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quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Cegueira de Discernimento

 

 

O pior tipo de homem que existe é aquele que depois da catástrofe que ele ajudou criar vêm com aquele ar de arrependido alegando que não sabia   que estava fazendo. Infelizmente o mundo está cheio de gente assim. Pessoas no poder que se esbaldam em comer do melado da boa vida  até que  a coisa sobra inclusive para eles, aí  se fazem de arrependidos.  Sobre estes paira  um ar de honestidade e indignação. Indignidade fingida diga-se.  Conhecemos bem esta gentalha do lado de cima que pode fazer mas não faz. Que pode falar e também  não fala. Que vai agindo de acordo com o vento que sopra a seu favor. O tipo de gente que,   chamamos duas caras. O tipo de gente que elegemos.  Que botamos no poder para nos representar.  Entra ano vira ano e digerimos o fruto de nossas escolhas. Os poucos que não tornam-se  vozes ecoando ao vento falam, causam certo barulho, mas, esbarram na coisa corrupta que  toma posse da corrupção batizando-a de outra coisa. Dando a ela um ar de impunidade.

 Sim, vimos alguns destes peixões serem presos. A pena mencionada enchia os olhos pois fazia jus ao clamor de justiça,  mas na prática anos mostraram-se  menos. Se doze anos cumpriam um. Que matemática!  Parecia  digno dos pobres que lá ficam anos a fio por contravenções de classe.  Para quem pode o castigo vira férias. Ou, um ano sabático para reflexão.

 Vemos claramente que a lei funciona diferente para aqueles que podem manobrar o sistema judiciário com bons advogados, mas não só isso, quando o meio que vivem reverbera noutros viventes  da mesma extirpe.  Ao pobre e desajustado social,  o ladrãozinho,  o sistema judiciário é implacável, parcial e discriminatório. Depende da esmola de um defensor público inexperiente e desalinhado com as garras nefastas da justiça imperial.

Estamos indignados e atônitos. Estamos atados ao que os olhos leem os ouvidos ouvem e nos causam duvidas se de fato  ouvimos e lemos tão estupendas são as notícias que nos incomodam o ouvido.  Não  a separação do joio e do trigo, sem esta separação, não se sabe quem é quem. E onde não se sabe quem é quem tudo pode.   Quem sabe a tática de dar a quem pode e tirar de quem não pode sabe muito bem  a arte de encrudelecer  a  que interessa. 

Infelizmente vemos a verdade lamentável de que se o meu sol brilha não me interessa  se o sol do outro esta minguando. 

Não deveríamos fazer alguma coisa?  Não  é o povo que escolhe quem fica e que entra na política?  Aqueles que têm o poder de destituir quem entra na corte e nada faz. Que prometem o fundo e o mundo e quando lá parece que bate uma preguiça.   Preguiça com prazo de validade pois termina assim que recomeçam as campanhas para novo mandato.  

Esta cegueira tem nos custado ver onde pisamos e com sapatos sujos de merda a esparramamos por todo canto. 



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