O pior tipo de homem
que existe é aquele que depois da catástrofe que ele ajudou criar vêm com
aquele ar de arrependido alegando que não sabia que estava fazendo. Infelizmente o mundo
está cheio de gente assim. Pessoas no poder que se esbaldam em comer do melado
da boa vida até que a coisa sobra inclusive para eles, aí se fazem de arrependidos. Sobre estes paira um ar de honestidade e indignação. Indignidade fingida diga-se. Conhecemos bem esta gentalha do lado de cima
que pode fazer mas não faz. Que pode falar e também não fala. Que vai agindo de
acordo com o vento que sopra a seu favor. O tipo de gente que, chamamos duas caras. O tipo de gente que elegemos. Que botamos no poder para
nos representar. Entra ano vira ano e digerimos o fruto de nossas escolhas. Os poucos que não tornam-se vozes
ecoando ao vento falam, causam certo
barulho, mas, esbarram na coisa corrupta que toma posse da corrupção batizando-a de outra
coisa. Dando a ela um ar de impunidade.
Sim, vimos alguns destes peixões serem
presos. A pena mencionada enchia os olhos pois fazia jus ao clamor de justiça, mas na prática anos mostraram-se menos. Se doze anos cumpriam um. Que matemática! Parecia
digno dos pobres que lá ficam anos a fio
por contravenções de classe. Para quem pode o castigo vira férias. Ou, um ano sabático para reflexão.
Vemos claramente que a lei funciona diferente para aqueles que podem manobrar o sistema judiciário com bons advogados, mas não só isso, quando o meio que vivem reverbera noutros viventes da mesma extirpe. Ao pobre e desajustado social, o ladrãozinho, o sistema judiciário é implacável, parcial e discriminatório. Depende da esmola de um defensor público inexperiente e desalinhado com as garras nefastas da justiça imperial.
Estamos indignados e
atônitos. Estamos atados ao que os olhos leem os ouvidos ouvem e nos causam
duvidas se de fato ouvimos e lemos tão estupendas são as notícias que nos incomodam o ouvido. Não a separação do joio e do trigo, sem esta separação, não se sabe quem é quem. E onde não se sabe quem é quem tudo pode. Quem
sabe a tática de dar a quem pode e tirar de quem não pode sabe muito bem a arte de encrudelecer a que
interessa.
Infelizmente vemos a verdade lamentável de que se o meu sol brilha não me interessa se o sol do outro esta minguando.
Não deveríamos fazer alguma coisa? Não é o povo que escolhe quem fica e que entra na política? Aqueles que têm o poder de destituir quem entra na corte e nada faz. Que prometem o fundo e o mundo e quando lá parece que bate uma preguiça. Preguiça com prazo de validade pois termina assim que recomeçam as campanhas para novo mandato.
Esta cegueira tem nos custado ver onde pisamos e com sapatos sujos de merda a esparramamos por todo canto.
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