someone lyke you
sábado, 24 de outubro de 2020
A vilã
O dilema
Liguei pra falar de romance
Não atendeu... pensei no seu amante.
Desfecho ruim: só falei besteira
Você e o rato eu sou a ratoeira
Diz consciência se pode ser assim
Se o delírio toma conta de mim
Agindo assim boto tudo a perder
E o que está ruim acabo de foder
Não é sensata tamanha insensatez
Estou no débito na sua liquidez
Não sei o que sentes me sinto culpado
Eu sou o gato e você é o rato.
E vai o tempo se perdendo no espaço
Nos adventos nas garras do colapso
Vem solidão e sinto sua falta.
A solução é ter você de volta.
Porque sem você não consigo viver
Mas, se contigo só faço te perder
Fico perdido como sopro no vácuo
No coração ardis e eu que pago o pato.
Preste atenção é de atenção que eu preciso
Se não for assim eu não sei o que é isso.
Amargo é o gosto da separação
Mas doce é o gosto da reconciliação
E se não qual o caminho tomar?
O que não é bom é difícil de aceitar
Mas há tantas considerações a se fazer
Seja qual for viva e deixe viver.
A vida quando fecha a porta abre a janela
Há sempre mais quando se espera dela.
A dor limita põe a felicidade distante
Amarga ilusão da mente delirante.
Então viva não mate
Reflita não há dor que não passe
Siga a pista dê um tempo para razão
Ela é lenta mas é melhor que precipitação.
A morte é certa mas não na hora errada
O ódio cega e alimenta a mágoa.
Que bem nutrida será disseminada
E a vida extinta sem a missão terminada.
quarta-feira, 14 de outubro de 2020
De grão em grão vamos lambendo sabão.
De grão em grão a galinha enche o papo. Oportunidade para formular um outro. De erro
em erro o país vai pro buraco. De
mentira em mentira a cabeça fica vazia. Postulado tais podemos afirmar que
estamos andando para trás. Não, não
quero dizer que andamos como caranguejo. Quero dizer que historicamente estamos
patinando em erros já cometidos tantas e tantas vezes pelos nossos
antepassados. Se consultarmos a história
veremos que não há nada de novo na atual conjuntura que não tenhamos vivido.
Agora como somos nós a bola da vez tudo parece um retrocesso. Lembrando que a ideia de retrocesso faz-nos pensar e agir para não permitirmos este, e evoluir. Criamos atritos contra atritos e assim inovamos. Assim espero.
Vemos mentiras, vemos a verdade empurrada para debaixo do tapete. Vemos conchavos. Ah, este é velho e famoso. Política sem conchavos é groselha. Vemos que o que vale são as facções que brindam qualquer ato mal explicado. Sim, estamos na era da derrubada de opositores com gritos, amedrontamentos e difamações que parecem verdades mas não são, mas há quem acredite ou, teatralizam a mentira botando a boca no trombone para disseminar. Faz lembrar um ditado: o bobo é bobo, coitado! O que se faz de bobo é louco varrido ou é bobo comprado. Estamos doídos com a direção da nau Brasil. Ela está dando outra guinada e não sabemos se tomba desta vez. Os indícios dividem a nação uns acham que não outros acham que sim e outros não sabem opinar. Mas, todo mundo acha. Certeza que é bom never. Ouvimos rumores e se consultarmos a história encontraremos algo parecido. O que é inédito é que achávamos que vivíamos uma situação de estabilidade política. Não raro nos enganamos. Não podemos dizer que a coisa não ata nem desata.. Deram um nó na nossa razão e tem gente esperta imbecilizada. Efeito dos tempos modernos onde cacarejar é mais forte que provar. E falando palavra por palavra o povo vai engolindo.
quinta-feira, 8 de outubro de 2020
Cegueira de Discernimento
O pior tipo de homem
que existe é aquele que depois da catástrofe que ele ajudou criar vêm com
aquele ar de arrependido alegando que não sabia que estava fazendo. Infelizmente o mundo
está cheio de gente assim. Pessoas no poder que se esbaldam em comer do melado
da boa vida até que a coisa sobra inclusive para eles, aí se fazem de arrependidos. Sobre estes paira um ar de honestidade e indignação. Indignidade fingida diga-se. Conhecemos bem esta gentalha do lado de cima
que pode fazer mas não faz. Que pode falar e também não fala. Que vai agindo de
acordo com o vento que sopra a seu favor. O tipo de gente que, chamamos duas caras. O tipo de gente que elegemos. Que botamos no poder para
nos representar. Entra ano vira ano e digerimos o fruto de nossas escolhas. Os poucos que não tornam-se vozes
ecoando ao vento falam, causam certo
barulho, mas, esbarram na coisa corrupta que toma posse da corrupção batizando-a de outra
coisa. Dando a ela um ar de impunidade.
Sim, vimos alguns destes peixões serem
presos. A pena mencionada enchia os olhos pois fazia jus ao clamor de justiça, mas na prática anos mostraram-se menos. Se doze anos cumpriam um. Que matemática! Parecia
digno dos pobres que lá ficam anos a fio
por contravenções de classe. Para quem pode o castigo vira férias. Ou, um ano sabático para reflexão.
Vemos claramente que a lei funciona diferente para aqueles que podem manobrar o sistema judiciário com bons advogados, mas não só isso, quando o meio que vivem reverbera noutros viventes da mesma extirpe. Ao pobre e desajustado social, o ladrãozinho, o sistema judiciário é implacável, parcial e discriminatório. Depende da esmola de um defensor público inexperiente e desalinhado com as garras nefastas da justiça imperial.
Estamos indignados e
atônitos. Estamos atados ao que os olhos leem os ouvidos ouvem e nos causam
duvidas se de fato ouvimos e lemos tão estupendas são as notícias que nos incomodam o ouvido. Não a separação do joio e do trigo, sem esta separação, não se sabe quem é quem. E onde não se sabe quem é quem tudo pode. Quem
sabe a tática de dar a quem pode e tirar de quem não pode sabe muito bem a arte de encrudelecer a que
interessa.
Infelizmente vemos a verdade lamentável de que se o meu sol brilha não me interessa se o sol do outro esta minguando.
Não deveríamos fazer alguma coisa? Não é o povo que escolhe quem fica e que entra na política? Aqueles que têm o poder de destituir quem entra na corte e nada faz. Que prometem o fundo e o mundo e quando lá parece que bate uma preguiça. Preguiça com prazo de validade pois termina assim que recomeçam as campanhas para novo mandato.
Esta cegueira tem nos custado ver onde pisamos e com sapatos sujos de merda a esparramamos por todo canto.