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quarta-feira, 26 de julho de 2017

NOSSOS DRAMAS





O consultório tinha a decoração perfeita, toda branca  com molduras sob o teto discretas e um conjunto de lâmpadas leads que iluminavam perfeitamente a sala. Era muito aconchegante. Um ambiente que parecia revelar o status quo da médica. Porem,  a ótima profissional tinha na vida pessoal uma fraqueza:  era predadora sexual. Seus hábitos fora do local de trabalho era algo imperceptível para quem a visse ali. Naquela sala que era sinônimo de pureza.

Para quem é largado no altar no dia do casamento começa dias de aflições que vão além do fatídico dia. Insegurança, rejeição, vergonha, descrença. Um turbilhão de emoções e temores que lhe assombrarão por longos anos com direito a terapias e muitas lágrimas.
Quem  abandona também tem seus dramas. Estes talvez até mais contundentes do que a abandonada.

A policial federal dedicada ao trabalho, a mulher independente e morigerada. Solteira sem envolvimento aparente  Oculta nas suas entranhas um comportamento que denegriria sua imagem construída as duras penas. Nas noites protegida pelo computador entrega-se a homens que sem identificação procuram satisfação fácil e sem compromisso.

A ótima professora que sente-se atraída por alunos mais jovens que ela. Alguma coisa que ela não tem domínio a coloca a mercê da volúpia de um corpo cujos hormônios não fazem acessão.  Repreendida e expulsa de uma famosa escola. Mudando-se de cidade e recomeçando sua jornada  para novamente se deparar com o mesmo dilema do passado.

Claro que nem todo mundo tem um desvio de personalidade tão grave assim, mas todos temos nossos dramas e como eles começam? Como se estabelecem? E como acabam refletindo em nossas vidas por intermédio de atos obscuros  e quase sempre indomáveis? 

Você conhece a estória do escorpião que desejava muito atravessar o rio nas costas do pato.  Não é? Nossos desvios de comportamentos quase sempre não medem consequências porque estes se revelam como satisfação de uma natureza desenfreada que domina seus portadores. Não é algo que os desabone profissionalmente e que por vezes causa um dano pessoal que só vem a tona quando envolve outra pessoa.  

A origem destes comportamentos não raro  se formam em acontecimentos na infância:   abuso por alguém muito próximo que ocupava um lugar de muita influência na vida da pessoa, falta de atenção e constante menosprezo, um lar desprovido de alimentação apropriada, um revés marcante que causa uma ruptura emocional que é bloqueada para não causar danos irreparáveis. Conduta desenfreada dos genitores, abuso sexual crasso e constante,  medo proveniente de assaltos, desestrutura familiar,  entre outros. (reticências) 

Fato é que um desvio comportamental quando gera um comportamento pervertido precisa ser consertado. Antes porém precisa ser identificado e reconhecido como tal.  O próximo passo é buscar ajuda profissional que deveria ter sido providenciada mais cedo para que seus danos fossem menores. Sem tratamento, sem acompanhamento adequado estas ações continuaram desestruturando sua vida pessoal ou pior encontrando subterfúgios que viabilizam uma vida dupla  que pode minimizar seus danos pessoais mas prejudicar a vida de quem compartilha a vida com você.

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