Lá além dos meus princípios
Esconde-se meus vícios.
Eles estão ali com o bem aprendendo
Todos os moldes todos seus segredos.
Dentro de mim tudo parece funcional
O corpo demanda ser o maioral
Mas há na cabeça tantas teorias
Que num segundo tudo mudaria.
Que triste conclusão eu não sei quem sou
Eu descobri quando se foi o amor
Descobri que posso ser frio como gelo
E com ódio no coração plantar o medo
Posso usar de subterfúgios evasivos
Posso fingir que sou bom sendo furtivo
Posso ser o que não sou
Posso ser o que não sou!
E foi a mesma ferramenta que moldou
A mesma que plantou o amor depois arrancou
Segundo conceito se fez tenebroso
O que era bom agora rancoroso.
Desacreditado na conduta alheia
Quem planta o mal o engodo mapeia
E usufrui do reino amar
Todos os caminhos que quiser trilhar
Vago sou, sou a voz do silencio
Pois nele aposto quando me detenho
De amor eu sei falar
No amar aprendi navegar
Sou assim desencantado
Capaz do encanto se questionado
De razões que as razões não conhecem
Ou se conhecem logo esquece.
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