someone lyke you

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

amor inexplicável





O Amor expressivo é inexplicável        
Ate quando esta morrendo é intolerável.
Sobrevive a  temperaturas inomináveis.
Se infiltra por frestas  inimagináveis.

Adere ao coração e todos os poros
Sente  todos os cheiros  sendo inodoro
O amor quando se instala é estrépito
É feito de  gostos sendo insípido.

Chega e se instala autônomo
É como um animal indômito
Não tem compaixão se sentido
Vai à contramão dos sentidos

Dilacera o coração afetado
Conduz-se sem querer ao ser amado
Faz  sofrer o  ser se  está  feliz
Quem dirá então quando infeliz.

O amor tem diferentes estágios
É proclamado em  diferentes adágios
Professado em todos os cantos
Onde há gente, indigente triunfando.

Se nascido  numa conversa ao pé de ouvido
Perderá o seu encanto se for  visto?
Se é fruto da imaginação
 Sobreviverá a uma decepção ?

O amor contado em verso e prosas
Onde em ação sua febre é pavorosa
Coincidem os seus versos seja a  quem for
Que inebriado respirou a flor do amor.


O amor expressivo resiste a tantas...
Tem fôlego diante da mais íngreme rampa
Não morre  se não é  alimentado
Hiberna a ter ser despertado.

Não dá ouvidos aos incrédulos
Quando mais contrariado mais créditos
Porque ele vive pela força da paixão
Que basta um sim quando todos dizem não.

És  luz que ouço e não vejo
Basta um suspiro para  sentir seus beijos
Por isso fujo da sua cantiga
Que faz um mês parecer um dia. 

O que é inexplicável se sentido 
Será desta forma bem vindo?
Se para um a dor ao outro convém
O que é o sentimento que não diz para o que vem.?



quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Santa ignorância.



 Numa  corrida de deficientes o atleta cego é conduzido por alguém bem treinado que enxerga. Treinam juntos. O que exerga servindo de visão ao outro.

A historia:
  Dois atletas e um amador  se encontraram casualmente no vestiário. Amigos de corrida.  O trio acabara de treinar e conhecidos de vista começaram um diálogo... Depois de uma série de questões casuais de interesse comum.. O amador  solitário pergunta se sabiam da corrida de domingo.
  O atleta cego falando do seu guia : Sabemos sim, inclusive ele vai ser o  batedor.
  O atleta  guia:  Estava na hora venho batalhando para isso faz tempo...
 O amador : O batedor pode ganhar a corrida? 
  Os dois: ?????????  Só pra você entender   - Batedor é o que conduz motorizado a prova. Aquele que indica aos corredores o percurso.
O  amador: Ele pode ou não ganhar a corrida? 
 Os dois: ??????
O amador:  Sei que ele puxa a prova, mas ele pode ganhar?  
 Os dois: ??????? 
 Até que o guia, através de  uma orientação divina  conseguiu entender que o amador se referia:Ah, você quer dizer o coelho?  Pra você entender coelho é o atleta que cadencia a velocidade da prova.  - Então:  Não, né! O batedor é o cara que conduz a prova  de moto. 
O amador não sabendo onde enfiar a cara. Gafe  GG: Ih, é...é... é, estou confundindo. 
 O guia: sim, está. Rsrs. Por isto não estávamos entendendo. Como assim o batedor pode ganhar a prova?  Mais risadas.
 O amador  sem graça:  Ah, é. Fiz confusão.    Batedor, coelho tudo a mesma coisa.
É né? Gargalhadas

Lição: Se puxar conversa pise no freio,  certifique-se que pode entrar na pista certa, dê seta indicando para onde vai entrar.  Nada de fazer manobras levianas.


Ver sem ter visto





Vejo-te numa forma principesca
És assim  ou és minha criação ingênua?
Mulher inigualável cujos defeitos não vejo
Ou será esta forma de ver  que é meu defeito?

Nunca a vi mas como nunca desejei
Nunca a senti , mas como louco sentido
Vivo no mar dos imprevistos
A sonhar com o  que nunca mesurei

És a quimera louca dos meus sonhos
Que fizera me encontrar em poucos anos
Num mundo de fantasias nunca visto
E portando como tal nunca entendido

Se desfilas pertinente na ilusão
Vou rastejando como rastejaria  um cão
Perseguindo o que pelo faro é dirigido
Procurando o que há tempos está perdido.

