someone lyke you

quinta-feira, 30 de março de 2017

SOMOS INTOLERANTES



Nós estamos ficando intolerantes! Ouço tanta gente afirmar isso. Como assim? Nós somos intolerantes, nascemos intolerantes. Basta olhar o comportamento de uma criança: birra, manha, choro. A intolerância é um defeito. A tolerância é uma virtude e convenhamos não nascemos virtuosos. Aprendemos a ser. Assim, se não temos não estamos ficando estamos exercendo o que sabemos.  Arriscaria dizer que não estamos ensinando nossos filhos a serem tolerantes. Via de regra,  nosso próprio comportamento pesa contra nós. Não aceitamos que filho retruque conosco. Impomos ordens e,  se vem uma resposta atravessada enfiamos logo a mão na lata.  Um belo dia,  refletimos que temos que dialogar. Entendemos que o diálogo é não bater é falar aquilo que queremos. Apresentamos uma lista imensa do que desejamos que seja feito e,  se há alguma divergência entre o que queremos e o que nosso filho não concorda  perdemos a linha. Isso não é diálogo. O diálogo é escutarmos o que a pessoa tem a dizer quer gostemos ou não e não perdermos a linha,  faz parte deste processo, não tentarmos impor aquilo que achamos certo também faz parte do processo. Mas, eu não estou ensinando meu filho ser intolerante, você pode dizer. Claro que não. Você não esta o ensinando a ser tolerante. Quando você xinga um motorista de taxi que  julgou fazer  uma barbeiragem, quando seu filho   vem falar e você o recebe aos gritos, quando você briga com seu companheiro porque não concorda com sua opinião, está contribuindo para formação do seu  quebra cabeça emocional. Se você for bom observador já teve ter notado como as pessoas se comportam  quando discordam de suas opiniões.  Não nos contentamos em apenas estarmos certos queremos deixar claro que o outro está errado. Queremos que ele pense como nós, queremos impor aquilo que pensamos e se isso não acontece ficamos transtornados, ficamos ressentidos. Que graça tem não convencermos que o  outro  está errado?  Não é pra ter graça. O mundo está como está porque não aceitamos opiniões contrárias a nossa, ponto de vistas diferentes que acreditamos estar errados. Só que o outro pensa o mesmo sobre  o nosso ponto de vista. Duas pessoas com opiniões divergentes são como lenha e fogo se ambas não aprenderam ser tolerantes.  Não paramos para pensar que o que reforça nosso ponto de vista é ele ser questionado. Sem questionamento não temos nem argumentos para consolidarmos nossa opinião. Imagina como seria andar numa ponte sem que houvesse destes de resistência que comprovam sua  segurança.  Então, da próxima vez que alguém dizer que estamos ficando intolerantes, você já sabe.

quarta-feira, 29 de março de 2017

Emoções, chocolates.... e Rosinha.



Vou comprar chocolate para Rosinha pensou o marido chocólatra quando passou diante de uma famosa loja de chocolates.  Escolheu uma caixa de variedades que ela mais gostava. Rosinha tinha ido visitar  sua mãe e pensou ele, seria uma boa surpresa.  Assim que chegou em casa foi para cozinha, guardar as compras e colocar o chocolate na geladeira. Era assim que ela gostava.  Enquanto lavava a louça do jantar da noite passada achou que escutou alguém dizer: Ei, você não vai comer nenhum?  Isto não é amoroso. Vai deixar sua mulher comer a caixa toda? É muito chocolate para ela. Ela vai ficar gorda.  Coma pelo menos um. Pensou por uns instantes, analisando se devia ou não.  Acho que não tem nada demais.  É, não é amoroso, disse a sua consciência.  Foi a geladeira e pegou caixa. Só um, falou. Abriu-a pegou o chocolate e fechou-a cuidadosamente para não cair em tentação. Hummm, divino falou consigo mesmo quando levou a boca. Depois do primeiro não resistiu.   E nesta ladainha foi pegando até que quando se deu conta só tinha quatro. A esta altura bateu o remorso. E agora?  Pensou por instantes como resolveria a questão. Vou esconder a caixa, assim Rosinha nem vai desconfiar que comprei.  Pegou a caixa colocou num saco de lixo e deixou na lixeira lá fora para não correr o risco de Rosinha ao mexer no lixo ver a prova do crime.  Pegando os 4 que sobraram ele se consolou: Ela vai ficar feliz do mesmo jeito.  Não obstante outro pensamento invasivo lhe questionou: Ela vai desconfiar  você deixou quatro bombons diferentes. Ela vai lhe perguntar:  porque não comprou logo uma caixa? Aí, ele  teria que mentir.  Pra resolver a pendenga comeu mais três.  Aí então a consciência pesou de vez. Ficou arrependido e quando os chocolates começaram fazer efeito no estômago bateu uma tristeza. Quisera fazer uma surpresa para a mulher e tinha estragado tudo. Como vou dar um bombom se comi quase toda caixa?   Pensou.  Neste instante Rosinha gritou do portão: amor cheguei. E antes dela entrar o último bombom foi dentro dele morar.

