Nada mais me surpreende
Coisas que antes me surpreendiam
Era inocente e não percebia
Que a noite pode ser dia.
Acreditei em palavras
Palavras com suas certezas
Que mataram o que destilava
Agora revelam torpeza.
A dor pode trazer sensatez
Mas, não é sinônimo desta
A dor as vezes é uma aresta.
Camuflada com a sordidez
A mentira também é verdade
Para aquele que faz dela seu mantra
Pode parecer crueldade.
Na boca de quem com fé canta.
Mas santa não existe não é?
Nem quando santa fizeram ser
A verdade é questão de crer.
E santidade é questão de fé.
Quem dirá se a causa é um amante
Prestativo e dado a prazeres
Que causa arrepios e deleites
Que enfeita a vida descontente.
Aprendeu a ser chamariz
Mente com a maior seriedade
Se dela depender a verdade.
Aumentará o tamanho do nariz
Verdade o que é a verdade?
Dilacerada pelos fatos
Verdade é apenas um artefato
Que na mentira tem cumplicidade.
Se olhar com outros olhos
Verá que mentira é um legado
Um indicio de que o passado
É o presente adulterado
Há quem não abra mão dela
Se a felicidade é sua parcela
A mentira que traz felicidade
Não se ofusca com a verdade?
Esta com a mentira a flertar?
Há quem não abra mão dela
Se a felicidade é sua parcela
A mentira que traz felicidade
Não se ofusca com a verdade?
Esta com a mentira a flertar?
Atira quem não está.
Se não pode convencer
Se não pode convencer
Quem mente é você.
Mentira pode ser mentirinha
Não cabe medi-la com régua.
Pequena será gigante querela
Pois, singela nunca anda sozinha.
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