Se hoje estou a beira de um abismo
Foi o coração que errou o seu caminho
Almejou viver esta louca invenção
De desenhar  sobre as nuvens com as mãos.

Anda sinto seu rastro no meu intimo
O que ninguém imagina  ainda é vivo
Vou escondendo o que floresce sem freios
Incontrolável como incontrolável são os desejos

Oh, enviesada principesca.
Vai-te para que eu siga a minha senda
És tu minha  ingênua criação
Quem sem poesia  rastejaria  como cão.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Pra tantos corações o mesmo desfecho





Foi naquela noite vazia que te conheci
Vazia, mas foi com você que a preenchi
Você não era livre mas me libertou
Naquela noite como qualquer noite se entregou

Foi assim que te conheci.
E no meio do vazio que preenchi
O vazio que meu coração sondava
E que o seu naquela noite visitava.

Diferente eram nossos motivos
Mas ambos queríamos algo sem compromisso
Algo que se assemelhasse com o amor
Mas de outra forma e com outro sabor.

Não, não era promiscuidade
Não procurávamos macular nossa felicidade
Apenas queríamos ter um pouco mais de carinho
Numa vida sufocada por  espinhos.

Se tem onde buscar encontrará
Seja o motivo nobre ou quem sabe vulgar
Num segundo a semente germinou
Num prazer descomedido irradiou

Plantaste a semente do desejo
Num coração que conhecia bem o enredo
Se queria um amante virtual
Foi concebido o seu fruto bem real.

Nele pensa como amante a todo instante
Apesar de ele estar muito distante
Não se contem num  desejo incontido
O corpo paga se no coração não há juízo

E anseia outra noite para encontrar
O amor proibido   que não é o  titular.
Passará a noite errante
Com aquele virtual irreal amante.

Abrirá seu coração junto ao seu
Falarão dos seus  segredos como Julieta e Romeu
E ao fogo sobre o fogo vai  esparramar
E todo os questionamentos irão queimar

Não há fogo nem conduta que não tenha um preço
Não há flecha de cupido que não tenha endereço
Não há prazer sem veneração
Não há semente maculada que não vire maldição

E dividida está entre dois amores.
Um coração dividido entre dois senhores.
Quando se deseja não se pode esperar
Que um fruto proibido vá seu coração roubar




terça-feira, 12 de dezembro de 2017

A dor fala



Forma de expressão
Inexprimível de falar
Além da compreensão
Além do que se pode ocultar

Invade o coração
Não tem como evitar
Vem como um vulcão
Pronto para extravasar

Não há erupção
Mas, está pronto para extravasar.
Tamanha a sensação
Que vem que vai sem cessar

Faz-se na sua ausência
É embora o tempo passe
Não parece ter clemência
Que a dor o tempo ultrapasse

Não é tamanha dor
Mas  que causa um buraco
Não há consolador
Que preencha este espaço.

Nos pensamentos lacunas
Tão difícil explicar
Quando mais o peito acua
Mais lacuna, mais pensamentos postular

O tempo parece inibido
Recua quando deveria avançar
Desde jeito submisso
Remido não consigo voar

Sim é algo inexprimível
Que o  fogo continue queimar
Quando o tempo indefectível
Não apaga o que deveria apagar

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

está doendo




Consegues decifrar os meus intentos
Neles estão contidos meus segredos
Um palmo é a medida do que vejo
Em um palmo tantos outros num enredo

Não tenhas medo se a vida vai ao  avesso
É preciso de espaço para os erros
Que serão convertidos em acertos
Se forem reconhecidos a tempo


 Quantos centímetros tem o medo?
Que vá se convertendo em desespero
Com o passar do tempo te consternar
E a sua esperança malograr

Atravessei a fronteira do temor  quando de vi
Quis reviver o amor que perdi 
Quando morto estava o sentimento
E a destemperança assolava como vento

Esta doendo aqui no peito o fato
De não ter mais você do meu lado
Por uma dor nefasta surpreendido
Uma dor de algo indefinido

Esta doendo isto é fato
Não tem  como desdizer o ultimato
Que a mente está deflagrando
E o sol no coração nublando


segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Transporte conectivo


 