terça-feira, 28 de março de 2017

Os 10 mandamentos do sabido.



Não brincará com as feias, porque elas não sabem brincar
Não brincará com seu chefe porque ele sabe.
Não comerá com os olhos.: a vizinha, o vizinho,  nem nada que engorda
Não julgue ninguém pela embalagem, embora a embalagem diga muito sobre o produto.
Não seja tímido porque te julgarão orgulhoso, metido, gay  mas,  nunca tímido.
Não seja político porque eles riem pra você e passam a mão na sua bunda e você nem sente.
Não prometa o que não irá cumprir  sabendo que não irá cumprir . Só pra se dar bem.
Aja sempre com serenidade tendo sempre uma palavra boa a dizer. Se isso não funcionar corra.
Sede  paciente com os outros eles não pensam como você e nem são tão feios.
Nunca, mas nunca mesmo se julgue superior aos outros porque não vive numa sociedade de anões.
Não fale de boca cheia porque ninguém é obrigado e nem futuque o  nariz nem qualquer coisa nojenta do gênero e subgênero.
Não vá de carro se tem pés e não vá a pé se tem carro.
Lembre-se:  Sexo é bom, mas chocolate também é.  Se comer demais terá dor de barriga.

segunda-feira, 27 de março de 2017

Abandonada pelo par.



Você sai de um relacionamento aí se vê as margens de um abismo, desamparada, angustiada e com a autoestima lá embaixo. Você para de comer e passa a  alimentar o sofrimento com sua autopiedade. Nestas circunstâncias não tem força para nada.  O sentimento de inutilidade te enlaça e amarra todo seu bom senso.  A sua dor é inexprimível e mexe com todos os aspectos da sua vida. Racionalmente você sabe que deve reagir que não deve se prostrar diante a dor, mas por mais que se esforce nada parece trazer  consolo.  Ouve dizer por conselheiros,  que a ausência de um amor se cura com outro. Mas, seu organismo não entende assim. Simplesmente não dá para colocar outra pessoa na sua vida neste momento inglório. É como te oferecessem um sorvete quando você já esta empanturrada de guloseimas. Seu organismo rejeita   E você vai se dilacerando, chorando pelos cantos  enquanto a dor se alastra angustiante. Quisera fosse  fácil substituir amores assim. Como a fome... Só quando voltar a senti-la que irá pensar em comida novamente. Você precisa de tempo para esquecer alguém e neste espaço de tempo a dor faz seu trabalho... Ah, o tempo e suas exigências!  Você almeja dormir por meses e só acordar quando curado desta rejeição. Todo rejeitado fica pior do que quem rejeita.  Se sente traído... Dizem que seu sofrimento é vão. Enquanto você se esparrama em dores o outro nem sequer lembra que causou dor. Está curtindo sua nova relação sem ao menos pensar no dano que causou. Esta informação não parece dar-lhe a força necessária para  reagir pelo contrário ela dimensiona sua dor. Ser trocada, ser abandonada e contrariando a razão que diz que você deve superar que não merece sofrer por quem não te valoriza, seu corpo conspira contra. Sua mente te castiga incessantemente com memórias do tempo de felicidades vividos  e logo depois muda tudo,  vem com uma enxurrada de pensamentos adversos sobre sua inocência: como pode se deixar enganar assim? Como não percebeu que algo estava errado? Associa pensamentos que nada tem a ver com o caso com a  trama, se punindo, arrumando argumentos para deixá-la lá embaixo, no fundo do poço. 
Sim, para sua enfermidade há cura. Mas, o tempo de cura depende de como está seu sistema imunológico emocional.  Se for do tipo que se  inferioriza, se a sua autoestima está baixa, se prefere se isolar, se nutre esperanças de um retorno apesar de toda humilhação, se recusa aceitar a realidade, se tem poucos ou nenhum amigo confidente , se não tem a quem recorrer a cura será mais demorada e os danos causados pelo rompimento mais agravados. Tem pessoas que passam anos e anos dando murro em ponta de facas esperando a reconciliação, esperam que o ex companheiro  enxergue que você é sua melhor opção. Culpam a atual companheira pela perca. E esperam que ela morra para retomar seu lugar. O problema não é ela, o problema é ele. Ele deveria morrer mas, por enquanto isto você não quer. Por enquanto.
Alerta, se você é do tipo que não reage  entrará em coma emocional.  E pode ser que dele nunca saia. Não queremos isso, queremos?

quinta-feira, 23 de março de 2017

COZINHAR E APRENDER



Hoje  acordou com vontade de comer polenta e foi para cozinha.  Durante o processo percebeu que colocou fubá demais e  para que ela fique no ponto  você então acrescenta um pouco mais de água e... Problema contornado.

 Mais tarde você se vê em apuros  ronda no seu trabalho um comentário maldoso a seu respeito. Um  disse e me disse comum do cotidiano. Você então se vê diante de complicada situação, ou parte para  tirar satisfação e engrossa ainda mais a maldade  dita ou releva e deixa a coisa desenrolar sem acrescentar mais nada. Como na cozinha  você pode  optar entre fazer uma coisa ou outra e os  resultados serão  fruto da ação que tomar: Água para corrigir a polenta ou opinar entre falar e o silencio porá termos a fofoca..   

Noutro dia  resolveu fazer um almoço especial para alguém que ama. Você conhece suas preferências e no intuito de agradá-lo escolhe com esmero os  temperos, o prato e a  sobremesa apreciados pelo seu bem querer. E concentra todo seu  zelo para que  tudo fique perfeito e que mostrem suas habilidades culinárias. Você quer agradar e por isso precisa que nada  saia errado.   

Mais tarde você se vê numa situação em que precisa ser atenciosa com uma amiga que está precisando de especial atenção e para isso você deixa de ir à escola para concedê-la o tempo necessário para poder ajudá-la. Usa de palavras estimulantes, dá conselhos sábios e faz de tudo para elevar sua moral ou sentindo a atmosfera, como faria se sentisse o sabor,  escuta, somente escuta  o que  ela tem a dizer.
Como na elaboração da refeição  especial você utilizou seus temperos da terna afeição para  consolar.

Na vida como na cozinha precisamos tomar decisões acertadas e estarmos atentos a cada passo para que tudo saia conforme desejamos. Dedicamos tempo para fazer de uma refeição extensão de nossos sentimentos e quando necessário manobramos  com arte prazer, sabor com o que faz bem. Selecionamos, escolhemos e preparamos com denodo cada passo de uma receita para que não aja erros.  Na vida não podemos ser tão precisos mas,  ainda assim nossas decisões se racionais são sempre voltadas para acertar o sabor e não tornar amarga nossa vida e nem a de outros e se porventura surgir uma amargura  preparamos receitas para torná-la menos amarga.   

 Lógico que alguns imprevistos que fogem de nosso controle ou uma casual distração pode por tudo a perder na cozinha como na vida,  mas que saibamos como lidar com os imprevistos e estarmos prontos para recomeçar.
Para que possamos desfrutar da vida tão expressivamente como o fazemos numa  lauta refeição.

