Dá
pra entender como de repente aquela menina boa se tornou vilã... Sei lá muita dor, muita decepção...
Talvez descobriu com a vida que gente boazinha não está com nada.. Ou amargura mesmo.
Ter Prazer em fazer o mal não parece algo tão fácil de aceitar. Deve
ter algum motivo mais forte pra isso. Podemos deduzir tanta coisa, mas quando somos
vítimas não ficamos pensando em como tudo começou. Lá estava ela com seus trinta e poucos anos. Jogando
seu jogo de sedução. Descobrira que os homens são fáceis de se manipular quando
lhes oferece o que eles querem ou cria-se uma expectativa de que podem
conseguir .
A beleza ajuda
muito e isto ela tinha. Aos poucos descobrira
que um olhar não pode nem ser oferecido demais nem despretensioso demais. Precisava ser aquele que deixa dúvida
sobre o que se pretende, uma insinuação corporal que diz que o caminho está aberto
e o resto a imaginação da vítima fazia. Agora munida de toda experiência sabia
exatamente o que fazer quando precisava utilizar a sedução a seu favor. Nem sempre as coisas terminavam onde queria.
Sabia fazer um homem comer nas suas mãos. Agora, segurá-lo era outro problema...
E nem todos eram aquilo que apresentavam ser.. Alguns rudes, alguns
podres... Outros se mostravam totalmente
sinceros e quando as coisas pareciam que ia dar fruto .. tudo desandava.
Descobrira também que as vezes era preciso tirar os obstáculos.. estes em forma
de mulher claro. Fazer-se presente,
dominar o coração do outro e fazer a outra saber que aquele que ela almejava
tinha dono.. Tudo certinho.. tudo fruto do aprendizado de anos.
O mundo tem uma forma inusitada de paga. Sim,
tende a corrigir os males que praticamos. Seja lá o que for que façamos que
achamos ser bom para nós em detrimento do próximo um dia parece que ficamos tão
vazios. Parece existir um código interno que nos impulsiona a nos retratar se
não praticamos o que chamamos bem. Não que
paguemos literalmente, mas quando prejudicamos alguém por acharmos que o mundo
é assim, a lei do mais forte, somos tomados por um vazio, uma falta de sentido
na vida e tudo parece uma paga pelos nossos atos.
Agora que ela amargava a
rejeição do homem que amava, ou suponha amar, já que sempre temera o amor não
dava para saber se não era apenas mais uma artimanha da sua cabeça
contra si mesma. Ela achava que era correr atrás para ele era perseguição.
Ele não a suportava e talvez ela interpretasse como sei lá! Quando um homem
perde afeição e esta se torna aversão, pouco se pode fazer, sendo pouco provável eus esforços e esta cegueira pode fazer
você despender forças desnecessárias numa causa perdida. Era assim.
Muitas
inimizades eram agora quitadas por
intermédio de um amor não correspondido.
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