Nós estamos ficando intolerantes! Ouço tanta gente afirmar
isso. Como assim? Nós somos intolerantes, nascemos intolerantes. Basta olhar o
comportamento de uma criança: birra, manha, choro. A intolerância é um defeito.
A tolerância é uma virtude e convenhamos não nascemos virtuosos. Aprendemos a
ser. Assim, se não temos não estamos ficando estamos exercendo o que sabemos. Arriscaria dizer que não estamos ensinando
nossos filhos a serem tolerantes. Via de regra, nosso próprio comportamento pesa contra nós. Não
aceitamos que filho retruque conosco. Impomos ordens e, se vem uma resposta atravessada enfiamos logo
a mão na lata. Um belo dia, refletimos que temos que dialogar. Entendemos
que o diálogo é não bater é falar aquilo que queremos. Apresentamos uma lista
imensa do que desejamos que seja feito e, se há alguma divergência entre o que queremos
e o que nosso filho não concorda perdemos a linha. Isso não é diálogo. O
diálogo é escutarmos o que a pessoa tem a dizer quer gostemos ou não e não
perdermos a linha, faz parte deste
processo, não tentarmos impor aquilo que achamos certo também faz parte do
processo. Mas, eu não estou ensinando meu filho ser intolerante, você pode
dizer. Claro que não. Você não esta o ensinando a ser tolerante. Quando você xinga
um motorista de taxi que julgou fazer uma barbeiragem, quando seu filho vem
falar e você o recebe aos gritos, quando você briga com seu companheiro porque
não concorda com sua opinião, está contribuindo para formação do seu quebra cabeça emocional. Se você for bom
observador já teve ter notado como as pessoas se comportam quando discordam de suas opiniões. Não nos contentamos em apenas estarmos certos queremos
deixar claro que o outro está errado. Queremos que ele pense como nós, queremos
impor aquilo que pensamos e se isso não acontece ficamos transtornados, ficamos
ressentidos. Que graça tem não convencermos que o outro
está errado? Não é pra ter graça.
O mundo está como está porque não aceitamos opiniões contrárias a nossa, ponto
de vistas diferentes que acreditamos estar errados. Só que o outro pensa o
mesmo sobre o nosso ponto de vista. Duas
pessoas com opiniões divergentes são como lenha e fogo se ambas não aprenderam
ser tolerantes. Não paramos para pensar
que o que reforça nosso ponto de vista é ele ser questionado. Sem
questionamento não temos nem argumentos para consolidarmos nossa opinião.
Imagina como seria andar numa ponte sem que houvesse destes de resistência que
comprovam sua segurança. Então, da próxima vez que alguém dizer que
estamos ficando intolerantes, você já sabe.
someone lyke you
quinta-feira, 30 de março de 2017
quarta-feira, 29 de março de 2017
Emoções, chocolates.... e Rosinha.
Vou comprar chocolate para Rosinha pensou o marido
chocólatra quando passou diante de uma famosa loja de chocolates. Escolheu uma caixa de variedades que ela mais
gostava. Rosinha tinha ido visitar sua
mãe e pensou ele, seria uma boa surpresa.
Assim que chegou em casa foi para cozinha, guardar as compras e colocar
o chocolate na geladeira. Era assim que ela gostava. Enquanto lavava a louça do jantar da noite
passada achou que escutou alguém dizer: Ei, você não vai comer nenhum? Isto não é amoroso. Vai deixar sua mulher
comer a caixa toda? É muito chocolate para ela. Ela vai ficar gorda. Coma pelo menos um. Pensou por uns instantes,
analisando se devia ou não. Acho que não
tem nada demais. É, não é amoroso, disse
a sua consciência. Foi a geladeira e
pegou caixa. Só um, falou. Abriu-a pegou o chocolate e fechou-a cuidadosamente
para não cair em
tentação. Hummm, divino falou consigo mesmo quando levou a
boca. Depois do primeiro não resistiu. E nesta ladainha foi pegando até que quando se
deu conta só tinha quatro. A esta altura bateu o remorso. E agora? Pensou por instantes como resolveria a
questão. Vou esconder a caixa, assim Rosinha nem vai desconfiar que
comprei. Pegou a caixa colocou num saco
de lixo e deixou na lixeira lá fora para não correr o risco de Rosinha ao mexer
no lixo ver a prova do crime. Pegando os
4 que sobraram ele se consolou: Ela vai ficar feliz do mesmo jeito. Não obstante outro pensamento invasivo lhe
questionou: Ela vai desconfiar você
deixou quatro bombons diferentes. Ela vai lhe perguntar: porque não comprou logo uma caixa? Aí, ele teria que mentir. Pra resolver a pendenga comeu mais três. Aí então a consciência pesou de vez. Ficou
arrependido e quando os chocolates começaram fazer efeito no estômago bateu uma
tristeza. Quisera fazer uma surpresa para a mulher e tinha estragado tudo. Como
vou dar um bombom se comi quase toda caixa? Pensou. Neste instante Rosinha gritou do portão:
amor cheguei. E antes dela entrar o último bombom foi dentro dele morar.