quarta-feira, 22 de março de 2017

Nossa imagem aos olhos de outros



Como você vê as pessoas e como elas te  veem? Já parou para pensar nisso? Como seu vizinho te  enxerga ? E se enxerga como ele te vê? Pode parecer um detalhe patético, mas saiba que individualmente cada pessoa  te  vê de uma forma diferente do que você imagina.  Nem preciso dizer que nem todos te veem como sua mãe,  que  também   te vê  de uma forma diferente dos demais isso porque  lhe conhece melhor do que qualquer outra pessoa.  Isso até que você  cresça ao ponto de achar que é dono dos seus passos.  Neste período quando você se sentir o dono do seu nariz perceberá que de você mesmo não sabe nada diante de seus conflitos infinitos.  E que na mira dos olhos alheios se verá julgado, mas nunca com consistência que revele o seu verdadeiro você. Ou pelo menos isso será questionado. Já um colega de trabalho faz um julgamento a seu respeito baseado nas deixas que você revela. Coisas como a organização da sua mesa, seus interesses, aquilo que pensa,  seus anseios e a sua postura... Pequenos sinais que você vai dando que compõe a imagem que será telegrafada pelo outro. Até aquela pessoa que raramente você conversa, mas,  que  sempre encontra casualmente  tem uma imagem  a seu respeito. Certo é que  embora as pessoas criem uma imagem a seu respeito ela não condiz com o  que de fato você é.  Até nosso julgamento a respeito de nós mesmos é cheio de falsas virtudes que camuflamos muito bem para mantermos intacta a imagem de bom moço que criamos para nos sentirmos  protegidos.  Nem sempre estamos prontos para vermos o que a realidade tem para nos mostrar, assim somos complacentes na forma que nos enxergamos. Esta complacência diverge do real que por sua vez te induz a imaginar que você é  melhor do que é.
 A imagem  formada a seu respeito por outros tem  a ver com sua postura. Se expressa um rosto carrancudo e pouco amistoso gera uma imagem, assim como um sorriso resplandecente  e simpático cria uma imagem diferente. Sua timidez leva as pessoas a uma imagem geralmente equivocada, assim,  seus receios e convicções servem de base para que criem uma imagem. A imagem em si não diz exatamente como você é, olhar num espelho não mostra quem você é, e fingir ser outra pessoa  com intuito de impressionar outro não revela o que você é.  Afinal o que isso quer dizer? Que precisamos nos  esforçar para de fato nos conhecermos. O objetivo disso não é passarmos uma imagem melhor aos outros, os outros continuarão com sua visão míope a nosso respeito, entretanto você ao se permitir conhecer descobrirá que se revestir de uma personalidade sofisticada não revela quem você é, e sem conhecer seus pontos fortes e fracos não enxergará onde precisa melhorar.

segunda-feira, 20 de março de 2017

Mundo vasto mundo, onde estão os raimundos




É, onde estão? Nos dias de hoje deploramos tudo  que não seja perfeição. Não estamos com paciência para aquilo que discordamos, também não toleramos exibidos que ficam se vangloriando dos seus feitos.

Não estamos nem aí se gostam de nossos comentários ordinários e  se disseminamos nosso ponto de vista não medindo conseqüências, afinal se estamos  garantido  pelo anonimato porque não falar? Temos uma visão privilegiada do mundo através da tela do computador, e se nesta vitrine sou incomodado pelo quer que seja contrário a minha opinião  vou malhar mesmo.

 E o que dizer de nossa necessidade de exposição?  Vai  além do que  podemos imaginar e dando asas aos nossos devaneios nos expomos cada vez mais com cada vez menos. E este eficaz modo exposição por sua vez  nos escraviza.

 Aos moldes daquilo que o mundo exige temos que ser  perfeitos em tudo:  bem maquiados,  photoshopados, nada de gordurinhas sobressalentes, ou algo que aponte nossos  defeitos; Não, isso jamais. Passamos horas e horas escolhendo a melhor foto porque  precisamos da aprovação daqueles que nos vêem. Precisamos de seguidores fieis enaltecendo nossa forjada  perfeição.

Em contrapartida rejeitamos raças, rejeitamos pobres, rejeitamos feiúra... Rejeitamos homossexuais. Na onda  de rejeição rejeitamos até o que somos. Já não nos  aceitamos como somos: gordo, magro, alto, baixo  parece que não nos enquadramos naquilo que satisfaça aos outros e por isto estamos cada vez mais infelizes.

Nessa grande tela que é a internet estamos sempre insatisfeitos tentando espelhar o que os outros querem e não o que de fato condiga com a realidade,  passando a imagem de temos a vida perfeita, aliás realidade é um status que cada vez queremos menos exposição.  Dá trabalho e preferimos a lei do menor esforço.

Claro que isso não pode não pode acabar bem, se somos imperfeitos  procurando perfeição no comportamento dos outros, no corpo alheio que admiramos e estamos prontos a ressaltar seus defeitos quando esta perfeição se vai, imagina se sobreviveremos  por muito tempo assim.
Tornamos-nos cruéis em nossos comentários sórdidos e levianos. Sim, temos sido levianos em quase tudo e, por conseguinte insensíveis, intolerantes, perfeccionistas e raivosos. 

O lado bom é que o fato de nos darmos conta que temos exagerado mostra que precisamos de ajustes para que possamos utilizar estas novas tecnologias para o bem e nunca para o mal.