mesmo tempo dá crédito a quem de fato pode nos dar a proteção para atingirmos nossos objetivos.

Um comentário: