Vou comprar chocolate para Rosinha pensou o marido
chocólatra quando passou diante de uma famosa loja de chocolates. Escolheu uma caixa de variedades que ela mais
gostava. Rosinha tinha ido visitar sua
mãe e pensou ele, seria uma boa surpresa.
Assim que chegou em casa foi para cozinha, guardar as compras e colocar
o chocolate na geladeira. Era assim que ela gostava. Enquanto lavava a louça do jantar da noite
passada achou que escutou alguém dizer: Ei, você não vai comer nenhum? Isto não é amoroso. Vai deixar sua mulher
comer a caixa toda? É muito chocolate para ela. Ela vai ficar gorda. Coma pelo menos um. Pensou por uns instantes,
analisando se devia ou não. Acho que não
tem nada demais. É, não é amoroso, disse
a sua consciência. Foi a geladeira e
pegou caixa. Só um, falou. Abriu-a pegou o chocolate e fechou-a cuidadosamente
para não cair em
tentação. Hummm, divino falou consigo mesmo quando levou a
boca. Depois do primeiro não resistiu. E nesta ladainha foi pegando até que quando se
deu conta só tinha quatro. A esta altura bateu o remorso. E agora? Pensou por instantes como resolveria a
questão. Vou esconder a caixa, assim Rosinha nem vai desconfiar que
comprei. Pegou a caixa colocou num saco
de lixo e deixou na lixeira lá fora para não correr o risco de Rosinha ao mexer
no lixo ver a prova do crime. Pegando os
4 que sobraram ele se consolou: Ela vai ficar feliz do mesmo jeito. Não obstante outro pensamento invasivo lhe
questionou: Ela vai desconfiar você
deixou quatro bombons diferentes. Ela vai lhe perguntar: porque não comprou logo uma caixa? Aí, ele teria que mentir. Pra resolver a pendenga comeu mais três. Aí então a consciência pesou de vez. Ficou
arrependido e quando os chocolates começaram fazer efeito no estômago bateu uma
tristeza. Quisera fazer uma surpresa para a mulher e tinha estragado tudo. Como
vou dar um bombom se comi quase toda caixa? Pensou. Neste instante Rosinha gritou do portão:
amor cheguei. E antes dela entrar o último bombom foi dentro dele morar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário