Ele tinha uma apresentação importante e nestes dias um
desarranjo peculiar o acometia. Tomou um remédio que receitada pelo seu médico
era para estas ocasiões. Vestiu-se apropriadamente e foi para o trabalho. Tinha
tudo explanado na sua cabeça e no percurso até o trabalho vinha recapitulando cada um dos seus
passos mentalmente. Aprendera que esta era uma ótima forma de minimizar a
ansiedade e não esquecer algo importante. Precisava fazer xixi, pensou, assim
que chegasse e depois pegar a apresentação que deixara no seu email.... Quando desceu do carro era
urgente a necessidade de ir ao banheiro. Entrou correndo para isto mas, antes
que pudesse fazê-lo se deparou com o chefe a porta lhe esperando com alguma
urgência: Vem, aqui rápido, precisamos
rever aquela pauta antes da apresentação. E, devida a urgência do patrão não
teve coragem de expressar sua outra urgência.
Entre apertos fez o que era necessário e consertou o que foi
solicitado... Agora precisava se aliviar... Quando foi solicitado urgente na
sala de reuniões por sua equipe que não
conseguia ligar o notebook. Nãaaao! Pensou. Mas, não tinha outra saída, sem o notebook funcionando o que faria? Achou
que dava para segurar mais um pouco. Se bem que não, mas... E quando lá estava a sala começou lotar e
cumprimenta um daqui, cumprimenta outro,
e o tempo correndo foi encurtando sua
esperança... Quando decidiu sair o
caminho estava congestionado e ... Deu a hora. Da reunião, mas já tinha
ultrapassado a hora de ir ao banheiro. O nervosismo inicial amenizou a necessidade, mas depois de alguns
minutos a angustia voltou a todo vapor. E isto se tornou visível. Para os
presentes parecia que estava requebrando,
o andar meio duvidoso. A voz estava embargada como se apertando para que não acontecesse o pior. Os
minutos se tornaram horas e devido a necessidade premente começou a se
movimentar com muito cuidado. Os
presentes não entendiam nada, mas sabiam
que algo estava errado. O suor respingava
pelo rosto revelando o achaque. Mal
sabiam que aqueles eram sinais do controle que fazia para que o dique não arrebentasse. Foi
quando não aguentando mais. Jogou a toalha. E sem dizer uma só palavra saiu desembestado corredor a fora
rumo ao banheiro. Hummmmm! Que alivio. Lição
aprendida. Quando o corpo quer não adianta impor-lhe outra tarefa. A coisa pode
sair do controle.
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