Horário é aquilo em  que nos orientamos para não perder a hora de chegar ao emprego. Talvez não, é que nos pegamos presos a horários que parece que ele controla nossas vidas e não ao contrário.  Habituamo-nos a determinados horários para minimizarmos os danos que a falta dele nos traria.  Tipo: Chegar atrasado aos compromissos...No trabalho. Principalmente este, essencial para que possamos sobreviver  e consequentemente viver. Por isto estabelecemos na falta de outro meio de transporte ou por opção mais econômica e menos trabalhosa considerando os transtornos que estacionar um carro numa grande cidade podem envolver, claro e os gastos, o transporte público, que em nosso país podemos dizer que  ele e o caos  são primos bem próximos.  Quem já ficou horas e horas no ponto de ônibus tem sua própria descrição do fato. E, se  pela sua rotina,  estabeleceu um horário determinado para sua condução é provável que verá rostos conhecidos que como você calcularam que aquele seria o melhor horário  para atender suas pretensões.  Ali, cada um com suas manias determinarão o que fazer durante este percurso até seu destino.  Uma coisa é certa cada um ali tem sua história e nesta,   sua cabeça é sobressaltada por  um turbilhão de pensamentos. Alguém lê para passar o tempo e de súbito algo que lhe preocupa ocupa sua mente, outro pensa no filho doente, outro no erro que cometeu no dia anterior na empresa  e na preocupação de como repercutirá neste dia.  Perderá o emprego, receberá  advertência? Alguém pensa na colega de trabalho que lhe tira do sério, outro na contabilidade que não bate... Outro alguém nem pensa no serviço pensa na escola, no pai que bebeu demais, na mãe doente, ou em alguma coisa que lhe preocupa e que vem lhe atormentando dias a fio... Ou  sei lá, em  alguma coisa boa ou em algo que ninguém jamais pensaria.  Certo que nossa mente não da trégua... Estamos conectados ao mundo das conexões neurais o tempo todo. Foge de nós a ideia de quantos pensamentos nos atribulam ou em como pensamos sem qualquer intenção de nossa parte... E tampouco paramos para pensar quantas sinapses são executadas aleatórias a nossa vontade e que somadas naquele veículo coletivo durante uma viagem seriam incalculáveis.  E ali enquanto perdido em seus pensamentos  tantos outros como você perdidos nos seus nem se dê conta que durante sua locomoção passará por lugares em que outras pessoas estarão  ocupadas em seus afazeres, nas mais variadas tarefas como limpar um quintal, lavar  roupa, assistir televisão, tomar uma cerveja num bar, se preparar para ir trabalhar, chegar do trabalho, namorar. Coisas que não caberiam na sua rotina já que está ali no ônibus indo para seu local de trabalho... E quantas outras pessoas com itinerários diferentes em todas as partes do mundo que como você pensam nos seus problemas como sendo únicos e se esquecem do resto do mundo. É medonho imaginar a grandeza do mundo se pararmos para pensar em quantas profissões e ocupações existem e para cada uma delas quantas cabeças pensantes pensam que são únicos,  que são inigualáveis.  Como num ônibus que te leva para seu trabalho e que sob seu olhar diário se familiariza com alguns semblantes. Nesta rotina talvez faça algumas amizades, vislumbre um relacionamento com aquele cara que vê diariamente menos na sexta, quem sabe? Ou aquela guria linda que quando não coincide de vê-la seu dia parece não ser a mesma coisa.  Sim, ali,  num transporte coletivo que te leva para um destino enquanto você naqueles momentos em que  é entregue aos acontecimentos entre  tantas mentes transitando incondicionalmente em mão dupla nas vias dos pensamentos.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

VOU FICAR QUIETO.



