someone lyke you

sábado, 24 de outubro de 2020

A vilã





Dá pra entender como de repente aquela menina boa se tornou  vilã... Sei lá muita dor, muita decepção... Talvez descobriu com a vida que gente  boazinha não está com nada.. Ou amargura mesmo.  Ter  Prazer em fazer o mal  não parece algo tão fácil de aceitar. Deve ter algum motivo mais forte pra isso.  Podemos deduzir tanta coisa, mas quando somos vítimas não ficamos pensando em como tudo começou.  Lá estava ela com seus trinta e poucos anos. Jogando seu jogo de sedução. Descobrira que os homens são fáceis de se manipular quando lhes oferece o que eles querem ou cria-se uma expectativa de que podem conseguir .
 
 A beleza ajuda muito e isto ela tinha.  Aos poucos descobrira  que um olhar  não pode  nem ser oferecido demais nem despretensioso  demais.  Precisava ser aquele que deixa dúvida sobre o que se pretende, uma insinuação corporal que diz que o caminho está aberto e o resto a imaginação da vítima fazia.  Agora munida de toda experiência sabia exatamente o que fazer quando precisava utilizar a sedução a seu favor.  Nem sempre as coisas terminavam onde queria. Sabia fazer um homem comer nas suas mãos.  Agora,  segurá-lo era outro problema... E nem todos eram aquilo que apresentavam ser.. Alguns rudes, alguns podres...  Outros se mostravam totalmente sinceros e quando as coisas pareciam que ia dar fruto .. tudo desandava.
 
 Descobrira também que as vezes era preciso tirar os obstáculos.. estes em forma de mulher claro.  Fazer-se presente, dominar o coração do outro e fazer a outra saber que aquele que ela almejava tinha dono.. Tudo certinho.. tudo fruto do aprendizado de anos. 
 O mundo tem uma forma inusitada de paga. Sim,  tende a corrigir os males que praticamos. Seja lá o que for que façamos que achamos ser bom para nós em detrimento do próximo um dia parece que ficamos tão vazios. Parece existir um código interno que nos impulsiona a nos retratar se não praticamos o que chamamos bem.  Não que paguemos literalmente, mas quando prejudicamos alguém por acharmos que o mundo é assim, a lei do mais forte, somos tomados por um vazio, uma falta de sentido na vida e tudo parece uma paga pelos nossos atos. 
 
Agora que ela amargava a rejeição do homem que amava, ou suponha amar, já que sempre temera o amor não dava para saber se não era apenas mais uma artimanha da sua cabeça contra si mesma. Ela achava que era correr atrás para ele era perseguição. Ele não a suportava e talvez ela interpretasse como sei lá!  Quando um homem perde afeição e esta se torna aversão, pouco se pode fazer, sendo pouco provável  eus esforços e esta cegueira pode fazer você despender forças desnecessárias numa causa perdida. Era assim.
  Muitas inimizades eram agora quitadas  por intermédio de um amor não correspondido.

O dilema

 

Liguei  pra falar de romance

Não atendeu... pensei no seu amante.

Desfecho ruim:    falei  besteira

Você e o rato eu sou a ratoeira

 

Diz consciência   se pode ser assim

Se o  delírio toma conta de mim

Agindo assim boto tudo a perder

E o que está ruim    acabo de foder

 

Não é sensata tamanha insensatez

Estou no débito na sua liquidez

Não sei o que sentes  me sinto culpado

Eu sou o gato e você é o rato.

 

E vai o tempo se perdendo no espaço

Nos adventos nas garras do  colapso

Vem solidão e  sinto sua falta.

A solução é ter você de  volta.

 

Porque sem você não consigo viver

Mas, se contigo só faço te perder

Fico   perdido  como  sopro no vácuo

No coração ardis  e eu que pago o pato.  

 

Preste atenção é de atenção que eu preciso

Se não for assim eu não sei o que é isso.

Amargo é o gosto da separação

Mas doce é o gosto da reconciliação

 

E se não qual o caminho tomar?

O que não é bom é difícil de aceitar

Mas há tantas considerações a se fazer

Seja qual for viva e deixe viver.

 

A vida quando fecha a porta abre a janela

Há sempre mais quando se espera dela.

A dor limita põe a felicidade distante

Amarga ilusão da mente delirante.

 

Então viva não  mate

Reflita não há dor que não passe

Siga a pista dê um tempo para razão

Ela é lenta mas é melhor que  precipitação.


A morte é certa mas não na hora errada

O ódio cega e alimenta a mágoa.

Que bem nutrida será disseminada

E a vida extinta sem a missão terminada.


 

 

 

 

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

De grão em grão vamos lambendo sabão.