terça-feira, 28 de março de 2017
Os 10 mandamentos do sabido.
Não
brincará com as feias, porque elas não sabem brincar
Não
brincará com seu chefe porque ele sabe.
Não comerá
com os olhos.: a vizinha, o vizinho, nem
nada que engorda
Não julgue
ninguém pela embalagem, embora a embalagem diga muito sobre o produto.
Não seja
tímido porque te julgarão orgulhoso, metido, gay mas, nunca tímido.
Não seja
político porque eles riem pra você e passam a mão na sua bunda e você nem
sente.
Não prometa
o que não irá cumprir sabendo que não
irá cumprir . Só pra se dar bem.
Aja sempre
com serenidade tendo sempre uma palavra boa a dizer. Se isso não funcionar
corra.
Sede paciente com os outros eles não pensam como
você e nem são tão feios.
Nunca, mas
nunca mesmo se julgue superior aos outros porque não vive numa sociedade de
anões.
Não fale de
boca cheia porque ninguém é obrigado e nem futuque o nariz nem qualquer coisa nojenta do gênero e
subgênero.
Não vá de
carro se tem pés e não vá a pé se tem carro.
Lembre-se: Sexo
é bom, mas chocolate também é. Se comer
demais terá dor de barriga.
segunda-feira, 27 de março de 2017
Abandonada pelo par.
Você sai de um relacionamento aí se vê as margens de um
abismo, desamparada, angustiada e com a autoestima lá embaixo. Você para de
comer e passa a alimentar o sofrimento
com sua autopiedade. Nestas circunstâncias não tem força para nada. O sentimento de inutilidade te enlaça e
amarra todo seu bom senso. A sua dor é inexprimível e mexe com todos os
aspectos da sua vida. Racionalmente você sabe que deve reagir que não deve se
prostrar diante a dor, mas por mais que se esforce nada parece trazer consolo. Ouve dizer por conselheiros, que a ausência de um amor se cura com outro. Mas,
seu organismo não entende assim. Simplesmente não dá para colocar outra
pessoa na sua vida neste momento inglório. É como te oferecessem um sorvete
quando você já esta empanturrada de guloseimas. Seu organismo rejeita E você vai se dilacerando, chorando pelos
cantos enquanto a dor se alastra
angustiante. Quisera fosse fácil substituir
amores assim. Como a fome... Só quando voltar a senti-la que irá pensar em
comida novamente. Você precisa de tempo para esquecer alguém e neste espaço de
tempo a dor faz seu trabalho... Ah, o tempo e suas exigências! Você almeja dormir por meses e só acordar
quando curado desta rejeição. Todo rejeitado fica pior do que quem
rejeita. Se sente traído... Dizem que
seu sofrimento é vão. Enquanto você se esparrama em dores o outro nem sequer
lembra que causou dor. Está curtindo sua nova relação sem ao menos pensar no
dano que causou. Esta informação não parece dar-lhe a força necessária
para reagir pelo contrário ela
dimensiona sua dor. Ser trocada, ser abandonada e contrariando a razão que diz
que você deve superar que não merece sofrer por quem não te valoriza, seu corpo
conspira contra. Sua mente te castiga incessantemente com memórias do tempo de
felicidades vividos e logo depois muda
tudo, vem com uma enxurrada de
pensamentos adversos sobre sua inocência: como pode se deixar enganar assim? Como
não percebeu que algo estava errado? Associa pensamentos que nada tem a ver com
o caso com a trama, se punindo, arrumando argumentos para deixá-la lá embaixo, no fundo do poço.
