someone lyke you

terça-feira, 7 de maio de 2019

A dor de perder




Sempre me dói saber que ...
Saber que já não posso mais...
Saber que  entre pensamentos eventuais
Sou seu passado e no presente,  não estou mais...

Dói saber que agora outro tem você
Nos pensamentos,  nos intentos e  nas delícias
Dói saber que  não fiz por merecer
Que na arte do  amor faltou-me perícia.

E cada vez que penso na distância imposta pelo tempo
E que fui aos poucos te perdendo pela distância.
Vendo  palavras dissolvidas   pelo vento
No indeterminado vão  do tempo  e sua beligerância.

Alguém  estranho   fez-se  mais presente
E  o  tempo   foi fazendo-me   indiferente
Outro cujo tempo agraciou 
E que sob seu  feitiço  por ti  se  enamorou.

Embora continua imperiosa no meu coração
Hoje está tão longe, e tão distante esperada união
Dos corpos,  dos verbos e  de  sonhos   etéreos
Do som da sua voz  e da   junção dos mistérios. 

E este vazio que se tritura com  a solidão
Que se estende pela cabeça e toma o coração
Em qualquer parte do dia faz-me  lembrar
Do amor, da dor e da multiplicidade  impar

E  entre  rodopios referencio o que me abala
E quase um cio a força que  se declara
Sob o tempo oco  que não tem mais espaço
Num dia de odeio noutro quero seu abraço.

Vai-te disse: vai ser feliz
Se o coração se abala endureço a cerviz
Pra que lutar contra um novo amor
Que por conluio do coração se apropriou


Mas, não abdico luto contra a maré
Quando impossível é preciso ter mais  fé. 
Que a maré pode pelo acaso mudar
E o coração desalentado acordar. 


E nutro a esperança em  solo improdutivo
Quem sabe a chuva brote um fruto recessivo
E nele reavive  a vida que  secou.
Num novo viço que o coração desatentou. 


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