 

De grão  em grão a galinha enche o papo.  Oportunidade para formular um outro. De erro em erro o país vai pro buraco.  De mentira em mentira a cabeça fica vazia. Postulado tais podemos afirmar que estamos andando para trás.  Não, não quero dizer que andamos  como caranguejo. Quero dizer que historicamente estamos patinando em erros já cometidos tantas e tantas vezes pelos nossos antepassados.  Se consultarmos a história veremos que não há nada de novo na atual conjuntura que não tenhamos vivido. Agora como somos nós a bola da vez tudo parece um retrocesso. Lembrando que a ideia de retrocesso faz-nos pensar e agir para não permitirmos este,  e evoluir. Criamos atritos contra atritos e assim inovamos. Assim espero.

 Vemos mentiras, vemos a verdade empurrada para debaixo do tapete. Vemos conchavos. Ah, este é velho e famoso. Política sem conchavos é groselha.  Vemos que o que vale são as facções que brindam qualquer ato mal explicado. Sim, estamos na era da derrubada de opositores com gritos, amedrontamentos e difamações que parecem verdades mas não são, mas há quem acredite  ou, teatralizam a mentira  botando  a boca no trombone para disseminar. Faz lembrar um ditado: o bobo é bobo,   coitado! O que se faz de bobo é louco varrido ou é bobo comprado.  Estamos doídos com a direção da nau Brasil. Ela está dando outra guinada e não sabemos se tomba desta vez. Os indícios dividem a nação uns acham que não outros acham que sim e outros não sabem opinar. Mas, todo mundo acha. Certeza que é bom  never.  Ouvimos rumores e se consultarmos a história encontraremos algo parecido. O que é inédito é que achávamos que vivíamos uma situação de estabilidade política.  Não raro nos enganamos. Não podemos dizer que a coisa não ata nem desata.. Deram um nó na nossa razão e tem gente esperta imbecilizada. Efeito dos tempos modernos onde  cacarejar    é mais forte que provar. E falando palavra por palavra o povo vai engolindo.

 

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Cegueira de Discernimento

 

 

O pior tipo de homem que existe é aquele que depois da catástrofe que ele ajudou criar vêm com aquele ar de arrependido alegando que não sabia   que estava fazendo. Infelizmente o mundo está cheio de gente assim. Pessoas no poder que se esbaldam em comer do melado da boa vida  até que  a coisa sobra inclusive para eles, aí  se fazem de arrependidos.  Sobre estes paira  um ar de honestidade e indignação. Indignidade fingida diga-se.  Conhecemos bem esta gentalha do lado de cima que pode fazer mas não faz. Que pode falar e também  não fala. Que vai agindo de acordo com o vento que sopra a seu favor. O tipo de gente que,   chamamos duas caras. O tipo de gente que elegemos.  Que botamos no poder para nos representar.  Entra ano vira ano e digerimos o fruto de nossas escolhas. Os poucos que não tornam-se  vozes ecoando ao vento falam, causam certo barulho, mas, esbarram na coisa corrupta que  toma posse da corrupção batizando-a de outra coisa. Dando a ela um ar de impunidade.

 Sim, vimos alguns destes peixões serem presos. A pena mencionada enchia os olhos pois fazia jus ao clamor de justiça,  mas na prática anos mostraram-se  menos. Se doze anos cumpriam um. Que matemática!  Parecia  digno dos pobres que lá ficam anos a fio por contravenções de classe.  Para quem pode o castigo vira férias. Ou, um ano sabático para reflexão.

 Vemos claramente que a lei funciona diferente para aqueles que podem manobrar o sistema judiciário com bons advogados, mas não só isso, quando o meio que vivem reverbera noutros viventes  da mesma extirpe.  Ao pobre e desajustado social,  o ladrãozinho,  o sistema judiciário é implacável, parcial e discriminatório. Depende da esmola de um defensor público inexperiente e desalinhado com as garras nefastas da justiça imperial.

Estamos indignados e atônitos. Estamos atados ao que os olhos leem os ouvidos ouvem e nos causam duvidas se de fato  ouvimos e lemos tão estupendas são as notícias que nos incomodam o ouvido.  Não  a separação do joio e do trigo, sem esta separação, não se sabe quem é quem. E onde não se sabe quem é quem tudo pode.   Quem sabe a tática de dar a quem pode e tirar de quem não pode sabe muito bem  a arte de encrudelecer  a  que interessa. 

Infelizmente vemos a verdade lamentável de que se o meu sol brilha não me interessa  se o sol do outro esta minguando. 

Não deveríamos fazer alguma coisa?  Não  é o povo que escolhe quem fica e que entra na política?  Aqueles que têm o poder de destituir quem entra na corte e nada faz. Que prometem o fundo e o mundo e quando lá parece que bate uma preguiça.   Preguiça com prazo de validade pois termina assim que recomeçam as campanhas para novo mandato.  

Esta cegueira tem nos custado ver onde pisamos e com sapatos sujos de merda a esparramamos por todo canto.