A
crueldade da massa é dilacerante. Xingar um jogador quando ele causa raiva por
ser do time adversário que está massacrando seu time ou fazendo jogadas que
gostaria que alguém do seu time fizesse. Costumam chamar isto de desmoralizar o
jogador. Consequências: Para quem xinga nenhuma. A massa alvoroçada não tem
consciência. O mesmo procedimento para os fracos e oprimidos é chamada de bullying. As pessoas envolvidas na deturpação das
diferenças medem consequências? Não. Um cavalo prestimoso, um alazão poderoso
cujo valor de mercado chega valer o equivalente a 10 carros tem a sua vida
determinada quando numa corrida quebra a perna. Consequências?
Inserir
conceitos e valores na massa é como tentar manobrar um rebanho sob o efeito do
medo. A massa, o delírio coletivo torna as pessoas insensíveis e insensatas e
quando da massa um ou outro é capturado em sua atitude lasciva não raro
assistimos cenas de arrependimento, pranto e opinião contrárias as atitudes. Antagonia
pura.
A impunidade, a repreensão surge então como reparadora de uma ação
coletiva a uma pessoa individualmente que se julga inocente pela atitude
flagrante de preconceito. Infelizmente, coletivamente somos mais fortes e mais
burros. Infelizmente ignoramos nossa força coletiva, mas realçamos nossa
burrice. Tomamos atitudes infantis e
infantilizadas pegamo-nos cometendo atitudes contrárias aos ensinamentos dado por
nossos pais, que nem sempre consentem que o ensinamento está diretamente
vinculado ao que praticam, mas ao menos ensinam. Nossas ações escorregam e
perdem o freio quando protegidos pela massa, pelo contagiante movimento de ola
de nossas imperfeições que surgem
avassaladores nos embriagando, retendo-nos da responsabilidade individual de não
cometer injustiça com o próximo.
Estes somos nós. Mostramos os dentes
ferozmente aos nossos dissidentes. O fazemos mais facilmente e mais violentamente
protegidos pela egrégora não racional, se ela demanda violência. Assim como se
a semente do bem é fomentada a adotamos
pela mesma força.
A crueldade está inserida em qual contexto?
Daquele que fazemos por motivação coletiva ou a que escondemos por nos
sentirmos individualmente fracos? Nosso
coração está impregnado de qual verdade? Do medo que sentimos ou do terror que causamos? Nossos valores intrínsecos são? Aqueles que aprendemos e cultivamos e que nos
faz ter compaixão ou eles estão atrelados aos olhos daqueles que temos comunhão
mesmo se estes agirem contrário ao que
pensamos: humilhando, retaliando, ofendendo. Nossas ações se sobressaem ao grito da massa
ou somos a massa? Nossos deveres individualmente são para que
reflitam valores que fingimos ter para ficarmos bem diante da massa? Acreditamos
em nossos valores individuais ou nossos verdadeiros valores emergem quando sob
o delírio coletivo?
Somos
capazes de lamentar o prejuízo de um alazão que tenha sua vida interrompida por
um acidente. Mas, não conseguimos medir quando interrompemos uma vida quando
nossas bocas e ações se lançam contra nosso semelhante.
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