O sentimento não encontra palavras
Fica procurando e nada fala.
Quero expressar o que
sinto
Mas, entre coração e boca não há consenso.
Sinto-me num labirinto
Matutando uma forma de senso.
O que o coração não consegue expressar
Só faz tudo piorar
Só faz tudo piorar
Não é só desabafar é se libertar
Daquilo que não encontro explicação
Que machuca, que desnorteia sem restrição
Invade e se projeta na imaginação
Ocupando a mente em toda extensão
Em uma divagação sem sentido
Que não o céu, nem inferno: o limbo .
Já não somos nem amigos
Perdemo-nos como se perdeu o compromisso
Ex amantes estranhos, quase inimigos
Que se perderam na ponte do orgulho
Cada qual criando seu submundo.
Bem parecido com um labirinto
E abandonamos a razão em prol do instinto.
Volto ao mesmo recanto dos desenganos
Onde lamenta quem entrou pelos canos
Que sonhou apesar das inverdades.
Que trocou definição por ambiguidade.
Que se sustenta com as sobras
Se reinventando numa diáspora
Nas suas imagináveis possibilidades
Tão cruéis quanto a iniquidade.
Mesmo que te associe a tudo
Um rosto, um conto, um pensamento, um título...
Tudo se resumo ao que sinto.
Ora doce como mel ora, absinto.
E vivo atolado neste contraste.
Como Uma flor se apoiando em outra haste
Um sonhador buscando o seu remanso
Um paliativo uma quimera, um descanso.
Um paliativo uma quimera, um descanso.
E o coração teima apesar de tão contrito.
Pões-se as mãos do inimigo.
Pões-se as mãos do inimigo.
Atravessou os sete mares da ilusão.
Que viajou ao céu e se esborrachou no chão.
Pois seus males tem raízes profundas
Quanto mais contumazes mais abundam
Quanto mais contumazes mais abundam
Que aos olhos são um jardim colorido
Mas por dentro um sepulcro enrustido.
Mas por dentro um sepulcro enrustido.
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