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domingo, 13 de agosto de 2017

como vemos as coisas



Olho aquele velhinho arcado já pelo peso da idade, andando lentamente, lentamente....Parece tão frágil e parece tão digno de compaixão.. Que errado, penso. Não deveríamos ter pena das pessoas. Mas, algo naquela pessoa despertou este sentimento. Dizem que cada pessoa tem a vida que merece. Não, não concordo com isso. Mas, me incomoda quando a piedade por alguém desponta sem argumentos. Voltasse no passado e pudesse constatar que tipo de pessoa aquele homem foi quando jovem talvez hoje o sentimento de piedade que me tomou de súbito, se  transformasse em raiva. Péssimo marido, pai, filho. Sem coração para as pessoas que trabalhavam com ele. Parece que a dignidade esvai-se se nosso comportamento é tacanho, minimizado e causamos mais ódio do que afeição. Fico a pensar nas pequenas crianças que assim que as vemos tão desenquadradas do que chamamos natural. Sim, suja, maltrapilha... Logo nos bate em comoção, um sentimento de piedade. Se retrocedêssemos  no tempo constataríamos o que exatamente? Pais negligentes, pobres, sem condição de sobrevivência. E se  avançássemos no tempo? Sob estas condições certamente não prognosticaríamos boas coisas para este pequeno.  Tem um texto bíblico  que diz que o homem bom tira do tesouro bom coisas boas... e o mal o oposto. Qual o processo para um homem mal se transformar num homem bom? Como identificar alguém que aparentemente indica ser bom mas no fundo nutre um espírito iníquo?  Pensando que um homem bom tira do tesouro bom coisas boas, pode-se dizer que quando alguém mal se aproxima é porque não somos bons?  Porque será que  certas pessoas sempre atraem um tipo de pessoa que não adequadas para elas?  E fazem da sua vida já rastejante algo  ainda pior. Drástico? Fantasioso? Não se olharmos pela janela do passado e vermos que a educação familiar e o comportamento dos seus membros afetam como somos. Um pai amoroso, alegre e divertido incute nos filhos a familiaridade com estes. Já um pai ranzinza, mau humorado influencia igualmente. Se a família costuma ter uma vida social que granjeia a integração com outros familiares,  naturalmente isto também será introduzido como algo bom nos filhos.  Geraram boas lembranças e serão inseridos na sua vida posteriormente.

É bom fazermos uma reflexão de como nossos olhos olham as pessoas... Aprendemos com  a desconfiança porque sabemos que estranhos são desconhecidos que devem ser tratados com cautela... mas adiante nossos olhos criam seu próprio crivo de julgamento. Um velhinho, uma criança rota, uma mulher bela, um homem mal encarado. Nossos olhos talvez não sejam bons juízes. E nossa cabeça é? Não. Se nossos sonhos são fantasiosos demais, se vivemos num mundo colorido demais, se somos criveis demais. Sim,  parece complicado demais. Mais não é. O tempo é bom juiz e se a desconfiança é uma precaução deveríamos  usa-la de forma a protegermos nossa dignidade, valores, costumes...E vida.


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