Já cansei de tentar ser bonzinho. É patético. Bondade atrai maldade. Só pode. Toda atitude boa parece resultar num comentário maldoso: O bem, parece ser bobo... Bom parece ser ingênuo, Bom parece ser .... Vai com Deus! Bom treino! Vou torcer por você... Não que deixar de usar frases que expressam algo bom  mudem alguma coisa na  sua  vida.  Ironicamente talvez mude na  vida de quem você desejou.   Aliás, Você deveria se perguntar: Isto muda alguma coisa na minha vida? Vai com Deus? Boa viagem? E se der tudo errado? E se ao ir com Deus, a pessoa sofrer um acidente. E no boa viagem perder o avião? Se não muda nada na sua vida  Só diga: se cuide. 
Desnecessário já que falar coisas do tipo: Vá com Deus, boa sorte passa batido de tanto que usamos,  que a quem dito entra num ouvido e sai no outro. Não, não fiquei amargo, não estou amargo e não estou ressentido. Apenas consciente do que uma cilada destas pode gerar.  Ficar de boca fechada poder ser uma. Uma boa medida. Alias, errar pelo silencio  é melhor do que errar pelo excesso. Excessivamente gastamos lábia com frases de efeito. Coisas que nem ao menos temos noção da sua amplitude. Imagine um cara indo pra um motel com alguém casado? Da sua boca ouve: vou sair pra levar minha esposa ao médico. Ah, sim, vá com Deus! Você diz na sua ingenuidade. E aí, como fica?  Somos ingênuos sim por acreditarmos que esta frase seja protetora e que indica  preocupação. Mas, o que? Colocamos Deus numa cilada. Se tivéssemos autoridade. Pra entender é como  se dissesse pra seu motorista levar sua mulher para casa. E eles fossem pro motel. Captou?  Na próxima pense:   Se falar isso?  Pode acontecer  isso, aquilo, aquilo outro. Se não falar? Posso passar imagem de não me importar. Mas, nem me importo vou ficar quieto na minha. Se o cara está indo para praia... Você bondosamente deseja um ótimo dia e chove? A culpa é sua? Porque então não  ficou quieto? Pra que correr o risco de: Vai com Deus e a pessoa bater o carro? Ou: bom treino e cinco minutos depois a pessoa machucar? E ainda te chamar de seca pimenteira?   Ou: Vou torcer por você... E a pessoa perder aquele jogo que estava no papo? Ah, não.  Opine pela prudência melhor errar pelo silêncio e se falar diga mais que palavras e em situações que realmente não vá se comprometer. Tipo: Hi! Nem me veio nada de útil na cabeça agora.. Mas acho que você entendeu. ;-

terça-feira, 14 de novembro de 2017

O instante e agora



O pé de goiaba por onde passo todos os dias está com as folhas verdinhas e exuberantes. Enquanto as observava questiono  se nunca antes  havia  reparado em  suas folhas verdejantes  nas tantas outras vezes que ali  passei. Lembro-me   dos frutos tantas vezes colhidos, o pé recheado tão abundantemente que era  difícil não encher os olhos e as mãos.  Agora tentando lembrar da exuberância das folhas nada me ocorria, a mente vazia como se nenhuma  recordação perdurasse. Repriso em pensamentos as inúmeras vezes que percorri aquele mesmo caminho, garimpando na memória algum resquício de uma lembrança perdida. Nada. E desconfio daquele espaço vazio.  Será que por nenhuma vez as folhas tão belas não me chamaram atenção? Será que nunca dera a devida atenção a beleza que subitamente meus olhos agora viam? Ou não fiz noutras ocasiões o mesmo comentário?  Sei que o instante e agora se faz presente e se impõe com maior rigor. Sei que o presente num passado recente apaga o passado remoto com bastante ênfase. Ainda assim, um varredura na mente deveria trazer a tona algo adormecido se procurado com ímpeto.   Como quanto amamos. 
Não importa o quanto gostamos de alguém no passado o do instante e agora é sempre mais marcante sempre mais vivaz, sempre mais pungente. Sempre mais... E esfumaça o passado sobrepondo-o. Não que antigos amores perderam a importância. O que se foi foi. Ido deixam saudades mas não a perpetuidade. Não que foram menos  relevantes e sim porque já não atuam no agora,  porque se  perderam no seu instante  presente. Como  olhar  uma bela mansão de quem ali recorda  quando aquele lugar era  somente um terreno. Não há referência do passado  se não consultada na memória. 

  O instante e agora só perde para o passado quando sofremos alguma decepção, quando já vividos ou em vias de fato comparamos e relembramos o quanto estávamos bem antes de nos envolvermos com a decepção.  Mas, até neste caso, da mesma forma que sentimos com mais veemência os benefícios somos confortados com o presente nos lembrando de com providencial foi sua intervenção. Caso contrário estaríamos amargando os resultados de uma realidade não vivida e tirando conclusões  com base no que não vivemos.   O instante e agora   é sempre determinante para definirmos o que de fato é importante a ser considerado. O passado não evapora.  N presente é dele que vem a   experiência para nossas ações. 
 Aquelas folhas viçosas que indicam uma nova estação e que posteriormente trarão  os frutos tão apreciado perdem em importância quando sobrepostas pelos frutos que mostram o instante depois. No dado momento que  as folhas reinam absolutas e que os olhos batem e reconhecem nelas tanta beleza é o instante e  agora,  que quando os frutos vierem já estarão no passado.