Sim,
para sua enfermidade há cura. Mas, o tempo de cura depende de como está seu
sistema imunológico emocional. Se for do
tipo que se inferioriza, se a sua autoestima
está baixa, se prefere se isolar, se nutre esperanças de um retorno apesar de
toda humilhação, se recusa aceitar a realidade, se tem poucos ou nenhum amigo
confidente , se não tem a quem recorrer a cura será mais demorada e os danos
causados pelo rompimento mais agravados. Tem pessoas que passam anos e anos
dando murro em ponta de facas esperando a reconciliação, esperam que o ex
companheiro enxergue que você é sua
melhor opção. Culpam a atual companheira pela perca. E esperam que ela morra
para retomar seu lugar. O problema não é ela, o problema é ele. Ele deveria
morrer mas, por enquanto isto você não quer. Por enquanto.
Alerta, se você é do tipo que não reage entrará em coma emocional. E pode ser que dele nunca saia. Não queremos
isso, queremos?
quinta-feira, 23 de março de 2017
COZINHAR E APRENDER
Hoje acordou com vontade
de comer polenta e foi para cozinha. Durante
o processo percebeu que colocou fubá demais e
para que ela fique no ponto você então
acrescenta um pouco mais de água e... Problema contornado.
Mais tarde você se vê
em apuros ronda no seu trabalho um
comentário maldoso a seu respeito. Um disse e me disse comum do cotidiano. Você
então se vê diante de complicada situação, ou parte para tirar satisfação e engrossa ainda mais a
maldade dita ou releva e deixa a coisa
desenrolar sem acrescentar mais nada. Como na cozinha você pode
optar entre fazer uma coisa ou outra e os resultados serão fruto da ação que tomar: Água para corrigir a
polenta ou opinar entre falar e o silencio porá termos a fofoca..
Noutro dia resolveu
fazer um almoço especial para alguém que ama. Você conhece suas preferências e
no intuito de agradá-lo escolhe com esmero os temperos, o prato e a sobremesa apreciados pelo seu bem querer. E
concentra todo seu zelo para que tudo fique perfeito e que mostrem suas
habilidades culinárias. Você quer agradar e por isso precisa que nada saia errado.
Mais tarde você se vê numa situação em que precisa ser
atenciosa com uma amiga que está precisando de especial atenção e para isso
você deixa de ir à escola para concedê-la o tempo necessário para poder ajudá-la.
Usa de palavras estimulantes, dá conselhos sábios e faz de tudo para elevar sua
moral ou sentindo a atmosfera, como faria se sentisse o sabor, escuta, somente escuta o que
ela tem a dizer.
Como na elaboração da refeição especial você utilizou seus temperos da terna
afeição para consolar.
Na vida como na cozinha precisamos tomar decisões acertadas
e estarmos atentos a cada passo para que tudo saia conforme desejamos.
Dedicamos tempo para fazer de uma refeição extensão de nossos sentimentos e
quando necessário manobramos com arte
prazer, sabor com o que faz bem. Selecionamos, escolhemos e preparamos com
denodo cada passo de uma receita para que não aja erros. Na vida não podemos ser tão precisos mas, ainda assim nossas decisões se racionais são
sempre voltadas para acertar o sabor e não tornar amarga nossa vida e nem a de
outros e se porventura surgir uma amargura preparamos receitas para torná-la menos
amarga.
Lógico que alguns
imprevistos que fogem de nosso controle ou uma casual distração pode por tudo a
perder na cozinha como na vida, mas que
saibamos como lidar com os imprevistos e estarmos prontos para recomeçar.
Para que possamos desfrutar da vida tão expressivamente como
o fazemos numa lauta refeição.
quarta-feira, 22 de março de 2017
Nossa imagem aos olhos de outros
Como você vê as pessoas e como elas te veem? Já parou para pensar nisso? Como seu
vizinho te enxerga ? E se enxerga como
ele te vê? Pode parecer um detalhe patético, mas saiba que individualmente cada
pessoa te vê de uma forma diferente do que você imagina.
Nem preciso dizer que nem todos te veem
como sua mãe, que também te vê de uma forma diferente dos demais isso porque lhe conhece melhor do que qualquer outra
pessoa. Isso até que você cresça ao ponto de achar que é dono dos seus
passos. Neste período quando você se
sentir o dono do seu nariz perceberá que de você mesmo não sabe nada diante de
seus conflitos infinitos. E que na mira
dos olhos alheios se verá julgado, mas nunca com consistência que revele o seu
verdadeiro você. Ou pelo menos isso será questionado. Já um colega de trabalho
faz um julgamento a seu respeito baseado nas deixas que você revela. Coisas
como a organização da sua mesa, seus interesses, aquilo que pensa, seus anseios e a sua postura... Pequenos
sinais que você vai dando que compõe a imagem que será telegrafada pelo outro. Até
aquela pessoa que raramente você conversa, mas, que sempre encontra casualmente tem uma imagem a seu respeito. Certo é que embora as pessoas criem uma imagem a seu
respeito ela não condiz com o que de
fato você é. Até nosso julgamento a
respeito de nós mesmos é cheio de falsas virtudes que camuflamos muito bem para
mantermos intacta a imagem de bom moço que criamos para nos sentirmos protegidos.
