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segunda-feira, 15 de maio de 2017

Não faça duas coisas ao mesmo tempo.



Ele tinha uma apresentação importante e nestes dias um desarranjo peculiar o acometia. Tomou um remédio que receitada pelo seu médico era para estas ocasiões. Vestiu-se apropriadamente e foi para o trabalho. Tinha tudo explanado na sua cabeça e no percurso até o  trabalho vinha recapitulando cada um dos seus passos mentalmente. Aprendera que esta era uma ótima forma de minimizar a ansiedade e não esquecer  algo  importante. Precisava fazer xixi, pensou, assim que chegasse e depois pegar a apresentação que deixara no  seu email.... Quando desceu do carro era urgente a necessidade de ir ao banheiro. Entrou correndo para isto mas, antes que pudesse fazê-lo se deparou com o chefe a porta lhe esperando com alguma urgência:  Vem, aqui rápido, precisamos rever aquela pauta antes da apresentação. E, devida a urgência do patrão não teve coragem de expressar sua outra urgência.  Entre apertos fez o que era necessário e consertou o que foi solicitado... Agora precisava se aliviar... Quando foi solicitado urgente na sala de reuniões por sua equipe que não  conseguia ligar o notebook. Nãaaao! Pensou. Mas, não tinha outra saída,  sem o notebook funcionando o que faria? Achou que dava para segurar mais um pouco. Se bem que não, mas...  E quando lá estava a sala começou lotar e cumprimenta um daqui,  cumprimenta outro,  e o tempo correndo foi encurtando sua esperança... Quando decidiu sair o  caminho estava  congestionado  e ... Deu a hora. Da reunião, mas já tinha ultrapassado a hora de ir ao banheiro. O nervosismo inicial  amenizou a necessidade, mas depois de alguns minutos a angustia voltou a todo vapor. E isto se tornou visível. Para os presentes parecia que estava requebrando,  o andar meio duvidoso. A voz estava embargada como se  apertando para que não acontecesse o pior. Os minutos se tornaram horas e devido a necessidade premente começou a se movimentar com muito  cuidado. Os presentes não entendiam  nada, mas sabiam que  algo estava errado. O suor respingava pelo rosto revelando o achaque.  Mal sabiam que aqueles eram sinais do controle que  fazia para que o dique não arrebentasse. Foi quando não aguentando mais. Jogou a toalha. E sem dizer uma só  palavra saiu desembestado corredor a fora rumo ao  banheiro. Hummmmm! Que alivio. Lição aprendida. Quando o corpo quer não adianta impor-lhe outra tarefa. A coisa pode sair do controle.

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