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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

DISSIMULAÇÃO



Uma das maiores artes do ser humano é a dissimulação. Não estou dizendo que   devemos perder nossa essência. Esta deve ser preservada a todo custo. Portanto nada impede que desenvolvamos métodos que nos habilite a sermos aceitos em qualquer meio sem deixar transparecer nossas emoções queixosas e cheias de querer. Tendemos a ficar magoados quando ações de terceiros parecem incompreensíveis e demonstram grassa divergência comportamental. No trabalho questionamos se  a pessoa se faz de amiga, mas fala mal de você pelas suas costas ou se a encontra na rua ela finge não te ver. Puxa seu tapete quando deveriam trabalhar em equipe.. Vê você numa situação difícil e não faz nada para te ajudar ou dizer uma palavra de conforto.  Pelo contrário opina pela omissão. Qual sua reação? Você fica com vontade de pegá-la pelo pescoço, de dar uns sopapos no dito cujo. Descabela-se e passa tempo demais gastando suas energias pensando nas presepadas deste. Por que? Porque não consegue dissimular. Jogar o jogo. A vida é feita de um mar de gente de comportamentos variados e se nesta seara você mostrar o dente para todo mundo que finge ser o que não é você vai criar muitas inimizades. A dissimulação é a arte de fechar os olhos ao rancor e assimilar um comportamento razoável ainda que não condizente com o que de fato sente. Soa como hipocrisia, mas, politicamente falando é pura sabedoria. Saber lidar com comportamentos diversos ainda quando está claro que elogios são falsos e sorrisos são vãos é uma arte a ser aprendida. Quantas e quantas pessoas que você conhece que tem motivos mais que suficientes para trucidarem um desafeto e não demonstram o menor sinal de raiva quando as cumprimentam afetivamente? Bem poucos.  Nosso sentimentalismo não é salutar no mundo atual em que vivemos. Devemos saber nos comportar diante de pessoas. Lembram-se quando criança quando você ensaiava chorar e sua mãe dizia: engole o choro? Dissimulação não e nada mais do que engolir o choro ou só chorar quando realmente for o caso.
 Nossos relacionamentos deveriam estar pautados na cordialidade racional e não sentimental. Assim como temos o direito a não gostar de uma pessoa por elas não nos proporcionar nenhuma vantagem temos que admitir que estamos expostos a mesma posição por parte de outros.  A camaradagem deve prevalecer sempre ainda que prefiramos não ter a pessoa em nosso círculo de amizades. Ainda que se nosso desejo em tê-la por perto não seja nada nobre. Não nos pode faltar a frieza de usarmos nossa capacidade racional para determos nossas emoções desenfreadas.  
Somos tão reduzidos quando nos submetemos as nossas emoções... Qualquer contrariedade e lá estamos nós reclamando da falta de consideração, da falta de notícia, da falta de atenção.  Olhe o camaleão que dissimula tão bem suas cores para sobreviver. Deveríamos usar a dissimulação para sermos menos ranzinzas e menos intolerantes.  Afinal o que ganhamos quando queremos valer a outro o que nos desejamos? Se a nós mesmos damos prioridade as intenções em nós mesmos escondidas.  A dissimulação se treinada pode ser usada em apoio a nossa razão que depois que se dobra as emoções desejaria nunca o ter feito. Fazemos porque não dominamos a emoção mas desejaríamos dominá-la. Que seja feita nossa vontade consciente.

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