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sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Amor e Máquina de lavar

 

Amor e máquina de lavar. Nada a ver..Amor é um nobilíssimo sentimento já a máquina de lavar tem que engolir cada sujeira. Se bem que o amor engole algumas. Bem, vamos ao trabalho. Programamos o tipo de lavagem desejada e nos desligamos, quero dizer vamos cuidar de outros afazeres até que tudo termine. Digo,  termine o processo de lavagem a qual programamos.  Salvo algum imprevisto tudo acontece sem que ponhamos nossas mãos a não ser no momento de definirmos  qual tipo de lavagem.  Dias atrás se eu fosse uma máquina de lavar teria entrado no modo triste ... A lavagem é lenta, as coisas demoram pra acontecer entra água sai água, centrifuga, enxagua e o coração ainda pesado. O processo no modo triste é lentidão pura. Eu particularmente prefiro girar o botão no modo contente. Sim,  uma lavagem rapidinha  e não fica muito tempo não, embora tenha  que passar pela rotina,  encontrar um momento específico e inesperado. Este é o momento que imagino todos preferimos. Vem aquela enxurrada de felicidade e vai-se até retornar num momento qualquer  durante a extensa rotina , mas não ao seu bel prazer porque ele acontece raras vezes para os mais exigentes ou menos felizes , mas acontecem principalmente quando se tem olhos para vê-lo., mas só funciona se a coisa não estiver muito encardida. Tem também o modo delicado este é cheio de cuidados. Pode ser descrito como  o modo sensível, porque  é todo cheio de não me toque,  não me irrite, não mexa nas minhas coisas, não fale nada,  não me encha o saco, assim por diante...Neste modo como nome diz qualquer coisa pode desfiar uma relação e transforma-la em trapos. Aconselho nunca usar este modo a não ser pra lavar suas roupas que por definição requerem cuidados especiais.  Tem relações que são verdadeiros turbilhões o que também cabe perfeitamente no contexto de uma máquina de lavar, quando ela chocalha as  roupas um lado pro outro como numa disputa sem fim de uma  discussão... as coisas são ditas mas ninguém ouve nada, compreende nada e pior os ânimos ficam acirrados... Distorcidos  para um acordo de paz .  Por falar nisso me veio a cabeça o modo lava cobertores, cortinas e etc. Este sim, o must – na vida amorosa, seria por equivalência a fase do divorcio...É  tanta sujeira é tão  casca grossa que parece que  o fim torna-se tormento. Parece?  Emociona-se como no começo, chora-se como no começo, fazem-se promessas como no começo, porem tudo ao contrário.. Emociona-se pelo  ressentimento, chora-se de raiva, faz promessas tipo nunca mais quero ver sua cara,  Deus há de lhe dar tudo em dobro.  Chego a conclusão que diferenças a parte,  se olharmos pra programação de uma máquina de lavar poderemos adapta-los  perfeitamente  ao modo operante de nossos relacionamentos amorosos.... O cotidiano, aquele que faz nossa relação segura, estável  também o faz  uma merda.  A lavagem delicada  pode ser bem  aquela que nos ensina empatia, é tipo se  não gostamos que ponham o dedo na nossa ferida então não colocaremos na ferida alheia,  assim xingar a mãe da amada nem pensar. O modo rápido, explica muita coisa e não estou falando de dar uma rapidinha, estou falando de coisas práticas como, como o que? Esqueci.  O modo bruto para roupas pesadas e muito sujas cabe para representar as  crises consideradas ameaçadoras como divórcio ou coisas que beiram a ele.  Mas tem hora que travamos,  ficamos engasgados com aquilo que não compreendemos, as dúvidas nos tomam por completo, achamos que não somos mais amados, que nosso cônjuge esta tendo um caso, que nossas dívidas nos atropelam e por isto  deixaremos de cumprir nossas obrigações financeiras. Para todos estes revertérios porque não existe o botão foda-se?   Porque não? Não tem hora que a gente tem vontade de meter o pé em tudo e sair despreocupado? Pode até  por tudo a perder mas seria de lavar a alma.   

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