Nem sempre estamos prontos para vermos o que a realidade tem para nos
mostrar, assim somos complacentes na forma que nos enxergamos. Esta
complacência diverge do real que por sua vez te induz a imaginar que você é melhor do que é.
A imagem formada a seu respeito por outros tem a ver com sua postura. Se expressa um rosto
carrancudo e pouco amistoso gera uma imagem, assim como um sorriso resplandecente e simpático cria uma imagem diferente. Sua
timidez leva as pessoas a uma imagem geralmente equivocada, assim, seus receios e convicções servem de base para
que criem uma imagem. A imagem em si não diz exatamente como você é, olhar num
espelho não mostra quem você é, e fingir ser outra pessoa com intuito de impressionar outro não revela
o que você é. Afinal o que isso quer
dizer? Que precisamos nos esforçar para
de fato nos conhecermos. O objetivo disso não é passarmos uma imagem melhor aos
outros, os outros continuarão com sua visão míope a nosso respeito, entretanto
você ao se permitir conhecer descobrirá que se revestir de uma personalidade sofisticada
não revela quem você é, e sem conhecer seus pontos fortes e fracos não
enxergará onde precisa melhorar.
segunda-feira, 20 de março de 2017
Mundo vasto mundo, onde estão os raimundos
É, onde estão? Nos dias de hoje deploramos tudo que não seja perfeição. Não estamos com
paciência para aquilo que discordamos, também não toleramos exibidos que ficam
se vangloriando dos seus feitos.
Não estamos nem aí se gostam de nossos comentários
ordinários e se disseminamos nosso ponto
de vista não medindo conseqüências, afinal se estamos garantido
pelo anonimato porque não falar? Temos uma visão privilegiada do mundo
através da tela do computador, e se nesta vitrine sou incomodado pelo quer que
seja contrário a minha opinião vou
malhar mesmo.
E o que dizer de nossa
necessidade de exposição? Vai além do que podemos imaginar e dando asas aos nossos
devaneios nos expomos cada vez mais com cada vez menos. E este eficaz modo
exposição por sua vez nos escraviza.
Aos moldes daquilo
que o mundo exige temos que ser
perfeitos em tudo: bem
maquiados, photoshopados, nada de
gordurinhas sobressalentes, ou algo que aponte nossos defeitos; Não, isso jamais. Passamos horas e
horas escolhendo a melhor foto porque precisamos da aprovação daqueles que nos vêem.
Precisamos de seguidores fieis enaltecendo nossa forjada perfeição.
Em contrapartida rejeitamos raças, rejeitamos pobres,
rejeitamos feiúra... Rejeitamos homossexuais. Na onda de rejeição rejeitamos até o que somos. Já
não nos aceitamos como somos: gordo,
magro, alto, baixo parece que não nos
enquadramos naquilo que satisfaça aos outros e por isto estamos cada vez mais
infelizes.
Nessa grande tela que é a internet estamos sempre
insatisfeitos tentando espelhar o que os outros querem e não o que de fato
condiga com a realidade, passando a
imagem de temos a vida perfeita, aliás realidade é um status que cada vez
queremos menos exposição. Dá trabalho e
preferimos a lei do menor esforço.
Claro que isso não pode não pode acabar bem, se somos
imperfeitos procurando perfeição no
comportamento dos outros, no corpo alheio que admiramos e estamos prontos a
ressaltar seus defeitos quando esta perfeição se vai, imagina se sobreviveremos por muito tempo assim.
Tornamos-nos cruéis em nossos comentários sórdidos e
levianos. Sim, temos sido levianos em quase tudo e, por conseguinte
insensíveis, intolerantes, perfeccionistas e raivosos.
O lado bom é que o fato de nos darmos conta que temos
exagerado mostra que precisamos de ajustes para que possamos utilizar estas
novas tecnologias para o bem e nunca para o mal.
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