someone lyke you

segunda-feira, 10 de julho de 2017

O AMANTE EXCEPCIONAL



Dom Juan é uma referência na arte de amar. Qualquer pessoa que sonha em ser um amante excepcional em algum momento ansiou  ser como ele. Quantas mulheres? Difícil não ficar espantado e admirado com a quantidade de mulheres que passaram pela sua cama. Daí, quem não gostaria de atender seus apelos eróticos tendo tamanho talento. Talvez as mulheres que passaram pelo seu caminho não se sintam assim tão lisonjeadas. Alguma talvez. Aquelas que talvez acreditaram na sua lábia sedutora e de que ao seu lado viveriam um amor inigualável talvez não.  A arte de amar conforme ouvia quando criança era conquistar a mesma mulher todos os dias de maneiras diferentes. Suponho um ótimo conselho, mas esquecido. Hoje vivemos o eterno enquanto dure. O rótulo do amor hoje é parecido com a de um passarinho numa gaiola com olhar triste desejando a liberdade.  De certo que com o decorrer do tempo amor fica com jeito de  roupa suja e o desejo sofre de um estresse crônico.  Mas, deveríamos pô-lo na máquina das boas recordações e não descartá-las por algo mais atrativo. (lei do retorno)  Num mundo onde a carne ganha terreno o espírito passa apertado, diria o espiritualista.  E vivemos no mundo em que a troca por um mais jovem, mais bonito tece  atalhos o tempo todo.  Assim as relações estão ficando mais curtas, menos calorosas e menos correspondentes. As promessas de amor não convencem mais ninguém.. As juras de amor são como luzes de natal piscando. O que é bom, desta forma ninguém fica esperando que as promessas sejam eternas. Isto exige que mudemos nossa forma de se relacionar: a do desapego. Quem se apega esperando que o outro vai amar para sempre sofre mais, sofre a toa. Porque amar hoje é volátil. Quem não se adapta  não sobrevive. Então nos adaptamos.  Estes são resultados de nossa procura pelo prazer em detrimento do amor.  O sexo hoje dá bandeiradas exaltando a liberdade, a pegação, o oba, oba.  E quando as pessoas falam aqui não é assim. Aí, desconfie..  As pessoas estão do avesso no que tange aos valores. Quando dizem : Jamais faria isso! A  sineta de alerta do não acredite apita forte.

 Quer saber a humanidade não vai se redimir e talvez nossas mudanças sejam por causa de nossos medos. Sim, tememos a traição então traímos  e afirmamos: é  como um acerto para o que poderá acontecer.  Relacionamo-nos já com um pé na estrada, assim sem escoriações.. O medo nos impulsiona a fecharmos as portas das ternas afeições que nos deixam vulneráveis.  Mas, também abre a porta pra racionalização  Fui traído, então agora sentirão  a mesma dor que sinto. E bota pra quebrar. Tem a turma do: Não vou gostar de mais ninguém  e a turma do um amor se cura com outro. Nem preciso dizer que são ciladas que em vez de nos fazer flutuar nos afundam ainda  mais. E a cratera do desamor custa a cicatrizar e trás uma bagagem!
Desconfio que estas mudanças no comportamento sejam porque tememos ser honestos conosco mesmos. É mais fácil dizer não gosto mais de você do que admitir que está com outro. Que negar um erro que vai magoar do que ser honesto. Que posar de bom moço, ou boa moça quando está sacaneando o outro. Mas, se perguntarem eu nego. Não estou fazendo nada errado. Que estamos com alguém, mas estamos de olho no outro só pra garantir que não ficaremos  só. Uma apólice de seguro  duvidosa.  Mas, caso mude de ideia aviso aos navegantes:  o barco afundou. 

Mas, deixamos isso pra lá. Conversa a toa. 

Chegamos até aqui não chegamos? Cobiçosos do talento do mestre da pegação.  E muitos consideram um progresso. Todo mundo pega todo mundo, infidelidade,  padrões imorais, descriminação, sexo ao ar livre, no trabalho, blue chips! Nossas ações estão bombando: Quem dá menos?

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